The Prague Post - Caso Assange, uma saga judicial de 14 anos

EUR -
AED 4.31535
AFN 76.958122
ALL 96.135825
AMD 448.455966
ANG 2.103536
AOA 1077.378817
ARS 1689.793205
AUD 1.769793
AWG 2.117748
AZN 1.999166
BAM 1.955226
BBD 2.365605
BDT 143.537854
BGN 1.956488
BHD 0.44287
BIF 3484.738642
BMD 1.174895
BND 1.514255
BOB 8.145608
BRL 6.368522
BSD 1.174555
BTN 106.525722
BWP 15.512313
BYN 3.434891
BYR 23027.942478
BZD 2.362206
CAD 1.618359
CDF 2643.513731
CHF 0.93588
CLF 0.027383
CLP 1074.241633
CNY 8.279779
CNH 8.275714
COP 4492.798573
CRC 587.527489
CUC 1.174895
CUP 31.134718
CVE 110.677695
CZK 24.328728
DJF 208.802423
DKK 7.469753
DOP 74.42939
DZD 152.341544
EGP 55.73229
ERN 17.623425
ETB 182.167767
FJD 2.678173
FKP 0.879113
GBP 0.878628
GEL 3.166317
GGP 0.879113
GHS 13.517149
GIP 0.879113
GMD 86.355491
GNF 10209.837973
GTQ 8.997358
GYD 245.72994
HKD 9.143615
HNL 30.793726
HRK 7.534487
HTG 153.894813
HUF 384.504382
IDR 19563.177051
ILS 3.774762
IMP 0.879113
INR 106.634353
IQD 1539.112482
IRR 49474.829125
ISK 148.200678
JEP 0.879113
JMD 187.704886
JOD 0.832976
JPY 182.408915
KES 151.455816
KGS 102.744096
KHR 4704.280045
KMF 493.456553
KPW 1057.405154
KRW 1725.438512
KWD 0.360493
KYD 0.978804
KZT 605.802123
LAK 25454.101165
LBP 104388.194636
LKR 363.173364
LRD 208.249826
LSL 19.749811
LTL 3.46916
LVL 0.710682
LYD 6.367607
MAD 10.788474
MDL 19.82601
MGA 5298.776239
MKD 61.546096
MMK 2466.417042
MNT 4166.019472
MOP 9.415516
MRU 46.702262
MUR 53.986902
MVR 18.094973
MWK 2040.79287
MXN 21.126657
MYR 4.808255
MZN 75.078972
NAD 19.750453
NGN 1706.523037
NIO 43.107386
NOK 11.929878
NPR 170.440955
NZD 2.031305
OMR 0.451748
PAB 1.174555
PEN 3.961156
PGK 4.997122
PHP 69.167244
PKR 329.264518
PLN 4.21916
PYG 7888.683705
QAR 4.277751
RON 5.091173
RSD 117.363799
RUB 93.404607
RWF 1705.947575
SAR 4.408375
SBD 9.587196
SCR 17.055678
SDG 706.697189
SEK 10.917008
SGD 1.515578
SHP 0.881476
SLE 26.846223
SLL 24636.965519
SOS 671.452326
SRD 45.362794
STD 24317.954901
STN 24.907775
SVC 10.276982
SYP 12990.440464
SZL 19.750291
THB 37.003904
TJS 10.800021
TMT 4.112133
TND 3.420706
TOP 2.828866
TRY 50.162125
TTD 7.971659
TWD 36.832134
TZS 2916.675247
UAH 49.646123
UGX 4183.77155
USD 1.174895
UYU 46.026486
UZS 14245.602311
VES 314.213632
VND 30923.237041
VUV 142.312254
WST 3.260901
XAF 655.764453
XAG 0.018365
XAU 0.000273
XCD 3.175213
XCG 2.116778
XDR 0.817013
XOF 656.177917
XPF 119.331742
YER 280.153995
ZAR 19.745521
ZMK 10575.460835
ZMW 27.220008
ZWL 378.315718
Caso Assange, uma saga judicial de 14 anos
Caso Assange, uma saga judicial de 14 anos / foto: Damir Sencar - AFP

Caso Assange, uma saga judicial de 14 anos

As principais etapas da longa saga judicial protagonizada há 14 anos pelo fundador do WikiLeaks, o australiano Julian Assange, detido no Reino Unido.

Tamanho do texto:

Nesta terça-feira (26), a Justiça britânica pediu ao governo dos Estados Unidos, que deseja julgar Assange por espionagem, que apresente novas garantia sobre o tratamento que seria reservado ao australiano em caso de extradição.

- Revelações e ordem de detenção -

Em julho de 2010, a imprensa mundial publica 70.000 documentos militares confidenciais sobre as operações da coalizão internacional no Afeganistão, difundidos pelo site WikiLeaks. Em outubro são publicados outros 400.000 documentos relacionados à invasão americana do Iraque e, um mês depois, o conteúdo de quase de 250.000 telegramas diplomáticos dos Estados Unidos.

Em 18 de novembro, a Suécia emite um mandado de prisão europeu contra Julian Assange no âmbito de uma investigação por supostas agressões sexuais, incluindo estupro, contra duas mulheres suecas em agosto de 2010. O australiano afirma que as relações foram consentidas.

Assange, que estava em Londres, se entrega à polícia britânica em 7 de dezembro. Depois de permanecer nove dias na prisão, o australiano passa à prisão domiciliar.

Em 24 de fevereiro de 2011, um tribunal de Londres autoriza a extradição de Assange solicitada pela Suécia. O australiano teme ser entregue por este país aos Estados Unidos, onde ele diz que pode ser condenado à morte.

- Refúgio na embaixada do Equador -

Em 19 de junho de 2012, depois de ter esgotado todos os seus recursos, Assange se refugia na embaixada do Equador em Londres e pede asilo político. O Equador, então presidido por Rafael Correa, concede asilo em agosto e pede às autoridades britânicas, sem sucesso, um salvo-conduto para que o fundador do WikiLeaks possa viajar a Quito.

Assange permaneceu na embaixada durante quase sete anos, período em que inclusive obteve a nacionalidade equatoriana antes de ser privado da mesma.

Em 2 de abril de 2019, o presidente equatoriano Lenín Moreno, que rompeu com o antecessor, afirma que Assange violou o acordo sobre suas condições de asilo. No dia 11, Assange é detido em uma operação da polícia britânica, que foi autorizada a entrar na representação diplomática.

- Reabertura da investigação por estupro -

Imediatamente após a detenção, a advogada da mulher que o acusava de estupro na Suécia anuncia que solicitará ao MP a reabertura da investigação, arquivada em 2017. Os fatos que envolviam outro processo, por agressão sexual, prescreveram em 2015.

Em 1º de maio, Assange é condenado a 50 semanas de prisão por um tribunal de Londres por ter violado as condições de sua liberdade provisória quando se refugiou na embaixada equatoriana.

No dia 13 do mesmo mês, a Promotoria de Estocolmo anuncia a reabertura da investigação por estupro.

- Nova acusação americana -

Em 23 de maio de 2019, a Justiça americana, que já acusava Assange como "hacker", o indicia por outras 17 acusações com base nas leis contra a espionagem. O australiano pode ser condenado a até 175 anos de prisão.

No dia 31, o relator da ONU sobre a tortura afirma, após um encontro com Assange na prisão, que ele apresenta "todos os sintomas de tortura psicológica".

No início de novembro, o relator afirma que o tratamento concedido a Assange coloca sua vida em "perigo".

Em 21 de outubro, o fundador do WikiLeaks aparece pela primeira vez no tribunal de Westminster, confuso e balbuciando.

- Suécia abandona processo -

Em 19 de novembro de 2019, o MP sueco anuncia o abandono da investigação por estupro por falta de evidências.

- Audiência de extradição em Londres -

Em 24 de fevereiro de 2020, a Justiça britânica começa a examinar o pedido de extradição apresentado pelos Estados Unidos, adiado devido à pandemia de coronavírus. A advogada Stella Morris, companheira de Assange, adverte nos Estados Unidos o fundador do WikiLeaks poderia ser "condenado à morte".

Em 4 de janeiro de 2021, a juíza Vanessa Baraitser rejeita o pedido de extradição alegando que as condições de sua detenção nos Estados Unidos poderiam provocar o risco de suicídio.

A Justiça britânica decide mantê-lo em detenção.

- Anulação da rejeição à extradição -

Em 12 de fevereiro de 2021, Washington apela contra a rejeição da extradição.

A audiência começa em 27 de outubro. O advogado que defende os interesses americanos nega que risco de suicídio e afirma que, em caso de extradição, Assange não seria levado para a penitenciária de segurança máxima ADX de Florence (Colorado), e que ele receberia atendimento médico e psicológico necessários e que poderia solicitar para cumprir a pena na Austrália.

Mas o advogado de Assange insiste que ainda existe "grande risco de suicídio".

Em 10 de dezembro, o Tribunal Superior de Londres anula a rejeição à extradição, por considerar que o governo dos Estados Unidos apresentou garantias sobre o tratamento que seria reservado ao fundador do WikiLeaks. A defesa de Assange apresenta um novo recurso.

- Recurso contra a extradição -

Em 14 de março de 2022, o Tribunal Superior britânico rejeita o recurso.

Em 20 de abril, o Tribunal de Magistrados de Westminster, em Londres, emite formalmente uma ordem de extradição.

Em 17 de junho, a ministra do Interior britânica, Priti Patel, assina o decreto de extradição, contra o qual Assange apresenta recurso.

Nos dias 20 e 21 de fevereiro de 2024, acontece em Londres o julgamento para examinar o recurso contra a extradição. Em 25 de março, o Tribunal Superior de Justiça de Londres anuncia que no dia seguinte informará se aceita o recurso de Assange.

- Novas garantias -

Em 26 de março, a Justiça britânica pede ao governo dos Estados Unidos novas garantias sobre o tratamento que seria reservado a Julian Assange, pois em caso contrário concederia ao fundador do Wikileaks um último recurso contra sua extradição.

As autoridade americanas têm prazo de três semanas para apresentar garantias de que Assange poderia ser beneficiado pela Primeira Emenda da Constituição, que protege a liberdade de expressão, e que não será condenado à pena de morte.

"Caso estas garantias não sejam apresentadas no prazo", Assange poderá apresentar recurso contra sua extradição.

Caso o governo dos Estados Unidos apresente as garantias, o tribunal terá que decidir se são ou não satisfatória.

X.Kadlec--TPP