The Prague Post - Países ricos oferecem US$ 250 bi/ano na COP29, valor insuficiente para nações em desenvolvimento

EUR -
AED 4.323227
AFN 81.800407
ALL 97.102407
AMD 450.94111
ANG 2.107348
AOA 1079.331534
ARS 1725.54712
AUD 1.763887
AWG 2.118644
AZN 2.008817
BAM 1.958011
BBD 2.369777
BDT 143.220542
BGN 1.957445
BHD 0.443766
BIF 3466.336797
BMD 1.177024
BND 1.507903
BOB 8.148203
BRL 6.260829
BSD 1.176629
BTN 103.699122
BWP 16.621773
BYN 3.9841
BYR 23069.677837
BZD 2.366373
CAD 1.62211
CDF 3363.935378
CHF 0.934592
CLF 0.028554
CLP 1120.16295
CNY 8.379248
CNH 8.378807
COP 4599.905437
CRC 592.669385
CUC 1.177024
CUP 31.191146
CVE 110.905117
CZK 24.308555
DJF 209.18109
DKK 7.464118
DOP 74.093467
DZD 152.581253
EGP 56.699488
ERN 17.655366
ETB 169.365048
FJD 2.630301
FKP 0.868624
GBP 0.864895
GEL 3.174621
GGP 0.868624
GHS 14.394477
GIP 0.868624
GMD 82.984101
GNF 10193.031755
GTQ 9.019187
GYD 246.168032
HKD 9.15639
HNL 30.814533
HRK 7.533546
HTG 153.963893
HUF 389.312228
IDR 19265.535043
ILS 3.943668
IMP 0.868624
INR 103.732748
IQD 1541.440966
IRR 49493.875036
ISK 143.36313
JEP 0.868624
JMD 188.973434
JOD 0.834533
JPY 173.314546
KES 152.427205
KGS 102.930813
KHR 4716.336698
KMF 492.588884
KPW 1059.326273
KRW 1630.720322
KWD 0.35946
KYD 0.980507
KZT 635.888198
LAK 25506.118409
LBP 105402.533464
LKR 355.401405
LRD 209.716314
LSL 20.44498
LTL 3.475447
LVL 0.71197
LYD 6.36753
MAD 10.622626
MDL 19.573107
MGA 5267.183852
MKD 61.609584
MMK 2471.30169
MNT 4231.186816
MOP 9.427548
MRU 46.992727
MUR 53.542264
MVR 18.00688
MWK 2044.491586
MXN 21.611768
MYR 4.949365
MZN 75.223777
NAD 20.445245
NGN 1769.373584
NIO 43.231656
NOK 11.560963
NPR 165.918395
NZD 1.970433
OMR 0.452565
PAB 1.176629
PEN 4.109583
PGK 4.926437
PHP 67.201045
PKR 331.391131
PLN 4.248993
PYG 8400.487854
QAR 4.302423
RON 5.063089
RSD 117.176318
RUB 97.696364
RWF 1705.526291
SAR 4.414923
SBD 9.659697
SCR 16.766679
SDG 707.927604
SEK 10.915195
SGD 1.506644
SHP 0.924956
SLE 27.512916
SLL 24681.617038
SOS 672.459503
SRD 46.069317
STD 24362.028251
STN 24.527703
SVC 10.295541
SYP 15303.440669
SZL 20.412054
THB 37.423483
TJS 11.124865
TMT 4.131356
TND 3.427972
TOP 2.756713
TRY 48.593445
TTD 7.98602
TWD 35.537924
TZS 2908.076461
UAH 48.479343
UGX 4123.657427
USD 1.177024
UYU 47.222934
UZS 14636.297976
VES 186.829492
VND 31055.788251
VUV 140.741595
WST 3.234407
XAF 656.698702
XAG 0.027623
XAU 0.00032
XCD 3.180967
XCG 2.120595
XDR 0.818379
XOF 656.193481
XPF 119.331742
YER 281.956434
ZAR 20.422962
ZMK 10594.627862
ZMW 27.797396
ZWL 379.00137
Países ricos oferecem US$ 250 bi/ano na COP29, valor insuficiente para nações em desenvolvimento
Países ricos oferecem US$ 250 bi/ano na COP29, valor insuficiente para nações em desenvolvimento / foto: STRINGER - AFP

Países ricos oferecem US$ 250 bi/ano na COP29, valor insuficiente para nações em desenvolvimento

A presidência azeri da COP29 sugeriu que os países desenvolvidos contribuam com 250 bilhões de dólares (1,4 trilhão de reais) anuais até 2035 para o financiamento climático dos países em desenvolvimento, em um novo projeto de acordo criticado por ONGs e rejeitado por vários países.

Tamanho do texto:

Na tarde desta sexta-feira, por causa da falta de consenso, essa conferência da ONU sobre mudança climática foi postergada oficialmente e as negociações continuarão na manhã de sábado.

O valor é mais do que o dobro do compromisso atual de 100 bilhões de dólares (581 bilhões de reais) para o período de 2020-2025, mas fica aquém das exigências feitas durante as negociações.

O projeto inclui uma meta ambiciosa de levantar um total de 1,3 trilhão de dólares (7,5 trilhões de reais) por ano até 2035 para os países em desenvolvimento, o que incluiria contribuições dos países ricos e outras fontes de financiamento, como fundos privados ou novos impostos.

Qualquer acordo deve ser adotado pelo consenso dos 200 países.

"Os 250 bilhões de dólares oferecidos pelos países desenvolvidos são uma cusparada na cara de nações vulneráveis como a minha", reagiu o negociador do Panamá, Juan Carlos Monterrey.

A proposta "é totalmente inaceitável", declarou o negociador queniano, Ali Mohamed, presidente do grupo africano.

No dia anterior, o grupo de países G77+China havia exigido “pelo menos” 500 bilhões de dólares (2,9 trilhões de reais) por ano até 2030.

A ministra do Meio Ambiente do Brasil, Marina Silva, admitiu que o valor é "insuficiente", mas considerou que constitui uma base para seguir conversando.

Marina propôs uma contribuição dos países desenvolvidos de 300 bilhões de dólares (R$ 1,74 trilhão) anuais até 2030 e de 390 bilhões (R$ 2,26 trilhões) para 2035; quantias que seriam uma "alavanca" para alcançar o objetivo de 1,3 trilhão de dólares.

"Esta é a COP do financiamento (...) trilhões são necessários, por mais que alguns também o considerem desafiador", cobrou Marina em um discurso na véspera.

- "Agora é a hora” -

Apesar disso, um alto funcionário dos EUA que pediu anonimato disse que alcançar uma contribuição de 250 bilhões de dólares exigiria um esforço “extraordinário”, citando a relutância de Washington em se comprometer com uma soma maior.

Nos corredores do estádio da capital azeri, ouvia-se críticas de negociadores e ONGs sobre a administração da conferência, que envolveu cerca de 200 países, após quase duas semanas de reuniões.

“Esta é a pior COP da história recente”, disse Mohamed Adow, da Climate Action Network.

O dilema reside em como financiar a ajuda climática para os países em desenvolvimento construírem usinas de energia solar, investirem em irrigação e protegerem as cidades contra enchentes.

Mas até que ponto os países ricos, historicamente os maiores poluidores e, portanto, responsáveis pela mudança climática, estão dispostos a se comprometer?

Para Diego Pacheco, negociador-chefe da Bolívia, a solução “tem que sair agora, essa é uma questão que vem sendo adiada há vários anos, agora é a hora”.

“O fluxo é de países desenvolvidos para países não desenvolvidos, no âmbito do Acordo de Paris”, disse Pacheco à AFP. “Essa é a opção: financiamento público, porque o outro, o privado, não sabemos o que é, onde está.”

- Dependência do Norte -

Eduardo Giesen, diretor para a América Latina da Campanha Global pela Justiça Climática (DCJ), considerou que “os países do Sul, e eu incluo nossos governos latino-americanos, também não estiveram à altura da tarefa”.

“Não apenas porque não concordam entre si, mas também porque continuam apegados a um modelo de dependência do Norte”, disse ele à AFP.

Ao mesmo tempo, os países ricos estão negociando medidas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, mas enfrentam a oposição dos produtores de petróleo, como a Arábia Saudita. O grupo de Estados árabes advertiu que rejeitará qualquer texto “que tenha como alvo os combustíveis fósseis”.

No ano passado, na COP28, em Dubai, foi assinado um acordo que prevê uma transição acelerada para um mundo livre de combustíveis fósseis.

“Lamentamos ver uma combinação de silêncio e bloqueio total para revisitar essa questão nas câmaras, como se ela não tivesse sido acordada na COP28”, disse Raquel Soto, vice-ministra do Peru para o Desenvolvimento Estratégico de Recursos Naturais.

Desde o início da COP29, em 11 de novembro, tempestades terríveis atingiram as Filipinas e Honduras, o Equador declarou emergência nacional devido à seca e aos incêndios florestais, e a Espanha continua se recuperando de uma enchente histórica.

“No final, estamos todos no mesmo barco, portanto, se o navio afundar, os passageiros da primeira e da terceira classe do Titanic afundarão juntos”, disse Jacobo Ocharan, da Climate Action Network (CAN).

A.Stransky--TPP