The Prague Post - CIJ exige que Israel permita entrada de ajuda humanitária em Gaza e evite atos de 'genocídio'

EUR -
AED 4.312165
AFN 76.95154
ALL 96.753705
AMD 448.031316
ANG 2.102251
AOA 1076.720928
ARS 1703.460147
AUD 1.779327
AWG 2.116455
AZN 1.995163
BAM 1.960036
BBD 2.363397
BDT 143.39197
BGN 1.956168
BHD 0.442705
BIF 3482.611091
BMD 1.174178
BND 1.516406
BOB 8.108213
BRL 6.480992
BSD 1.173386
BTN 106.122841
BWP 15.497835
BYN 3.464941
BYR 23013.883134
BZD 2.360071
CAD 1.61868
CDF 2659.512187
CHF 0.933592
CLF 0.027474
CLP 1077.800801
CNY 8.270027
CNH 8.265119
COP 4538.783942
CRC 584.638664
CUC 1.174178
CUP 31.115709
CVE 110.478074
CZK 24.391217
DJF 208.675178
DKK 7.471348
DOP 73.6792
DZD 152.004409
EGP 55.887573
ERN 17.612666
ETB 182.236126
FJD 2.682115
FKP 0.874651
GBP 0.878003
GEL 3.164377
GGP 0.874651
GHS 13.532349
GIP 0.874651
GMD 86.298212
GNF 10200.667993
GTQ 8.987156
GYD 245.500137
HKD 9.135026
HNL 30.774994
HRK 7.534576
HTG 153.698912
HUF 388.990947
IDR 19581.057178
ILS 3.792471
IMP 0.874651
INR 106.165215
IQD 1538.172801
IRR 49444.623799
ISK 147.993796
JEP 0.874651
JMD 187.765812
JOD 0.832515
JPY 182.561068
KES 151.353157
KGS 102.682053
KHR 4702.581843
KMF 491.980851
KPW 1056.77334
KRW 1735.046597
KWD 0.360215
KYD 0.977872
KZT 603.548729
LAK 25426.817853
LBP 105147.61388
LKR 363.417705
LRD 208.269765
LSL 19.644041
LTL 3.467041
LVL 0.710248
LYD 6.364121
MAD 10.748129
MDL 19.800952
MGA 5313.154049
MKD 61.552783
MMK 2466.030822
MNT 4166.481166
MOP 9.40212
MRU 46.697494
MUR 54.070734
MVR 18.141501
MWK 2039.54696
MXN 21.150931
MYR 4.798867
MZN 75.060144
NAD 19.644118
NGN 1706.279887
NIO 43.127586
NOK 11.980734
NPR 169.792398
NZD 2.035971
OMR 0.451465
PAB 1.173421
PEN 3.950522
PGK 4.987887
PHP 68.965348
PKR 329.120527
PLN 4.21373
PYG 7881.732459
QAR 4.275192
RON 5.092055
RSD 117.388771
RUB 94.520111
RWF 1702.557681
SAR 4.404148
SBD 9.546318
SCR 16.990238
SDG 706.269551
SEK 10.921825
SGD 1.516122
SHP 0.880937
SLE 28.293287
SLL 24621.923812
SOS 671.045152
SRD 45.414844
STD 24303.107961
STN 24.863213
SVC 10.267623
SYP 12983.066516
SZL 19.643882
THB 36.974672
TJS 10.830593
TMT 4.109622
TND 3.409519
TOP 2.827139
TRY 50.179072
TTD 7.959864
TWD 37.153097
TZS 2898.98726
UAH 49.805522
UGX 4182.844311
USD 1.174178
UYU 45.716469
UZS 14178.196202
VES 324.344521
VND 30921.970017
VUV 142.46031
WST 3.277164
XAF 657.349716
XAG 0.017731
XAU 0.000271
XCD 3.173274
XCG 2.114826
XDR 0.815437
XOF 656.961327
XPF 119.331742
YER 279.865043
ZAR 19.69423
ZMK 10569.016091
ZMW 26.900107
ZWL 378.084744
CIJ exige que Israel permita entrada de ajuda humanitária em Gaza e evite atos de 'genocídio'
CIJ exige que Israel permita entrada de ajuda humanitária em Gaza e evite atos de 'genocídio' / foto: Remko de Waal - ANP/AFP

CIJ exige que Israel permita entrada de ajuda humanitária em Gaza e evite atos de 'genocídio'

O máximo órgão judicial da ONU exigiu, nesta sexta-feira (26), que Israel evite qualquer ato de genocídio em Gaza e permita a entrada de ajuda humanitária no território palestino, onde trava uma guerra contra o movimento islamista palestino Hamas desde outubro.

Tamanho do texto:

A Corte Internacional de Justiça (CIJ), com sede em Haia, não se pronunciou sobre a questão subjacente de saber se as operações israelenses em Gaza se enquadram no conceito jurídico de genocídio, um debate que pode levar anos.

Mas considerou que a "catastrófica situação humanitária" no território palestino "poderia piorar ainda mais", antes de pronunciar sua decisão final, razão pela qual exigiu várias medidas de emergência.

Uma delas, para que Israel tome "medidas imediatas e eficazes para permitir a prestação de serviços básicos e de ajuda humanitária" em Gaza, onde 85% dos cerca de 2,4 milhões de habitantes se tornaram deslocados internos desde o início da guerra.

Também instou o país a fazer tudo o que puder para "impedir a prática de todos os atos dentro do âmbito de aplicação" da Convenção para a Prevenção do Genocídio e "impedir e punir" qualquer incitamento ao genocídio.

Antes de ler as disposições, a presidente do tribunal, Joan Donoghue, citou declarações de responsáveis israelenses, como o ministro da Defesa, Yoav Gallant, que ordenou um "cerco total" à Faixa de Gaza em 9 de outubro e disse então que as suas forças estavam "lutando contra animais".

O tribunal emitiu esta decisão no âmbito do recurso de emergência apresentado em dezembro pela África do Sul perante a CIJ, que argumentou que Israel violou a convenção da ONU, firmada em 1948, após o Holocausto.

- Cessar-fogo -

A chanceler sul-africana, Naledi Pandor, considerou que estas medidas equivalem à exigência de um cessar-fogo.

"Como prestar ajuda humanitária sem um cessar-fogo? Como fornecer água, [facilitar] o acesso à energia? Como garantir que os feridos sejam beneficiados com cuidados de saúde?", questionou ela em frente ao Palácio da Paz em Haia, onde está sediada a CIJ.

"Sem um cessar-fogo, não se pode fazer nada disso", acrescentou.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, observou que "a acusação de genocídio apresentada contra Israel não é apenas falsa, é escandalosa".

Durante dois dias de audiências realizadas este mês, Israel ressaltou que agiu em legítima defesa, após os ataques do movimento islamista palestino Hamas em 7 de outubro, em seu território, e que faz o que pode para proteger os civis de Gaza.

Entretanto, a CIJ afirmou que as medidas adotadas até o momento "são insuficientes" para proteger os direitos dos palestinos.

O Hamas, que governa a Faixa de Gaza, considerou a decisão um "avanço importante que contribui para isolar Israel e expor seus crimes em Gaza", segundo um comunicado. E a Autoridade Palestina viu a decisão como uma demonstração de que "nenhum Estado está acima da lei".

A guerra eclodiu em 7 de outubro com a incursão de comandos islamistas que mataram cerca de 1.140 pessoas, a maioria civis, e sequestraram cerca de 250 no sul de Israel, segundo um relatório da AFP baseado em dados oficiais israelenses.

As ações de retaliação, com bombardeios incessantes e ofensivas terrestres em Gaza, deixaram até agora pelo menos 26.083 mortos, a maioria mulheres, crianças e adolescentes, segundo o Ministério da Saúde do território.

- "Preocupação" com os reféns -

Israel afirma que, se houve atos de genocídio, estes foram perpetrados pelo Hamas na operação de comando de outubro.

Em comentários feitos à margem da decisão, a presidente do tribunal afirmou nesta sexta-feira que o tribunal está "muito preocupado" com a situação dos reféns em Gaza e exigiu a sua "libertação imediata e incondicional".

Pouco depois, o grupo islamista divulgou um vídeo no Telegram no qual aparecem três mulheres israelenses feitas reféns em Gaza. Duas delas, Daniella Gilboa e Karina Ariev, apresentam-se como recrutas do Exército israelense, e a terceira, Doron Steinbrecher, como civil.

No fim de novembro, durante uma trégua de uma semana, os islamistas trocaram uma centena de reféns por prisioneiros palestinos em Israel. Atualmente, 104 pessoas permanecem cativas em Gaza, segundo dados israelenses, e 28 morreram.

- Israel aceitará a decisão? -

A questão agora é se Israel cumprirá ou não a decisão do tribunal.

A CIJ, que trata de litígios entre países, emite decisões vinculantes e que não cabem recurso, mas não dispõe de meios para garantir a sua aplicação, como quando ordenou à Rússia que parasse as suas operações na Ucrânia, sem sucesso.

No dia 14 de janeiro, Netanyahu manifestou a sua firmeza na manutenção da ofensiva. "Ninguém nos impedirá, nem Haia, nem o eixo do mal", declarou.

Em qualquer caso, os especialistas acreditam que, independentemente do impacto simbólico que a decisão possa ter, provavelmente haverá consequências tangíveis no terreno.

Segundo Juliette McIntyre, especialista em direito internacional da Universidade do Sul da Austrália, se a CIJ, como terceira parte neutra, determinar a existência de um risco de genocídio em Gaza, "será muito mais difícil para um país continuar apoiando Israel".

As nações que mais apoiaram o caso perante a CIJ foram aquelas de maioria muçulmana, incluindo Irã, Turquia, Jordânia, Paquistão, Bangladesh, Malásia e Maldivas. Na América Latina, Brasil, Colômbia, Bolívia e Venezuela corroboraram a iniciativa.

A União Europeia recordou que "as ordens da CIJ não são vinculativas" e disse esperar sua "implementação plena, imediata e efetiva".

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, igualou a decisão do tribunal a um "triunfo da Humanidade" e sublinhou que "o que se impõe é um cessar-fogo para a libertação integral dos reféns de ambos os lados".

Já o presidente argentino, Javier Milei, condenou a violência "atroz e imperdoável" do Hamas e criticou o "ressurgimento do antissemitismo".

- UNRWA demite funcionários -

A Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA) informou nesta sexta-feira que demitiu "vários" funcionários acusados por Israel de estarem envolvidos no ataque de 7 de outubro.

"Qualquer funcionário que esteja envolvido em atos de terrorismo terá que prestar contas, inclusive mediante ações legais", declarou.

Pouco depois, os Estados Unidos anunciaram a suspensão temporária do financiamento desta agência enquanto analisava estas acusações.

H.Dolezal--TPP