The Prague Post - Há 20 anos, Madri sofria o maior atentado de sua história

EUR -
AED 4.313468
AFN 77.598705
ALL 96.698386
AMD 447.792527
ANG 2.102883
AOA 1077.044807
ARS 1692.205144
AUD 1.764354
AWG 2.114155
AZN 2.001365
BAM 1.955767
BBD 2.361861
BDT 143.307608
BGN 1.957508
BHD 0.442093
BIF 3466.042156
BMD 1.17453
BND 1.514475
BOB 8.102865
BRL 6.365607
BSD 1.17268
BTN 106.04923
BWP 15.537741
BYN 3.457042
BYR 23020.795811
BZD 2.358461
CAD 1.618445
CDF 2630.948518
CHF 0.934916
CLF 0.027253
CLP 1069.11676
CNY 8.28573
CNH 8.284609
COP 4466.125466
CRC 586.590211
CUC 1.17453
CUP 31.125056
CVE 110.26316
CZK 24.276491
DJF 208.826515
DKK 7.472132
DOP 74.548756
DZD 152.289758
EGP 55.571073
ERN 17.617956
ETB 183.229742
FJD 2.668303
FKP 0.877971
GBP 0.878351
GEL 3.175767
GGP 0.877971
GHS 13.461775
GIP 0.877971
GMD 85.741137
GNF 10198.829794
GTQ 8.98185
GYD 245.335906
HKD 9.138141
HNL 30.873485
HRK 7.537789
HTG 153.707435
HUF 385.234681
IDR 19536.845016
ILS 3.785271
IMP 0.877971
INR 106.37734
IQD 1536.174363
IRR 49474.161194
ISK 148.465122
JEP 0.877971
JMD 187.756867
JOD 0.832789
JPY 182.950774
KES 151.217476
KGS 102.713135
KHR 4694.921647
KMF 492.719958
KPW 1057.073078
KRW 1731.880759
KWD 0.360233
KYD 0.977284
KZT 611.589793
LAK 25422.575728
LBP 105012.44747
LKR 362.353953
LRD 206.976546
LSL 19.78457
LTL 3.468083
LVL 0.710462
LYD 6.369894
MAD 10.78842
MDL 19.823669
MGA 5194.913303
MKD 61.548973
MMK 2466.304642
MNT 4164.85284
MOP 9.403343
MRU 46.930217
MUR 53.93488
MVR 18.092159
MWK 2033.466064
MXN 21.157878
MYR 4.812408
MZN 75.064681
NAD 19.78457
NGN 1706.088063
NIO 43.15928
NOK 11.906572
NPR 169.679168
NZD 2.023657
OMR 0.451612
PAB 1.17268
PEN 3.948134
PGK 5.054916
PHP 69.43241
PKR 328.640215
PLN 4.225315
PYG 7876.868545
QAR 4.273829
RON 5.092651
RSD 117.378041
RUB 93.579038
RWF 1706.771516
SAR 4.407079
SBD 9.603843
SCR 17.649713
SDG 706.484352
SEK 10.887784
SGD 1.517615
SHP 0.881202
SLE 28.335591
SLL 24629.319496
SOS 668.988835
SRD 45.275842
STD 24310.407882
STN 24.499591
SVC 10.260829
SYP 12986.570545
SZL 19.77767
THB 37.109332
TJS 10.77682
TMT 4.122602
TND 3.428143
TOP 2.827988
TRY 50.011936
TTD 7.957867
TWD 36.804032
TZS 2902.351563
UAH 49.548473
UGX 4167.930442
USD 1.17453
UYU 46.019232
UZS 14127.764225
VES 314.116117
VND 30897.196663
VUV 141.748205
WST 3.259888
XAF 655.946053
XAG 0.018958
XAU 0.000273
XCD 3.174228
XCG 2.113465
XDR 0.815786
XOF 655.946053
XPF 119.331742
YER 280.129715
ZAR 19.820741
ZMK 10572.187233
ZMW 27.059548
ZWL 378.198309
Há 20 anos, Madri sofria o maior atentado de sua história
Há 20 anos, Madri sofria o maior atentado de sua história / foto: Christophe Simon - AFP/Arquivos

Há 20 anos, Madri sofria o maior atentado de sua história

Em 11 de março de 2004, 10 bombas explodiram em quatro trens de Madri, deixando 192 mortos e quase 2.000 feridos. Os atentados comoveram uma Espanha, mais acostumada às explosões do ETA que às do jihadismo.

Tamanho do texto:

- Bombas e caos -

Na manhã de quinta-feira, em 11 de março de 2004, milhares de passageiros transitam como todos os dias pela estação de Atocha, no coração de Madri. De repente, três explosões abalam o terminal. O relógio marca 7h37: um trem que entrava na estação vindo de Alcalá de Henares, acaba de explodir.

O impacto das explosões projeta centenas de passageiros contra o chão e as paredes dos vagões. Envolvidos por uma nuvem de fumaça, os sobreviventes tentam sair e alcançar as escadas rolantes, alguns tropeçam na plataforma enquanto tentam se orientar, aturdidos, entre os gritos dos feridos.

Nos quatro minutos seguintes, outras sete bombas explodem não muito longe dali, dentro de três trens que também saíram de Alcalá. Na capital, o caos se mistura com o medo: as emissoras de TV exibem em tempo real depoimentos de passageiros em pânico, os pais, assustados, vão buscar seus filhos nos colégios.

Nos bolsos dos mortos, os celulares não param de tocar. Algumas vítimas, que chegaram a sair da estação em estado de choque, vagarão durante horas pelas ruas da cidade antes de serem atendidas.

- ETA, acusado de forma equivocada -

Horas depois dos ataques, o governo do presidente conservador José María Aznar acusa o grupo separatista basco ETA, autor de diversos atentados fatais em três décadas, de ser o responsável. O ministro do Interior qualifica de "intoxicação" a possibilidade apresentada por alguns especialistas de que poderia ter sido um ataque islamista.

A três dias das eleições legislativas de domingo, 14 de março, a Espanha está em plena campanha eleitoral. O país encontrava-se dividido pela decisão que o governo de Aznar tinha tomado um ano antes de participar da invasão do Iraque junto com as tropas americanas, apesar da oposição da maioria dos espanhóis.

A hipótese do ETA, no entanto, rapidamente perde força. Os investigadores encontram três bombas em mochilas que não explodiram que indicam a pista dos autores, e, na mesma noite, descobrem sete detonadores e uma gravação de versos do Alcorão em uma caminhonete roubada em Alcalá.

Dois dias depois, uma fita de vídeo encontrada perto da mesquita de Madri confirma a pista islamista. Os atentados, em que 192 pessoas de 17 nacionalidades morreram, são reivindicados pela Al Qaeda na Europa em "resposta" à participação da Espanha na guerra do Iraque.

- A direita perde as eleições -

A onda expansiva do 11-M, nome dado ao atentado mais mortal já executado em território espanhol, enfraquece o Partido Popular (PP) de Aznar. Na sexta-feira 12, grandes manifestações reúnem 11,6 milhões de pessoas em todo país.

No domingo, 14 de março, o PP e seu novo líder Mariano Rajoy - escolhido por Aznar como seu sucessor - são derrotados pelo Partido Socialista (PSOE) de José Luis Rodríguez Zapatero, que ordenará rapidamente a retirada das tropas espanholas do Iraque.

Segundo diversos observadores, os eleitores culparam a direita por sua obsessão em acusar o ETA, apesar dos indícios contrários, mas também pela intervenção no Iraque ao lado dos Estados Unidos e Reino Unido, que a opinião pública jamais aceitou.

Durante anos, os líderes da direita continuarão questionando a origem islamista dos atentados, alimentando teorias conspiratórias.

- Longo processo -

Três semanas depois dos atentados, sete membros do comando que colocou as bombas decidem praticar autoimolação com explosivos, quando estavam cercados pela polícia em seu apartamento em Leganés, nos arredores de Madri.

Depois de três anos, outros 29 acusados foram julgados em um longo processo de seis meses, no começo de 2007. Entre eles, vários cidadãos marroquinos moradores de um bairro popular de Madri, mas também espanhóis e um egípcio.

Após o processo e os recursos posteriores, a Justiça espanhola condenou 18 pessoas, três deles a penas muito elevadas de entre 34.715 e 42.924 anos de prisão: Jamal Zougan, Othman el Gnaoui e José Emilio Suárez Trashorras. Apenas eles continuam na prisão, onde devem permanecer até 2044, se nada mudar.

D.Kovar--TPP