The Prague Post - Nicarágua exige na CIJ que Alemanha pare de fornecer armas a Israel e acusa país de facilitar genocídio

EUR -
AED 4.304134
AFN 77.5426
ALL 96.311763
AMD 446.285808
ANG 2.098333
AOA 1074.714102
ARS 1700.372592
AUD 1.773364
AWG 2.112511
AZN 1.994302
BAM 1.952675
BBD 2.354532
BDT 142.861379
BGN 1.95535
BHD 0.44187
BIF 3455.936764
BMD 1.171989
BND 1.510724
BOB 8.078073
BRL 6.460825
BSD 1.168979
BTN 105.728802
BWP 15.439633
BYN 3.451929
BYR 22970.993485
BZD 2.351137
CAD 1.615593
CDF 2654.556098
CHF 0.931845
CLF 0.027426
CLP 1075.909592
CNY 8.254615
CNH 8.244196
COP 4530.325271
CRC 582.443067
CUC 1.171989
CUP 31.057721
CVE 110.088825
CZK 24.408497
DJF 208.167987
DKK 7.471896
DOP 73.579112
DZD 152.095548
EGP 55.765839
ERN 17.579842
ETB 181.73569
FJD 2.677117
FKP 0.875326
GBP 0.87574
GEL 3.158543
GGP 0.875326
GHS 13.467448
GIP 0.875326
GMD 86.1666
GNF 10220.208565
GTQ 8.953671
GYD 244.588585
HKD 9.11979
HNL 30.799529
HRK 7.513738
HTG 153.119084
HUF 388.796944
IDR 19594.198843
ILS 3.767061
IMP 0.875326
INR 105.786992
IQD 1531.390514
IRR 49352.476757
ISK 147.998963
JEP 0.875326
JMD 187.052679
JOD 0.830947
JPY 182.576022
KES 151.128352
KGS 102.490844
KHR 4682.327081
KMF 491.063539
KPW 1054.783484
KRW 1729.997183
KWD 0.359907
KYD 0.974208
KZT 601.287237
LAK 25321.505706
LBP 104684.753332
LKR 362.046715
LRD 206.918867
LSL 19.578417
LTL 3.46058
LVL 0.708925
LYD 6.338586
MAD 10.712357
MDL 19.726674
MGA 5281.322977
MKD 61.550508
MMK 2461.244731
MNT 4157.753151
MOP 9.366851
MRU 46.479636
MUR 53.958851
MVR 18.107156
MWK 2027.069598
MXN 21.100721
MYR 4.788742
MZN 74.875061
NAD 19.5785
NGN 1704.823
NIO 43.019321
NOK 11.968099
NPR 169.159798
NZD 2.032107
OMR 0.450629
PAB 1.169029
PEN 3.938181
PGK 4.970833
PHP 68.715499
PKR 327.555039
PLN 4.205403
PYG 7852.099284
QAR 4.26178
RON 5.09116
RSD 117.372452
RUB 93.853059
RWF 1702.103505
SAR 4.395767
SBD 9.528527
SCR 15.935905
SDG 704.951464
SEK 10.900967
SGD 1.51291
SHP 0.879296
SLE 28.249704
SLL 24576.03735
SOS 666.9043
SRD 45.33018
STD 24257.815658
STN 24.459813
SVC 10.229237
SYP 12960.287681
SZL 19.573841
THB 36.853796
TJS 10.790332
TMT 4.101963
TND 3.41184
TOP 2.82187
TRY 50.084616
TTD 7.930039
TWD 36.963723
TZS 2905.304429
UAH 49.618479
UGX 4167.331014
USD 1.171989
UYU 45.547111
UZS 14151.809462
VES 323.740056
VND 30852.622627
VUV 142.247765
WST 3.263656
XAF 654.881054
XAG 0.017698
XAU 0.000271
XCD 3.16736
XCG 2.106848
XDR 0.814462
XOF 654.881054
XPF 119.331742
YER 279.344395
ZAR 19.652742
ZMK 10549.313409
ZMW 26.79897
ZWL 377.380129
Nicarágua exige na CIJ que Alemanha pare de fornecer armas a Israel e acusa país de facilitar genocídio
Nicarágua exige na CIJ que Alemanha pare de fornecer armas a Israel e acusa país de facilitar genocídio / foto: Robin van Lonkhuijsen - Anp/AFP

Nicarágua exige na CIJ que Alemanha pare de fornecer armas a Israel e acusa país de facilitar genocídio

A Nicarágua exigiu nesta segunda-feira (8) na Corte Internacional de Justiça (CIJ) que a Alemanha pare de fornecer armas a Israel, ao mesmo tempo que acusou o país europeu de cumplicidade com o que descreveu como um "genocídio" de palestinos em Gaza, o que Berlim negou de modo veemente.

Tamanho do texto:

"A Alemanha era e é plenamente consciente do risco de que as armas que entregou e continua entregando a Israel poderiam ser utilizadas para cometer um genocídio", afirmou Alain Pellet, advogado da Nicarágua, no principal órgão jurisdicional da ONU. "É extremamente urgente que a Alemanha suspenda finalmente o fornecimento", completou.

A Nicarágua levou a Alemanha à CIJ para exigir que o tribunal imponha medidas de emergência e impedir que Berlim forneça armas e outros tipos de assistência a Israel.

Em um documento de 43 páginas, Manágua afirma que a Alemanha violou a Convenção da ONU sobre o Genocídio, de 1948, criada após o Holocausto.

"Ao enviar equipamentos militares e parar de financiar a UNRWA (Agência da ONU para os Refugiados palestinos), a Alemanha facilita o cometimento do genocídio", afirma o documento.

A Alemanha responderá na corte na terça-feira, mas já destacou que rejeita as acusações.

"A Alemanha rejeita completamente as acusações. Nunca violamos a Convenção sobre o Genocídio nem o direito humanitário internacional, direta ou indiretamente", afirmou a principal advogada do país no caso, Tania von Uslar-Gleichen.

"A apresentação da Nicarágua foi grosseiramente tendenciosa e amanhã vamos falar como cumprimos plenamente as nossas responsabilidades", acrescentou à imprensa.

"A Alemanha está comprometida com o respeito ao direito internacional e trabalhamos por isto a nível internacional", completou.

- "Patético" -

Na audiência desta segunda-feira, Daniel Mueller, outro advogado de Manágua, afirmou que é "patético" que a Alemanha entregue armas ao governo israelense, ao mesmo tempo que fornece ajuda humanitária a Gaza.

"É, de fato, uma desculpa patética para as crianças, as mulheres e os homens palestinos prover ajuda humanitária, inclusive com lançamentos aéreos, por um lado, e fornecer os equipamentos militares que são usados para matá-los e aniquilá-los por outro", destacou Mueller.

O embaixador da Nicarágua nos Países Baixos, Carlos José Argüello Gómez, afirmou na CIJ que "a Alemanha parece incapaz de diferenciar entre autodefesa e genocídio".

No documento, Manágua destaca que "o não cumprimento alemão é ainda mais repreensível no que diz respeito a Israel, pois a Alemanha tem uma autoproclamada relação privilegiada com este país, o que lhe permitiria influenciar sua conduta".

A Nicarágua pediu à CIJ que imponha "medidas provisórias" de emergência enquanto avalia o caso.

- "Reação apropriada" -

A CIJ foi criada para resolver disputas entre países e se tornou uma figura central na guerra entre Israel e o movimento islamista Hamas, iniciada com os ataques de 7 de outubro.

Em outro caso, a África do Sul acusou Israel de cometer genocídio na Faixa de Gaza, algo que Israel nega de modo veemente.

Nesse caso, a CIJ pediu a Israel que faça todo o possível para evitar ações genocidas e, recentemente, endureceu sua posição, ao ordenar medidas adicionais que obrigam Israel a aumentar o acesso à ajuda humanitária.

As decisões da corte são vinculantes, mas o órgão jurisdicional não possui mecanismos de execução. Por exemplo, a CIJ ordenou à Rússia que parasse a invasão da Ucrânia, o que Moscou não acatou.

A Nicarágua solicitou cinco medidas provisórias, incluindo que a Alemanha "suspenda imediatamente a ajuda a Israel, em particular a assistência militar".

Também pediu à corte que ordene à Alemanha a "reverter a decisão de suspender o financiamento da UNRWA".

Em janeiro, a Alemanha suspendeu o financiamento à agência da ONU depois de Israel denunciar que funcionários da UNRWA participaram nos ataques cometidos pelo Hamas no sul de Israel em 7 de outubro. Berlim afirmou que suspendeu o financiamento durante a investigação do caso.

No seu documento, a Nicarágua destaca que "seria compreensível" que a Alemanha apoiasse uma "reação apropriada" de Israel, seu aliado, aos ataques do Hamas em outubro.

"Mas isto não pode representar uma desculpa para violar o direito internacional", afirmou Manágua.

A guerra na Faixa de Gaza começou em 7 de outubro, quando o Hamas invadiu o sul de Israel e matou 1.170 pessoas, a maioria civis, de acordo com uma contagem da AFP baseada em dados oficiais israelenses.

Os combatentes palestinos também sequestraram 250 pessoas, das quais 129 ainda estão presas em Gaza, incluindo 34 que as autoridades israelenses acreditam que foram mortas.

A ofensiva aérea e terrestre efetuada por Israel em resposta deixou 33.175 mortos em Gaza, de acordo com o balanço mais recente do Ministério da Saúde do território palestino, que é governado pelo Hamas desde 2007.

Segundo a ONU, a maioria dos 2,4 milhões de moradores de Gaza estão à beira da fome.

E.Soukup--TPP