The Prague Post - ONU: fome se estabiliza no mundo, mas seu fim está 'fora de alcance'

EUR -
AED 4.16108
AFN 81.001142
ALL 98.503555
AMD 441.755448
ANG 2.041781
AOA 1037.719215
ARS 1328.335624
AUD 1.769022
AWG 2.039186
AZN 1.92956
BAM 1.949547
BBD 2.286806
BDT 137.608624
BGN 1.954067
BHD 0.427017
BIF 3325.006656
BMD 1.132881
BND 1.47978
BOB 7.826036
BRL 6.426073
BSD 1.132587
BTN 95.716527
BWP 15.504543
BYN 3.706477
BYR 22204.473748
BZD 2.275043
CAD 1.562526
CDF 3254.7678
CHF 0.934618
CLF 0.028082
CLP 1077.630556
CNY 8.237577
CNH 8.235844
COP 4793.164194
CRC 572.075184
CUC 1.132881
CUP 30.021355
CVE 110.597516
CZK 24.93982
DJF 201.335507
DKK 7.464385
DOP 66.669968
DZD 150.387504
EGP 57.579485
ERN 16.99322
ETB 149.370425
FJD 2.560255
FKP 0.845583
GBP 0.84974
GEL 3.109806
GGP 0.845583
GHS 17.344722
GIP 0.845583
GMD 81.003213
GNF 9805.087866
GTQ 8.722178
GYD 237.67187
HKD 8.78614
HNL 29.256661
HRK 7.536034
HTG 147.968009
HUF 404.477179
IDR 18755.813097
ILS 4.115189
IMP 0.845583
INR 95.797807
IQD 1484.074521
IRR 47708.467602
ISK 145.710975
JEP 0.845583
JMD 179.294916
JOD 0.803442
JPY 161.997502
KES 146.705244
KGS 99.070305
KHR 4533.79132
KMF 492.237077
KPW 1019.550457
KRW 1614.117547
KWD 0.347217
KYD 0.943889
KZT 581.22114
LAK 24487.229734
LBP 101506.165127
LKR 339.038528
LRD 226.12303
LSL 21.104967
LTL 3.345104
LVL 0.685269
LYD 6.179899
MAD 10.49303
MDL 19.440987
MGA 5109.294812
MKD 61.556315
MMK 2378.361699
MNT 4048.101269
MOP 9.049235
MRU 45.032185
MUR 51.161044
MVR 17.457405
MWK 1966.682376
MXN 22.217468
MYR 4.887817
MZN 72.504847
NAD 21.105486
NGN 1815.669043
NIO 41.587986
NOK 11.797258
NPR 153.151558
NZD 1.908847
OMR 0.436156
PAB 1.132587
PEN 4.153715
PGK 4.566076
PHP 63.187651
PKR 318.396563
PLN 4.27895
PYG 9071.144762
QAR 4.125387
RON 4.978109
RSD 117.175096
RUB 92.879069
RWF 1605.292821
SAR 4.24948
SBD 9.472358
SCR 16.129551
SDG 680.302723
SEK 10.937204
SGD 1.479996
SHP 0.890267
SLE 25.81846
SLL 23755.936311
SOS 648.008302
SRD 41.743267
STD 23448.355915
SVC 9.909864
SYP 14729.0541
SZL 21.106286
THB 37.815815
TJS 11.937422
TMT 3.965085
TND 3.357577
TOP 2.653318
TRY 43.628902
TTD 7.671529
TWD 36.305109
TZS 3047.450719
UAH 46.98356
UGX 4148.839198
USD 1.132881
UYU 47.655464
UZS 14665.148861
VES 98.263826
VND 29460.578562
VUV 136.409569
WST 3.136268
XAF 653.871269
XAG 0.034749
XAU 0.000344
XCD 3.061668
XDR 0.81197
XOF 652.539777
XPF 119.331742
YER 277.499235
ZAR 21.065843
ZMK 10197.307186
ZMW 31.514475
ZWL 364.787321
ONU: fome se estabiliza no mundo, mas seu fim está 'fora de alcance'
ONU: fome se estabiliza no mundo, mas seu fim está 'fora de alcance' / foto: Joaquín Sarmiento - AFP/Arquivos

ONU: fome se estabiliza no mundo, mas seu fim está 'fora de alcance'

O número de pessoas que passam fome no mundo se estabilizou em 2022 após sete anos de alta, um "avanço modesto" e insuficiente para cumprir a meta de eliminar este flagelo até 2030, advertiram cinco agências da ONU em um relatório divulgado nesta quarta-feira (12).

Tamanho do texto:

Cerca de 735 milhões de pessoas passaram fome este ano, o equivalente a 9,2% da população mundial, alerta o relatório, cujos autores incluem a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

O número, que vinha aumentando desde 2015, estabilizou-se e até registrou uma leve queda, com menos 3,8 milhões de pessoas em relação a 2021.

A América Latina registrou avanços no combate à fome, com exceção da região do Caribe, onde a situação se agravou.

A desnutrição crônica também aumentou na Ásia Ocidental e na África, diz o relatório, que também leva o selo do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), do Programa Mundial de Alimentos (PMA) e da Organização Mundial da Saúde (OMS).

O relatório anual sobre o estado da segurança alimentar e nutricional no mundo detalha que, na África, uma em cada cinco pessoas sofre de desnutrição crônica.

O documento é um "retrato de um mundo ainda se recuperando de uma pandemia mundial e que agora se debate com as consequências da guerra na Ucrânia, que agitou ainda mais os mercados de alimentos e de energia".

Desde 2019, essas duas crises acrescentaram 122 milhões de pessoas ao mapa da fome.

Embora a recuperação econômica pós-pandemia tenha melhorado a situação, “não cabe dúvida de que esse modesto progresso se viu minado pela alta dos preços dos alimentos e da energia, amplificada pela guerra na Ucrânia”.

O relatório adverte que, sem esforços mais bem direcionados, a meta de “acabar com a fome, a insegurança alimentar e a desnutrição em todas as suas formas até 2030 permanecerá fora do nosso alcance”.

- 'Novo normal' -

Na América Latina e no Caribe, a prevalência da desnutrição - o indicador que mede a fome - caiu de 7% em 2021 para 6,5% em 2022, o que representou uma redução de 2,4 milhões no número de pessoas que passam fome. Essa redução se explica pela evolução na América do Sul (de 7% para 6,1%), já que o Caribe registrou um aumento significativo de 14,7% em 2021 para 16,3% em 2022.

"Há raios de esperança (...). No entanto, em geral, precisamos de um intenso esforço mundial imediato para resgatar os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável", defendeu o secretário-geral da ONU, António Guterres, citado no comunicado do relatório.

Se não se acelerar esse avanço, cerca de 600 milhões de pessoas ainda estarão passando fome em 2030, principalmente na África.

Os principais fatores de insegurança alimentar - conflitos, contração econômica e catástrofes climáticas - e as desigualdades recentes se tornaram um "novo normal", disseram.

O presidente do FIDA, Álvaro Lario, destacou a falta de investimento e de "vontade política para implementar soluções em larga escala".

A diretora-executiva do PMA, Cindy McCain, alertou, por sua vez, que a fome aumenta, “ao mesmo tempo que os recursos de que precisamos urgentemente para proteger os mais vulneráveis estão se reduzindo perigosamente”.

Para ela, “enfrentamos o maior desafio já visto”.

Como no ano anterior, 2,4 bilhões de pessoas sofriam de insegurança alimentar aguda, ou moderada, em 2022. Ou seja: três em cada dez pessoas não tinham acesso a uma alimentação adequada.

A possibilidade de as populações terem acesso a uma alimentação saudável se deteriorou em todo o mundo, devido ao impacto prolongado da pandemia nas economias e à disparada no preço dos alimentos, frisou a ONU.

Mais de 3,1 bilhões de pessoas não poderiam pagar por uma dieta balanceada em 2022, o que pode provocar desnutrição, carências nutricionais, ou obesidade.

D.Kovar--TPP