The Prague Post - Manifestantes invadem Senado mexicano e interrompem debate sobre reforma judicial

EUR -
AED 4.29301
AFN 80.437046
ALL 97.691371
AMD 447.175807
ANG 2.091822
AOA 1071.800613
ARS 1489.077883
AUD 1.794337
AWG 2.106783
AZN 1.98811
BAM 1.955611
BBD 2.351212
BDT 141.626279
BGN 1.955779
BHD 0.440648
BIF 3470.255969
BMD 1.168812
BND 1.493566
BOB 8.046565
BRL 6.507005
BSD 1.164507
BTN 100.474564
BWP 16.637392
BYN 3.810796
BYR 22908.710606
BZD 2.339113
CAD 1.600139
CDF 3373.190542
CHF 0.933115
CLF 0.029063
CLP 1115.270499
CNY 8.387389
CNH 8.383823
COP 4716.529494
CRC 587.505384
CUC 1.168812
CUP 30.973512
CVE 110.259035
CZK 24.632733
DJF 207.153476
DKK 7.465049
DOP 70.428658
DZD 151.932478
EGP 57.536349
ERN 17.532176
ETB 161.821639
FJD 2.634266
FKP 0.871295
GBP 0.867685
GEL 3.167745
GGP 0.871295
GHS 12.169342
GIP 0.871295
GMD 83.550666
GNF 10103.372876
GTQ 8.943516
GYD 243.546824
HKD 9.175114
HNL 30.473092
HRK 7.537787
HTG 152.796046
HUF 399.215879
IDR 19049.177275
ILS 3.914286
IMP 0.871295
INR 100.807442
IQD 1525.478315
IRR 49221.589083
ISK 142.408016
JEP 0.871295
JMD 186.192049
JOD 0.828638
JPY 172.676163
KES 150.44923
KGS 102.212759
KHR 4671.267686
KMF 493.238206
KPW 1051.931088
KRW 1622.638332
KWD 0.35699
KYD 0.970423
KZT 617.360754
LAK 25113.996694
LBP 104336.477235
LKR 351.381971
LRD 233.477369
LSL 20.661252
LTL 3.451197
LVL 0.707003
LYD 6.320496
MAD 10.52793
MDL 19.790421
MGA 5179.143756
MKD 61.554037
MMK 2454.357208
MNT 4190.95603
MOP 9.414849
MRU 46.318541
MUR 53.169076
MVR 18.00245
MWK 2019.066197
MXN 21.843747
MYR 4.947528
MZN 74.756441
NAD 20.661252
NGN 1791.367471
NIO 42.853099
NOK 11.904696
NPR 160.742113
NZD 1.963686
OMR 0.449429
PAB 1.164537
PEN 4.152169
PGK 4.894212
PHP 66.638048
PKR 331.711212
PLN 4.244737
PYG 8856.293547
QAR 4.25657
RON 5.070655
RSD 117.131277
RUB 91.39713
RWF 1682.536229
SAR 4.384705
SBD 9.683717
SCR 17.04085
SDG 701.874804
SEK 11.211248
SGD 1.497943
SHP 0.918503
SLE 26.882909
SLL 24509.402932
SOS 665.364381
SRD 42.866209
STD 24192.043727
STN 24.496055
SVC 10.189187
SYP 15196.765182
SZL 20.652762
THB 37.752039
TJS 11.138397
TMT 4.102529
TND 3.421315
TOP 2.73747
TRY 47.238932
TTD 7.905369
TWD 34.410992
TZS 3033.06669
UAH 48.734543
UGX 4172.774247
USD 1.168812
UYU 47.017456
UZS 14646.831644
VES 136.710059
VND 30552.739554
VUV 140.011415
WST 3.093729
XAF 655.854182
XAG 0.030146
XAU 0.000345
XCD 3.158773
XCG 2.098633
XDR 0.815665
XOF 655.904679
XPF 119.331742
YER 281.625448
ZAR 20.577925
ZMK 10520.708702
ZMW 26.782864
ZWL 376.356912
Manifestantes invadem Senado mexicano e interrompem debate sobre reforma judicial
Manifestantes invadem Senado mexicano e interrompem debate sobre reforma judicial / foto: Silvana FLORES - AFP

Manifestantes invadem Senado mexicano e interrompem debate sobre reforma judicial

Centenas de manifestantes invadiram nesta terça-feira (10) a sede do Senado e obrigaram a suspensão do debate de uma polêmica reforma que, se aprovada, transformaria o México no primeiro país a escolher todos os seus juízes por voto popular.

Tamanho do texto:

"Senhor senador, detenha o ditador!", gritavam os manifestantes que repentinamente romperam as barreiras de segurança, referindo-se ao presidente de esquerda Andrés Manuel López Obrador, autor do projeto.

Devido à invasão, o presidente do Senado, Gerardo Fernández Noroña, decretou um "recesso indefinido" e, pouco depois, convocou uma sessão em uma sede alternativa para a noite desta mesma terça-feira. "Haverá reforma", escreveu ele na rede social X, com a expectativa de que o texto seja votado entre terça e quarta-feira, conforme previsto.

Os ocupantes, entre eles funcionários judiciais em greve e estudantes universitários, permaneciam dentro do edifício, com pouca presença policial.

López Obrador, que possui ampla maioria no Congresso, propôs a reforma constitucional no contexto de um confronto com a Suprema Corte, que bloqueou reformas que ampliavam a participação do Estado no setor energético e colocavam a segurança pública sob controle militar.

O mandatário, que entregará o poder à sua correligionária Claudia Sheinbaum em 1º de outubro e conta com 70% de popularidade, acusa o tribunal máximo e alguns juízes de estarem a serviço da corrupção de colarinho branco e do crime organizado.

Porém, seus adversários afirmam que, na verdade, ele pretende eliminar a independência do Judiciário para instaurar um regime autoritário e perpetuar seu partido no poder.

A emenda também é criticada pelos Estados Unidos e pelo Canadá, que alegam que ela prejudicaria o acordo comercial T-MEC, num momento em que o México se consolida como principal parceiro comercial de seu vizinho do norte.

Washington também alerta que o voto direto colocaria os juízes à mercê dos criminosos, que já influenciam as campanhas políticas.

Se a iniciativa for aprovada, os atuais ministros da Suprema Corte, juízes e magistrados (cerca de 1.600) poderão se candidatar em eleições em 2025 e 2027. Caso contrário, permaneceriam em seus cargos até que os eleitos assumissem suas funções.

- Caso único -

A reforma também é criticada por especialistas das Nações Unidas e por organizações como a Human Rights Watch. Ela colocaria o México "em uma posição única em termos do método de eleição de juízes", apontou Margaret Satterthwaite, relatora da ONU sobre a independência de juízes e advogados.

O outro caso semelhante na América Latina é o da Bolívia, onde os magistrados das altas cortes são eleitos por voto popular, enquanto os juízes ordinários são designados por um conselho da magistratura.

Porém, a independência dos magistrados eleitos foi colocada em xeque em meio à disputa entre o presidente Luis Arce e seu mentor e ex-presidente socialista Evo Morales (2006-2019).

"O que mais preocupa aqueles que são contra essa reforma é que perderão seus privilégios, porque o poder judiciário está a serviço de poderosos (...), do crime de colarinho branco", declarou López Obrador nesta terça-feira.

Às vésperas do debate, a presidente da Suprema Corte, Norma Piña, equiparou a emenda a uma tentativa de "demolição do poder judiciário".

O governo precisaria de um voto a mais para completar os 86 (dois terços) necessários para aprovar reformas constitucionais, embora o líder do Senado sustente que 85 votos seriam suficientes.

A sessão começou com denúncias de traição dentro do partido opositor PAN, pois um de seus senadores, Miguel Ángel Yunes, ausentou-se por doença e foi substituído por seu pai, alimentando suspeitas de que o governo obteria assim o voto crucial.

- "Batalha até o fim" -

Caso a reforma seja aprovada, "estaríamos instaurando uma ditadura", declarou à AFP o advogado José Cordero, de 40 anos. "Os advogados dependem de um sistema de justiça autônomo", sublinhou.

Entre as mudanças que a reforma traria, a figura dos "juízes sem rosto" para combater o crime organizado preocupa Ana Paola Morales, estudante de relações internacionais, de 23 anos, pois viola o "direito de saber quem está te julgando e por quais acusações".

Os partidos opositores, PAN, PRI e Movimento Cidadão, declararam que votarão contra a iniciativa, enquanto denunciam pressões do governo.

"Batalharemos até o fim para evitar esse atropelo", escreveu na rede X a senadora do Movimento Cidadão, Alejandra Barrales.

López Obrador insiste que o voto aproximará a justiça do povo neste país, onde são registrados cerca de 80 homicídios por dia e a impunidade supera 90%, segundo ONGs.

R.Rous--TPP