The Prague Post - Andrés Serrano, o fotógrafo que passou de 'blasfemo' a abençoado pelo papa

EUR -
AED 4.147496
AFN 80.740648
ALL 97.79131
AMD 439.573364
ANG 2.035141
AOA 1033.215877
ARS 1292.959411
AUD 1.759971
AWG 2.035378
AZN 1.919313
BAM 1.942976
BBD 2.279904
BDT 137.193608
BGN 1.954455
BHD 0.425653
BIF 3312.499647
BMD 1.129197
BND 1.457887
BOB 7.803086
BRL 6.489383
BSD 1.129222
BTN 95.655012
BWP 15.311096
BYN 3.695388
BYR 22132.262854
BZD 2.26818
CAD 1.565818
CDF 3246.441141
CHF 0.932863
CLF 0.027854
CLP 1068.897578
CNY 8.158844
CNH 8.170543
COP 4854.305346
CRC 571.466171
CUC 1.129197
CUP 29.923723
CVE 109.98456
CZK 24.903313
DJF 200.681202
DKK 7.460334
DOP 66.509243
DZD 150.009386
EGP 57.227618
ERN 16.937956
ETB 149.788208
FJD 2.559495
FKP 0.846123
GBP 0.850528
GEL 3.110918
GGP 0.846123
GHS 15.074397
GIP 0.846123
GMD 80.728678
GNF 9773.768555
GTQ 8.68766
GYD 236.238563
HKD 8.772789
HNL 29.249006
HRK 7.532768
HTG 147.585709
HUF 405.041848
IDR 18649.028608
ILS 4.043965
IMP 0.846123
INR 96.438794
IQD 1479.248181
IRR 47553.312447
ISK 146.536293
JEP 0.846123
JMD 179.197264
JOD 0.800829
JPY 163.522985
KES 145.948967
KGS 98.748168
KHR 4520.504093
KMF 489.51246
KPW 1016.250524
KRW 1581.383894
KWD 0.346313
KYD 0.94096
KZT 580.983983
LAK 24418.670239
LBP 101174.743346
LKR 338.071121
LRD 225.836436
LSL 20.652092
LTL 3.334225
LVL 0.68304
LYD 6.164314
MAD 10.407111
MDL 19.303049
MGA 5019.281271
MKD 61.591021
MMK 2370.827215
MNT 4035.825338
MOP 9.026324
MRU 44.734742
MUR 51.163583
MVR 17.401286
MWK 1958.024058
MXN 22.120943
MYR 4.829006
MZN 72.183198
NAD 20.653455
NGN 1817.408712
NIO 41.553545
NOK 11.700667
NPR 153.048019
NZD 1.905979
OMR 0.434734
PAB 1.129232
PEN 4.126538
PGK 4.550385
PHP 62.878218
PKR 317.720884
PLN 4.271905
PYG 9024.436999
QAR 4.116431
RON 5.129882
RSD 116.459083
RUB 92.933292
RWF 1622.115831
SAR 4.235358
SBD 9.429754
SCR 16.049283
SDG 678.068906
SEK 10.922311
SGD 1.463993
SHP 0.887372
SLE 25.666542
SLL 23678.679926
SOS 645.283863
SRD 41.575926
STD 23372.099807
SVC 9.879791
SYP 14681.682615
SZL 20.641136
THB 37.069257
TJS 11.715259
TMT 3.963482
TND 3.366698
TOP 2.644699
TRY 43.631276
TTD 7.662932
TWD 34.194915
TZS 3038.669845
UAH 46.79266
UGX 4131.729797
USD 1.129197
UYU 47.277956
UZS 14594.872016
VES 102.867839
VND 29325.248282
VUV 136.227784
WST 2.992029
XAF 651.704682
XAG 0.034856
XAU 0.000338
XCD 3.051711
XDR 0.811497
XOF 650.417174
XPF 119.331742
YER 276.114663
ZAR 20.600185
ZMK 10164.13529
ZMW 30.177097
ZWL 363.601
Andrés Serrano, o fotógrafo que passou de 'blasfemo' a abençoado pelo papa
Andrés Serrano, o fotógrafo que passou de 'blasfemo' a abençoado pelo papa / foto: JOEL SAGET - AFP

Andrés Serrano, o fotógrafo que passou de 'blasfemo' a abençoado pelo papa

O fotógrafo americano Andrés Serrano causou um escândalo no final da década de 1980 com seu "Cristo da urina", um trabalho para o qual ele mergulhou um crucifixo em urina e sangue.

Tamanho do texto:

Quase 40 anos depois, outra de suas obras acaba de entrar para as coleções do Vaticano.

Até mesmo o papa Francisco deu sua bênção em junho passado, explica o artista com orgulho à AFP.

"Fui convidado para ouvir e conhecer o papa na Capela Sistina, durante o 50º aniversário da coleção de arte contemporânea do Vaticano", explicou ele em uma entrevista durante sua visita a Paris.

Filho de um hondurenho e uma cubana, nascido em Nova York há 73 anos, Serrano sempre se declarou um católico fervoroso.

Durante a visita, o Vaticano aceitou um trabalho religioso de sua autoria, diz Serrano. "Portanto, sinto que a Igreja aceitou o fato de eu ser um artista, ao contrário da reação nos Estados Unidos, onde a direita religiosa ainda me odeia", diz ele.

- Retrospectiva em Paris -

O Museu Maillol, em Paris, abre no sábado uma retrospectiva de 89 obras de um artista que empreendeu uma tarefa árdua há mais de cinco décadas: retratar da forma mais ampla possível todas as facetas dos Estados Unidos.

Dividida em dez capítulos, a exposição mostra o olhar sem julgamentos de Serrano sobre seus compatriotas, sejam eles vagabundos, personalidades como Donald Trump, retratado em 2004, homens e mulheres da Ku Klux Klans, gays ou casais heterossexuais nus... E também seus fetiches, como armas, a bandeira ou símbolos religiosos.

Serrano fotografa seus temas com cores saturadas, mas a pose é neutra. Por outro lado, suas opiniões políticas são claras.

"Acho que o futuro dos Estados Unidos está sendo escrito neste momento e que é uma repetição da história e, acima de tudo, da guerra civil, e que Donald Trump a reviveu", explica o artista, seis meses antes das próximas eleições presidenciais.

Serrano não só fotografou o então famoso empresário antes de ele chegar à Casa Branca, como também colecionou inúmeros objetos de Trump, de ursinhos de pelúcia a garrafas de licor, que ele também expõe no Musée Maillol.

Mas foram sobretudo seus retratos frontais e crus de pessoas com deficiência e nuas, suas séries sobre tortura ou fluidos corporais que lhe trouxeram fama e problemas.

- "Ir muito longe" -

"É engraçado porque, quando fotografo pessoas, geralmente tenho apenas alguns minutos com elas. Então, eu me lembro delas por meio das fotografias. Elas se tornam parte de meu trabalho, parte de minha vida", explica ele.

"Como eu consigo retratá-las? Porque eles entendem que sou um artista e que minhas intenções são sinceras", diz ele.

Seu "Cristo da urina" é considerado uma das obras que mais contribuíram para as guerras culturais nos Estados Unidos entre a direita conservadora e a intelectualidade de esquerda, uma luta que continua até hoje.

"Eu tirei essas fotos em um determinado momento. Eu não as faria novamente, porque já está feito. Os tempos mudaram. E acho que há muitas outras coisas que você pode fazer hoje em dia, e as pessoas (artistas) encontram maneiras de fazer isso.

"Aprendi que poderia ir muito longe e sinto que isso ainda não é suficiente", acrescenta com um sorriso.

A polêmica lhe trouxe fama fora do país. Em 2012, ele quis conhecer suas origens cubanas e conseguiu ser convidado para a Bienal de Havana, onde fotografou os interiores decadentes de casas coloniais.

"Achei triste e, pelo que me disseram, a decadência está ainda pior agora", lembra ele.

Q.Fiala--TPP