The Prague Post - Brasil, prestes a se tornar o maior exportador de milho do mundo

EUR -
AED 4.247997
AFN 75.714061
ALL 92.247096
AMD 442.693822
ANG 2.07048
AOA 1060.698259
ARS 1664.896921
AUD 1.764076
AWG 2.08496
AZN 1.963313
BAM 1.951615
BBD 2.330902
BDT 141.426723
BGN 1.955982
BHD 0.436049
BIF 3423.845464
BMD 1.156705
BND 1.50448
BOB 7.996713
BRL 6.225617
BSD 1.157318
BTN 102.561293
BWP 15.508475
BYN 3.944858
BYR 22671.409155
BZD 2.327568
CAD 1.61768
CDF 2953.646761
CHF 0.927563
CLF 0.027794
CLP 1090.367672
CNY 8.224921
CNH 8.225268
COP 4465.110899
CRC 581.253553
CUC 1.156705
CUP 30.652671
CVE 110.638957
CZK 24.33498
DJF 205.569627
DKK 7.466568
DOP 74.149457
DZD 150.322958
EGP 54.619125
ERN 17.350568
ETB 177.843408
FJD 2.625371
FKP 0.87351
GBP 0.8795
GEL 3.14043
GGP 0.87351
GHS 12.55036
GIP 0.87351
GMD 83.865918
GNF 10034.412205
GTQ 8.86902
GYD 242.116616
HKD 8.987357
HNL 30.363357
HRK 7.535812
HTG 151.43526
HUF 388.328909
IDR 19268.500043
ILS 3.766016
IMP 0.87351
INR 102.527226
IQD 1515.282959
IRR 48668.344165
ISK 144.784753
JEP 0.87351
JMD 184.953384
JOD 0.820065
JPY 178.272454
KES 149.444156
KGS 101.154137
KHR 4651.108653
KMF 492.75648
KPW 1041.052095
KRW 1659.992499
KWD 0.354946
KYD 0.964415
KZT 613.783183
LAK 25094.704982
LBP 103582.892016
LKR 352.065243
LRD 212.249893
LSL 19.79104
LTL 3.415448
LVL 0.699679
LYD 6.292267
MAD 10.709638
MDL 19.644534
MGA 5216.737658
MKD 61.623111
MMK 2428.216431
MNT 4168.392485
MOP 9.259184
MRU 46.366473
MUR 52.665128
MVR 17.705993
MWK 2008.614475
MXN 21.443544
MYR 4.85527
MZN 73.916029
NAD 19.790902
NGN 1672.779514
NIO 42.474447
NOK 11.622916
NPR 164.098268
NZD 2.014393
OMR 0.444736
PAB 1.157498
PEN 3.913146
PGK 4.899511
PHP 68.130054
PKR 324.919341
PLN 4.246951
PYG 8195.42563
QAR 4.21185
RON 5.085333
RSD 117.227435
RUB 92.496757
RWF 1676.643243
SAR 4.337967
SBD 9.528206
SCR 16.407937
SDG 695.756861
SEK 10.915491
SGD 1.504202
SHP 0.867828
SLE 26.800877
SLL 24255.51549
SOS 695.790265
SRD 44.828085
STD 23941.448782
STN 24.753477
SVC 10.126285
SYP 12789.428676
SZL 19.791244
THB 37.453867
TJS 10.652772
TMT 4.048466
TND 3.397824
TOP 2.709115
TRY 48.63451
TTD 7.835164
TWD 35.545448
TZS 2845.330117
UAH 48.570245
UGX 4026.365812
USD 1.156705
UYU 46.17099
UZS 13909.371998
VES 256.174026
VND 30456.030768
VUV 140.721726
WST 3.227427
XAF 654.556191
XAG 0.023645
XAU 0.000287
XCD 3.126052
XCG 2.085691
XDR 0.81021
XOF 652.381289
XPF 119.331742
YER 275.87247
ZAR 19.998785
ZMK 10411.724582
ZMW 25.546775
ZWL 372.458393
Brasil, prestes a se tornar o maior exportador de milho do mundo
Brasil, prestes a se tornar o maior exportador de milho do mundo / foto: NELSON ALMEIDA - AFP/Arquivos

Brasil, prestes a se tornar o maior exportador de milho do mundo

Em sua fazenda em Sinop, no Mato Grosso, o produtor rural Ilson José Redivo terminou o plantio de milho há algumas semanas, imediatamente depois da colheita de soja no mesmo terreno.

Tamanho do texto:

A "safrinha", que começou nos anos 1980 como um cultivo secundário, superou há uma década a colheita de verão e, graças a ela, espera-se que o Brasil alcance um novo recorde de produção.

Com isso, o país pode superar os Estados Unidos como maior exportador de milho, algo que aconteceu apenas em 2013.

Nesta região do Centro-Oeste, os campos se estendem até perder de vista.

Ilson José encadeia as duas culturas, soja e depois milho, em "quase 100%" de suas terras, que ocupam 1.550 hectares. A colheita do grão acontece em junho.

A produção brasileira de milho deve alcançar 124,9 milhões de toneladas (+10,4% em relação ao ano passado), das quais 76,3% correspondem a esta segunda safra, segundo o último relatório da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), publicado na semana passada.

E tudo isso apesar do "atraso na colheita de soja" devido ao "excesso de chuva" em Mato Grosso, o principal produtor de soja e milho do país e onde o inverno temperado e a distribuição de chuvas possibilitam uma segunda safra anual.

- Com ajuda dos transgênicos -

O aumento do preço do milho, impulsionado especialmente pela abertura de usinas de etanol produzido com base neste cereal a partir de 2017, estimulou os produtores a investirem na "safrinha", explica o produtor rural à AFP.

"A segunda safra de milho se tornou mais atrativa, compramos mais fertilizantes, sementes geneticamente melhoradas e máquinas agrícolas que permitem um plantio mais rápido e preciso", afirma Ilson José.

Além disso, foi possível "aumentar a superfície" destinada ao grão, "melhorar nossa produtividade e, com isso, aumentar nossa produção de forma significativa".

As variedades transgênicas ocupam atualmente quase a totalidade dos campos de milho no país.

Com as previsões atuais de produção, "o país deve aumentar seu excedente para exportação", opina João Pedro Lopes, analista de mercado de commodities para a consultoria StoneX.

Existe alta demanda pelo milho brasileiro, em especial devido aos problemas que enfrentam exportadores tradicionais como Estados Unidos e Argentina, afetados pelo clima, e também a guerra na Ucrânia.

Ademais, essa demanda é impulsionada pela abertura do mercado chinês, após a assinatura de um acordo entre o governo brasileiro e Pequim no início de 2022, destaca Lopes.

- Desafios -

De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês), o Brasil poderia exportar 52 milhões de toneladas de milho este ano, frente às 31,9 milhões de toneladas em 2022, e superar assim o país norte-americano, cujas projeções de exportação são estimadas em 49 milhões de toneladas.

"O Brasil está se impondo como concorrente dos Estados Unidos e tem capacidade de fazer sua produção crescer ainda mais. Ainda há muita superfície disponível para o cultivo", em espaços agrícolas já existentes, "e podemos melhorar nossa produtividade", garante Enori Barbieri, vice-presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho).

Contudo, para continuar melhorando o seu desempenho internacional, ao mesmo tempo em que lida com uma demanda interna crescente - impulsionada pelas necessidades do setor de proteína animal e de etanol -, o Brasil deverá superar alguns desafios.

O país deve "ter condições de elevar os investimentos em máquinas e equipamentos no campo", para que "as atividades de semeio e colheita sejam realizadas de forma mais acelerada", além de continuar melhorando "a infraestrutura logística para o escoamento da produção", adverte Lucilio Alves, pesquisador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea).

Por outro lado, a capacidade de armazenamento continua sendo insuficiente, assinala Ricardo Arioli, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

De acordo com as suas estimativas, o déficit de armazenamento apenas em Mato Grosso foi "de quase 60 % nas últimas safras" de soja e milho.

R.Krejci--TPP