Papa beatificará 11 sacerdotes mortos por regimes nazista e comunista
O papa Leão XIV aprovou, nesta sexta-feira (24), a beatificação de 11 sacerdotes "mártires" assassinados pelos nazistas e durante a ditadura comunista na Checoslováquia durante os anos 1940 e 1950, aproximando-os da santidade.
Compõem a lista nove salesianos poloneses, mortos nos campos de concentração de Auschwitz e Dachau, e dois sacerdotes diocesanos mortos durante o regime comunista da Checoslováquia.
Embora não tivessem envolvimento nas tensões da época, os poloneses foram detidos só "por serem sacerdotes católicos" e se descarregou sobre eles "o mesmo ódio que afetou todo o clero polonês, perseguido e ultrajado", reportou a Vatican News, página noticiosa da Santa Sé.
Os sacerdotes Jan Bula e Vaclav Drbola, da diocese de Brno, foram assassinados "por ódio à fé" e por "seu zelo pastoral, eram considerados perigosos pelo regime comunista que tinha se instaurado na extinta Checoslováquia em 1948 e que empreendeu uma perseguição aberta contra a Igreja", acrescentou.
Também há decretos para a criação de quatro novos veneráveis, como são chamadas as pessoas já falecidas, cujo processo de beatificação foi iniciado: uma religiosa espanhola da ordem Cisterciense, um sacerdote dominicano espanhol, um sacerdote sardo e um frade de Ligúria, Itália.
Entre os novos veneráveis estão os espanhóis María Evangelista Quintero Malfaz, nascida em 6 de janeiro de 1591 em Cigales, que "viveu experiências místicas que deixou por escrito" e José Merino Andrés, pregador nascido em Madri em 23 de abril de 1905.
Na Igreja Católica são três os passos para se alcançar a santidade: primeiro venerável, em seguida beato e por fim santo.
Para ser venerável se requer ter uma vida heroica e virtuosa. Para ser beato, a Igreja deve reconhecer um milagre atribuído à sua intervenção.
Para ser declarado santo, o beato deve realizar outro milagre.
Se a pessoa for declarada mártir, pode ser beatificada sem ter operado um milagre.
C.Sramek--TPP