The Prague Post - Dolarização que Milei propõe para Argentina tem antecedentes na América Latina

EUR -
AED 4.189236
AFN 79.84238
ALL 97.949194
AMD 436.96449
ANG 2.041311
AOA 1045.931814
ARS 1351.89831
AUD 1.753179
AWG 2.053083
AZN 1.939128
BAM 1.953499
BBD 2.302988
BDT 139.395835
BGN 1.957467
BHD 0.430008
BIF 3353.369074
BMD 1.140602
BND 1.466061
BOB 7.881821
BRL 6.340944
BSD 1.140662
BTN 97.770999
BWP 15.219077
BYN 3.732771
BYR 22355.793829
BZD 2.291182
CAD 1.564341
CDF 3281.51113
CHF 0.937685
CLF 0.027827
CLP 1067.854528
CNY 8.190314
CNH 8.200596
COP 4721.589281
CRC 581.410182
CUC 1.140602
CUP 30.225946
CVE 110.495795
CZK 24.797863
DJF 202.707329
DKK 7.460094
DOP 67.694794
DZD 150.092921
EGP 56.619363
ERN 17.109026
ETB 153.409168
FJD 2.562647
FKP 0.840937
GBP 0.842939
GEL 3.119545
GGP 0.840937
GHS 11.691439
GIP 0.840937
GMD 81.55578
GNF 9873.04855
GTQ 8.765677
GYD 239.341278
HKD 8.951944
HNL 29.655872
HRK 7.542454
HTG 149.59448
HUF 401.975991
IDR 18569.90858
ILS 3.984812
IMP 0.840937
INR 97.657751
IQD 1494.188261
IRR 48019.332444
ISK 144.00074
JEP 0.840937
JMD 182.055595
JOD 0.808743
JPY 164.892244
KES 147.704929
KGS 99.745869
KHR 4588.076745
KMF 491.032411
KPW 1026.571165
KRW 1558.073214
KWD 0.349594
KYD 0.950593
KZT 580.311486
LAK 24619.887758
LBP 102197.914719
LKR 341.068328
LRD 226.41089
LSL 20.21112
LTL 3.3679
LVL 0.689938
LYD 6.2051
MAD 10.453594
MDL 19.687074
MGA 5117.880211
MKD 61.551552
MMK 2394.601268
MNT 4080.290216
MOP 9.220662
MRU 45.219125
MUR 52.308175
MVR 17.570915
MWK 1980.084928
MXN 21.756746
MYR 4.831572
MZN 72.941449
NAD 20.211753
NGN 1777.468239
NIO 41.951681
NOK 11.496792
NPR 156.434769
NZD 1.888757
OMR 0.43856
PAB 1.140657
PEN 4.144893
PGK 4.684429
PHP 63.638161
PKR 321.813754
PLN 4.26909
PYG 9102.280345
QAR 4.152645
RON 5.03975
RSD 117.252712
RUB 90.104391
RWF 1619.654451
SAR 4.27785
SBD 9.529003
SCR 16.739208
SDG 684.915516
SEK 10.957168
SGD 1.468063
SHP 0.896334
SLE 25.492656
SLL 23917.848136
SOS 651.861218
SRD 42.456049
STD 23608.152862
SVC 9.980246
SYP 14829.962835
SZL 20.211309
THB 37.281141
TJS 11.303736
TMT 4.003512
TND 3.363349
TOP 2.671405
TRY 44.800383
TTD 7.735822
TWD 34.170117
TZS 3028.297698
UAH 47.392486
UGX 4129.137161
USD 1.140602
UYU 47.384196
UZS 14528.39725
VES 112.882918
VND 29698.41744
VUV 137.008515
WST 3.139518
XAF 655.185395
XAG 0.031234
XAU 0.000344
XCD 3.082533
XDR 0.81598
XOF 652.962848
XPF 119.331742
YER 277.536895
ZAR 20.233396
ZMK 10266.789005
ZMW 28.372959
ZWL 367.27329
Dolarização que Milei propõe para Argentina tem antecedentes na América Latina
Dolarização que Milei propõe para Argentina tem antecedentes na América Latina / foto: Luis ROBAYO - AFP

Dolarização que Milei propõe para Argentina tem antecedentes na América Latina

Javier Milei, o ultraliberal que tomará posse como presidente da Argentina em 10 de dezembro, imagina um país em que a moeda oficial é o dólar e sem um Banco Central, como forma de combater a inflação crônica.

Tamanho do texto:

Vários países latino-americanos já se voltaram para o dólar, oficialmente ou de fato, alguns em busca de soluções para fenômenos hiperinflacionários - ou quase -, e em todos os casos com a esperança de alcançar uma estabilidade econômica e financeira que não era proporcionada por suas moedas.

Confira alguns casos de dolarização no continente e os motivos que levaram os países a adotar a moeda dos Estados Unidos.

- Equador -

O Equador adotou o dólar em março de 2000 para tentar superar uma profunda crise bancária que provocou prejuízos de 5 bilhões de dólares e deixou milhares de pessoas perto da falência. O aumento dos preços ameaçava virar uma hiperinflação.

Operacionalmente, a mudança do sucre para o dólar aconteceu após um feriado bancário somado a um congelamento temporário de 50% dos depósitos, em um cenário de crise financeira.

O Equador conseguiu com o mecanismo registrar níveis de inflação baixos, incluindo períodos de deflação. Para 2023, o índice anual deve ficar em 3,10%.

- El Salvador -

El Salvador dolarizou a economia em janeiro de 2001. O governo de Francisco Flores (1999-2004) alegou que pretendia tornar o país mais atraente para os investimentos estrangeiros e para o comércio. Também desejava reduzir o risco de desvalorização e permitir que o sistema bancário local oferecesse melhores condições de crédito.

"A dolarização teve efeitos adversos. Aumentou o custo de vida. Quando o dólar entrou, os preços dos bens e serviços dispararam e quem continua pagando por esta situação são os mais pobres. Não temos política monetária, pois dependemos do que os Estados Unidos fazem com a moeda", afirmou o economista independente César Villalona.

Em 2021, El Salvador também admitiu o bitcoin como moeda de uso legal.

A inflação no país da América Central foi de 7,32% em 2022. A projeção para 2023 é de 3,3%.

- Panamá -

O Panamá é o país latino-americano onde o dólar circula há mais tempo como a moeda oficial, ao lado do balboa, a moeda local. A divisa norte-americana é utilizada desde 1904, pouco depois de a nação obter a independência da Colômbia e se aproximar dos Estados Unidos com a construção do Canal do Panamá, que está sob controle panamenho desde 1999.

Apenas moedas são cunhadas para o balboa e não cédulas. O setor público utiliza esta divisa apenas para fins contábeis.

O Panamá registra níveis de inflação abaixo de 3% por ano.

- Venezuela: dolarização de fato -

A Venezuela tem uma dolarização informal desde o final de 2018, quando o governo flexibilizou os rígidos controles cambiais como válvula de escape para a profunda crise. Na época, o país enfrentava o primeiro ano de hiperinflação, com escassez da moeda local, o bolívar.

"Um conjunto de fatores gerais teve relação com a dolarização de fato. Estruturalmente foi a inflação elevada, mas também houve outros fatores como a situação da crise elétrica", lembra o analista econômico Henkel García, da Albusdata. Sem energia elétrica, os pontos de pagamento com cartões pararam de funcionar e, diante da escassez de bolívares em espécie, o dólar foi a alternativa natural.

A desvalorização profunda do bolívar tornou necessários grandes volumes de cédulas para pagar bens e serviços.

Quatro anos depois, o país saiu da hiperinflação, mas continua com um dos maiores índices do planeta. Até setembro, a inflação em termos anuais era de 317%, segundo o Banco Central.

Paradoxalmente, o dólar, símbolo do "imperialismo americano" e considerado um "inimigo da revolução", virou a moeda de maior circulação, segundo os economistas.

- Economias "bimonetárias" –

Em alguns países da América Latina, o dólar é utilizado para a compra de bens e serviços, contratos de aluguel são assinados em dólares e é possível abrir contas bancárias na divisa dos Estados Unidos, além de sacar dólares de maneira direta nos caixas eletrônicos. Peru e Uruguai – onde os preços de bens duráveis como imóveis, veículos ou eletrodomésticos são fixados em dólares – são dois exemplos.

F.Prochazka--TPP