The Prague Post - Incêndio criminoso destrói projeto de reflorestamento na Amazônia

EUR -
AED 4.251119
AFN 79.257774
ALL 97.600488
AMD 444.469281
ANG 2.071364
AOA 1061.318346
ARS 1567.114426
AUD 1.78941
AWG 2.086179
AZN 1.969652
BAM 1.961454
BBD 2.337638
BDT 141.136824
BGN 1.961454
BHD 0.43637
BIF 3451.920274
BMD 1.157381
BND 1.491988
BOB 8.000129
BRL 6.374737
BSD 1.157737
BTN 101.561873
BWP 15.723186
BYN 3.804534
BYR 22684.670162
BZD 2.325634
CAD 1.594935
CDF 3344.831999
CHF 0.933966
CLF 0.028496
CLP 1117.911644
CNY 8.308549
CNH 8.318064
COP 4742.102985
CRC 584.981143
CUC 1.157381
CUP 30.6706
CVE 110.583756
CZK 24.598866
DJF 206.176974
DKK 7.461358
DOP 70.372848
DZD 150.860223
EGP 56.057524
ERN 17.360717
ETB 159.961604
FJD 2.622741
FKP 0.870912
GBP 0.8699
GEL 3.126189
GGP 0.870912
GHS 12.214313
GIP 0.870912
GMD 83.91346
GNF 10041.945731
GTQ 8.882604
GYD 242.231367
HKD 9.085205
HNL 30.434728
HRK 7.543346
HTG 151.92793
HUF 398.285516
IDR 18959.17604
ILS 3.997687
IMP 0.870912
INR 101.61621
IQD 1516.67178
IRR 48754.680426
ISK 142.786274
JEP 0.870912
JMD 185.253991
JOD 0.820562
JPY 170.615919
KES 149.531021
KGS 101.212797
KHR 4639.433213
KMF 494.782618
KPW 1041.670013
KRW 1605.895247
KWD 0.353846
KYD 0.964794
KZT 622.569166
LAK 25048.526572
LBP 103737.517878
LKR 348.173604
LRD 232.132125
LSL 20.889815
LTL 3.417445
LVL 0.700088
LYD 6.302166
MAD 10.5465
MDL 19.711072
MGA 5149.911273
MKD 61.707872
MMK 2429.312296
MNT 4158.013954
MOP 9.361506
MRU 46.24129
MUR 53.274957
MVR 17.819232
MWK 2007.612928
MXN 21.759877
MYR 4.892829
MZN 74.026043
NAD 20.889815
NGN 1769.311499
NIO 42.602802
NOK 11.876322
NPR 162.500405
NZD 1.962129
OMR 0.444987
PAB 1.157752
PEN 4.136423
PGK 4.879064
PHP 66.596861
PKR 328.373932
PLN 4.283927
PYG 8671.996878
QAR 4.22207
RON 5.075701
RSD 117.172015
RUB 92.527385
RWF 1674.74914
SAR 4.342801
SBD 9.533779
SCR 16.371647
SDG 695.005767
SEK 11.181042
SGD 1.49014
SHP 0.90952
SLE 26.562081
SLL 24269.708188
SOS 661.701626
SRD 42.787803
STD 23955.452662
STN 24.570825
SVC 10.1302
SYP 15048.526915
SZL 20.882193
THB 37.41807
TJS 10.894845
TMT 4.062408
TND 3.41384
TOP 2.710703
TRY 47.067149
TTD 7.855576
TWD 34.598714
TZS 2841.371287
UAH 48.268633
UGX 4143.944848
USD 1.157381
UYU 46.47396
UZS 14613.122067
VES 145.971628
VND 30381.254681
VUV 138.198892
WST 3.208802
XAF 657.861801
XAG 0.030636
XAU 0.000342
XCD 3.12788
XCG 2.086597
XDR 0.815854
XOF 657.85325
XPF 119.331742
YER 278.176289
ZAR 20.758591
ZMK 10417.814857
ZMW 26.658072
ZWL 372.676252
Incêndio criminoso destrói projeto de reflorestamento na Amazônia
Incêndio criminoso destrói projeto de reflorestamento na Amazônia / foto: - - RIOTERRA/AFP

Incêndio criminoso destrói projeto de reflorestamento na Amazônia

O que seria uma boa notícia para a floresta amazônica foi reduzido às cinzas para supostamente dar lugar ao gado. Um incêndio criminoso destruiu um projeto de reflorestamento que replantou centenas de milhares de árvores em uma reserva natural na região.

Tamanho do texto:

Lançada em 2019 pelo Centro de Estudos Rioterra, a iniciativa replantou 360.000 árvores em 270 hectares da Reserva Extrativista do Rio Preto-Jacundá, que já havia sido desmatada ilegalmente por pecuaristas no estado de Rondônia.

A ideia era ambiciosa: salvar uma parte da maior floresta tropical do mundo e, simultaneamente, lutar contra a mudança climática, além de criar empregos sustentáveis, afirmou o coordenador do projeto, Alexis Bastos.

Mas justamente quando o solo desmatado voltava a ser uma floresta verde novamente, tudo foi queimado pelas chamas.

Os investigadores concluíram que o incêndio, que começou no dia 3 de setembro, foi criminoso, segundo um relatório forense do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), ao qual a AFP teve acesso.

A suspeita é que grileiros pretendem transformar a área em pastos para a pecuária.

"Classifico o incêndio ocorrido como intencional, sendo a motivação mais provável dificultar o processo de restauração ecológica da área em questão", afirma o documento.

- Sinal revelador -

Imagens de satélite indicam que as chamas prosseguiram em direção contrária ao vento, um indicativo de que o incêndio foi criminoso, de acordo com os investigadores.

O promotor de Justiça encarregado do caso, Pablo Hernandez Viscardi, confirmou que a polícia já identificou uma série de suspeitos.

O projeto está localizado na parte sudoeste da Reserva Extrativista do Rio Preto-Jacundá, que tem cerca de 95.000 hectares.

A região é tão remota que a equipe do Rioterra chegou ao local apenas em 6 de setembro, três dias após o início do incêndio e um dia depois de as imagens de satélite alertarem sobre a destruição.

Ao chegarem, descobriram que as estradas de acesso estavam bloqueadas por árvores tombadas.

Bastos conta que desmaiou quando viu a área então reflorestada reduzida às cinzas.

"Foi horrível, péssimo. As pessoas não têm ideia do que é que a gente fez para recuperar. Era um trabalho importante de restauração em escala", disse o coordenador.

O projeto, que custou quase US$ 1 milhão (quase R$ 5 milhões, na cotação atual) e gerou mais de 100 empregos, tinha o objetivo de gerar uma fonte de renda sustentável para os moradores locais, por exemplo, com o cultivo do açaí, além de ajudar no combate à mudança climática.

- Ameaças de morte -

A medida não foi bem-recebida, porém, por alguns moradores da região, sede de uma poderosa indústria agropecuária.

Os investigadores constataram que a reserva Rio Preto-Jacundá está rodeada de fazendas com histórico de crimes ambientais, incluindo repetidas invasões a esta área de preservação.

Imagens de satélite mostram como a floresta verde está cercada por terras desmatadas, que se estendem em vários pontos da reserva.

Bastos contou que a equipe do Rioterra recebia ameaças de morte "constantemente".

"Chegou a ter caso dos caras fazerem emboscada para um colaborador nosso, botarem arma na cabeça dele para mandar a gente parar de recuperar a área. Eles falaram, 'Olha, agora é só um recado, mas se vocês continuarem recuperando a área lá depois não vai ser mais recado, não'", lembrou.

O promotor Viscardi afirmou que o estado de Rondônia enfrenta uma onda de crimes ambientais cometidos por máfias especializadas na apropriação de terras, utilizando assassinos de aluguel contratados e "táticas de guerrilha".

"A gente já detectou organização criminosa voltada à grilagem e práticas de danos ambientais contra nossas unidades de conservação. Isso existe no nosso estado e, provavelmente, esteja acontecendo lá também na Resex do Rio Preto-Jacundá", declarou à AFP.

Mas Bastos está motivado a recomeçar do zero.

"Não pode deixar grileiro de terra achar que isso é normal e que eles têm mais poder do que o Estado, que a sociedade (...) a gente não pode deixar isso", finalizou.

Y.Blaha--TPP