The Prague Post - Nobel de Literatura pode premiar liberdade de expressão

EUR -
AED 4.250297
AFN 80.698787
ALL 97.88957
AMD 443.026505
ANG 2.071239
AOA 1060.141848
ARS 1368.218538
AUD 1.773298
AWG 2.086142
AZN 1.965947
BAM 1.954576
BBD 2.335718
BDT 141.486323
BGN 1.954644
BHD 0.436549
BIF 3444.573552
BMD 1.157361
BND 1.481086
BOB 8.011055
BRL 6.408287
BSD 1.156766
BTN 99.484585
BWP 15.445465
BYN 3.785797
BYR 22684.266262
BZD 2.323666
CAD 1.569896
CDF 3329.726368
CHF 0.939083
CLF 0.028315
CLP 1086.58818
CNY 8.311701
CNH 8.31188
COP 4771.276627
CRC 583.129938
CUC 1.157361
CUP 30.670054
CVE 110.199827
CZK 24.778512
DJF 206.002828
DKK 7.457798
DOP 68.186728
DZD 150.470785
EGP 58.216742
ERN 17.360408
ETB 158.053428
FJD 2.594513
FKP 0.852146
GBP 0.852304
GEL 3.171322
GGP 0.852146
GHS 11.915644
GIP 0.852146
GMD 81.610557
GNF 10023.072239
GTQ 8.890358
GYD 242.020593
HKD 9.085129
HNL 30.192101
HRK 7.534647
HTG 151.38393
HUF 401.569069
IDR 18850.798868
ILS 4.077732
IMP 0.852146
INR 99.593215
IQD 1515.438283
IRR 48724.878005
ISK 143.802283
JEP 0.852146
JMD 184.639207
JOD 0.820583
JPY 166.847988
KES 149.554206
KGS 101.21065
KHR 4631.141046
KMF 493.6098
KPW 1041.624471
KRW 1573.298558
KWD 0.354031
KYD 0.964005
KZT 593.223532
LAK 24954.594715
LBP 103651.412601
LKR 348.308958
LRD 231.367169
LSL 20.580417
LTL 3.417384
LVL 0.700076
LYD 6.279286
MAD 10.536178
MDL 19.781788
MGA 5136.828868
MKD 61.531939
MMK 2430.350378
MNT 4144.794957
MOP 9.353526
MRU 45.799331
MUR 52.370675
MVR 17.829177
MWK 2005.961654
MXN 21.888291
MYR 4.907786
MZN 74.013643
NAD 20.580417
NGN 1789.730842
NIO 42.572983
NOK 11.463257
NPR 159.175736
NZD 1.911335
OMR 0.445
PAB 1.156786
PEN 4.187942
PGK 4.761143
PHP 65.35389
PKR 327.49107
PLN 4.264468
PYG 9228.143697
QAR 4.230398
RON 5.026068
RSD 117.201572
RUB 91.143685
RWF 1670.468765
SAR 4.342638
SBD 9.660941
SCR 16.722802
SDG 694.992776
SEK 10.95977
SGD 1.48134
SHP 0.909504
SLE 25.519865
SLL 24269.27574
SOS 661.091886
SRD 43.433401
STD 23955.026137
SVC 10.122014
SYP 15047.89019
SZL 20.570945
THB 37.58702
TJS 11.718817
TMT 4.050762
TND 3.414063
TOP 2.710652
TRY 45.595815
TTD 7.853152
TWD 34.153134
TZS 2985.332792
UAH 48.096855
UGX 4170.389449
USD 1.157361
UYU 47.302025
UZS 14760.632706
VES 118.244023
VND 30162.551286
VUV 137.844502
WST 3.031345
XAF 655.552306
XAG 0.031831
XAU 0.000339
XCD 3.127825
XDR 0.818555
XOF 655.569289
XPF 119.331742
YER 281.643527
ZAR 20.576368
ZMK 10417.648684
ZMW 28.052682
ZWL 372.669616
Nobel de Literatura pode premiar liberdade de expressão
Nobel de Literatura pode premiar liberdade de expressão / foto: JOEL SAGET, Martin BUREAU, TIMOTHY A. CLARY, D DIPASUPIL - AFP/Arquivos

Nobel de Literatura pode premiar liberdade de expressão

Poderia a Academia Sueca realizar um discurso político ao anunciar o Prêmio Nobel de Literatura na próxima quinta-feira (5)? Se este for o caso, autores que defendem a liberdade de expressão podem ser contemplados, dizem especialistas.

Tamanho do texto:

Entre os favoritos à honraria estão a autora e crítica do Kremlin, Lyudmila Ulitskaya, conhecida por seus romances épicos muitas vezes centrados nos relacionamentos pessoais, além do britânico Salman Rushdie, que sobreviveu a um esfaqueamento no ano passado, após viver escondido durante anos devido a uma sentença de morte proferida pelo Irã por seu romance "Os Versos Satânicos" (1988).

Para Lisa Irenius, editora cultural do jornal sueco Svenska Dagbladet, caso o Nobel de Literatura vá para Ulitskaya, que vive autoexilada na Alemanha, seria uma forma de indicar que "a literatura continua livre frente à política".

Já segundo Bjorn Wiman, editor cultural de outro jornal da Suécia, o Dagens Nyheter, a premiação desta autora russa representaria "uma mensagem muito política".

Wiman também acredita que há chances para a americana-caribenha Jamaica Kincaid, cujos romances são baseados na vida de sua família e nas experiências com o colonialismo e questões raciais. Mas seu favorito ao prêmio é Rushdie.

"É a hora dele vencer e, se o fizer, tiro o chapéu para a Academia" por defender a liberdade de expressão que Rushdie personifica, disse o editor.

- "Impensável" -

A Academia sueca tem sido alvo de críticas pelo predomínio de autores ocidentais, brancos e masculinos entre os ganhadores. Desde a criação do Nobel de Literatura, apenas 17 mulheres venceram a categoria, de um total de 119 contemplados.

Abalada pelo escândalo #MeToo em 2018, seguido da controversa indicação do austríaco Peter Handke - que se posicionava a favor do ex-presidente sérvio Slobodan Milosevic, acusado de genocídio - ao Prêmio Nobel de 2019, procurou mudar a sua imagem.

No ano passado, ela concedeu a honraria à ícone feminista francesa Annie Ernaux. No ano anterior, foi a vez do romancista britânico de origem tanzaniana Abdulrazak Gurnah ser reconhecido pelo seu trabalho que explora as mazelas do exílio, do colonialismo e do racismo.

"Nos últimos anos, há mais consciência de que não se pode permanecer com uma perspectiva eurocêntrica, deve haver mais igualdade e o prêmio precisa refletir o seu tempo", afirmou a professora de literatura da Universidade de Estocolmo, Carin Franzen.

Vários membros da Academia, formada por autores, historiadores, filósofos e linguistas, participaram de debates políticos e sociais, organizaram seminários sobre liberdade de expressão e igualdade e publicaram artigos de opinião na imprensa sueca.

"Isso era impensável há cinco anos", disse Wiman, fazendo referência à formação anterior, que era mais fechada.

Para honrar sua promessa de mais diversidade, a Academia passou a consultar especialistas externos para compreender melhor o âmbito dos trabalhos provenientes de locais distantes.

"Dada a promessa da Academia de olhar para outras regiões geográficas, temo que acabemos sem o conhecimento necessário para adivinhar o vencedor, mesmo que possua um doutorado em literatura", admitiu Victor Malm, editor de cultura do popular jornal Expressen.

Entre outros nomes especulados para a categoria estão a escritora chinesa Can Xue, o autor romeno Mircea Cartarescu, os húngaros Peter Nadas e Laszlo Krasznahorkai, o albanês Ismail Kadare, o queniano Ngugi wa Thiong'o e a canadense Margaret Atwood, autora do famoso romance "O Conto da Aia" (1985).

Q.Fiala--TPP