The Prague Post - Julgamento em Londres sobre ouro da Venezuela volta ao ponto de partida

EUR -
AED 4.255446
AFN 80.51328
ALL 96.968767
AMD 444.625883
ANG 2.0735
AOA 1062.412792
ARS 1499.234134
AUD 1.77876
AWG 2.08833
AZN 1.967852
BAM 1.944687
BBD 2.340505
BDT 142.005266
BGN 1.952493
BHD 0.436668
BIF 3409.105275
BMD 1.158574
BND 1.489207
BOB 8.038303
BRL 6.489155
BSD 1.159191
BTN 100.399908
BWP 15.625228
BYN 3.793246
BYR 22708.058928
BZD 2.328324
CAD 1.590891
CDF 3347.121128
CHF 0.930764
CLF 0.028313
CLP 1110.713974
CNY 8.316074
CNH 8.321692
COP 4836.862895
CRC 585.503658
CUC 1.158574
CUP 30.702223
CVE 109.079329
CZK 24.586149
DJF 205.901728
DKK 7.462836
DOP 70.383463
DZD 150.476918
EGP 56.525606
ERN 17.378617
ETB 161.241492
FJD 2.611195
FKP 0.857326
GBP 0.867651
GEL 3.139791
GGP 0.857326
GHS 12.107415
GIP 0.857326
GMD 83.417541
GNF 10028.620163
GTQ 8.896395
GYD 242.501225
HKD 9.094804
HNL 30.354542
HRK 7.530849
HTG 151.642329
HUF 397.286616
IDR 19004.096459
ILS 3.88152
IMP 0.857326
INR 100.568314
IQD 1517.73251
IRR 48790.463504
ISK 142.191591
JEP 0.857326
JMD 185.949017
JOD 0.821454
JPY 172.102761
KES 149.98914
KGS 101.143963
KHR 4657.469046
KMF 491.812747
KPW 1042.716996
KRW 1610.059448
KWD 0.353886
KYD 0.965889
KZT 630.192589
LAK 24990.451023
LBP 103750.340804
LKR 349.930153
LRD 232.873348
LSL 20.749852
LTL 3.420969
LVL 0.70081
LYD 6.267525
MAD 10.414136
MDL 19.53054
MGA 5150.191863
MKD 61.21022
MMK 2432.516656
MNT 4156.677842
MOP 9.372237
MRU 46.134608
MUR 52.587735
MVR 17.842133
MWK 2011.866728
MXN 21.741785
MYR 4.901956
MZN 74.102527
NAD 20.750429
NGN 1772.201441
NIO 42.656245
NOK 11.822267
NPR 160.640251
NZD 1.941654
OMR 0.445454
PAB 1.159067
PEN 4.108557
PGK 4.877172
PHP 66.265241
PKR 328.282923
PLN 4.261918
PYG 8682.385324
QAR 4.21808
RON 5.071889
RSD 117.120165
RUB 94.250492
RWF 1676.077545
SAR 4.345997
SBD 9.598899
SCR 16.989088
SDG 695.720595
SEK 11.143928
SGD 1.491253
SHP 0.910458
SLE 26.588958
SLL 24294.73119
SOS 662.116779
SRD 42.35781
STD 23980.151654
STN 24.360688
SVC 10.143039
SYP 15063.555065
SZL 20.750123
THB 37.577633
TJS 11.040358
TMT 4.066596
TND 3.397456
TOP 2.713501
TRY 46.995485
TTD 7.882379
TWD 34.349994
TZS 2977.536016
UAH 48.482072
UGX 4155.219523
USD 1.158574
UYU 46.457331
UZS 14585.345808
VES 139.345685
VND 30354.6502
VUV 137.404105
WST 3.173318
XAF 652.168326
XAG 0.030448
XAU 0.00035
XCD 3.131106
XCG 2.089009
XDR 0.803367
XOF 652.269079
XPF 119.331742
YER 279.158667
ZAR 20.74425
ZMK 10428.561218
ZMW 27.180101
ZWL 373.060495
Julgamento em Londres sobre ouro da Venezuela volta ao ponto de partida
Julgamento em Londres sobre ouro da Venezuela volta ao ponto de partida / foto: SUZANNE PLUNKETT - POOL/AFP/Arquivos

Julgamento em Londres sobre ouro da Venezuela volta ao ponto de partida

Depois de três anos de um complexo litígio em Londres, o julgamento para decidir quem terá acesso a mais de 30 toneladas de ouro das reservas venezuelanas guardadas no Banco da Inglaterra voltou à estaca zero nesta sexta-feira (30).

Tamanho do texto:

Três juízes do Tribunal de Apelação de Londres rejeitaram um recurso apresentado por autoridades venezuelanas contra a última de várias decisões que concederam o controle das barras, avaliadas em 1,9 bilhão de dólares (9,2 bilhões de reais na cotação atual), ao opositor Juan Guaidó.

No entanto, isto não significa que Guaidó e seu entorno possam acessar os fundos. Eles podem, inclusive, ser impedidos, pois o opositor já não é mais reconhecido pelo Reino Unido como presidente encarregado da Venezuela. O governo britânico também não reconhece Nicolás Maduro, por considerar sua reeleição de 2018 fraudulenta.

Desde o início do processo, alguns especialistas estimam que as barras poderiam simplesmente permanecer nos cofres do Banco da Inglaterra até que sejam realizadas eleições na Venezuela, reconhecidas por todas as partes.

Acrescentando complexidade ao caso, os magistrados consideraram que, "à luz da mudança do panorama" diplomático, a Corte comercial que o julgou inicialmente deverá agora "determinar o andamento futuro deste litígio".

Em uma complicada sucessão de decisões, recursos e contrarrecursos durante três anos, a Justiça inglesa determinou que Guaidó era o representante legítimo da Venezuela, por ter sido reconhecido pelo governo britânico quando se autoproclamou "presidente encarregado" em sua qualidade de presidente da Assembleia Legislativa em 2019.

Também determinou que a junta ad hoc do Banco Central da Venezuela (BCV), nomeada por ele, poderia dar instruções ao Banco da Inglaterra na qualidade de cliente, e portanto poderia solicitar que lhe entregasse o ouro.

Ficou decidido, ainda, que a Justiça inglesa não reconheceria as decisões do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) de Caracas que invalidaram tais nomeações por considerar, entre outras coisas, que os juízes desta corte estão às ordens do presidente Nicolás Maduro.

- A pergunta de 1,9 bi -

Esta última decisão, tomada em julho de 2022 pela juíza Sara Cockerill, da divisão comercial da Alta Corte de Londres, foi contestada em outubro pelo BCV oficial, presidido por Calixto Ortega.

Porém, durante a espera para que o Tribunal de Apelação analisasse o caso, a realidade política mudou na Venezuela.

No final de dezembro, a Assembleia opositora eleita em 2015 - e ainda reconhecida por países como Estados Unidos e Reino Unido que consideram ilegítimas as legislativas de 2020 - votou a favor de dissolver o governo interino de Guaidó. Esta decisão foi acatada por governos como Washington e Londres.

Em sua decisão desta sexta, os juízes Sarah Falk, Stephen Males e Stephen Phillips do Tribunal de Apelação confirmaram todas as decisões judiciais anteriores considerando que, quando foram tomadas, correspondiam à realidade política do momento, ou seja, o reconhecimento do opositor por Londres como representante legítimo do país.

A decisão volta, assim, para as mãos de Cockerill mais de três anos depois que começou a analisar a questão.

Em 2020,o BCV de Ortega processou o Banco da Inglaterra para obrigá-lo a entregar as barras de ouro, assegurando necessitar dos fundo para enfrentar a pandemia de covid-19.

Pressionado pelos dois grupos opositores, a instituição financeira alegou que recebia instruções contraditórias de outro BCV, o designado por Guaidó, que disse temer que o dinheiro fosse para os bolsos dos "cleptocratas" ou usado para reprimir a população.

Por isso, a instituição solicitou à Justiça britânica que determinasse a quem deveria obedecer.

Mais de três anos depois, a pergunta de 1,9 bilhões de dólares continua sem resposta.

Z.Marek--TPP