The Prague Post - Roupas, ossos e DNA ajudam a identificar desaparecidos na Colômbia

EUR -
AED 4.253683
AFN 76.843113
ALL 96.814784
AMD 443.458619
ANG 2.073249
AOA 1062.116964
ARS 1641.22105
AUD 1.786323
AWG 2.090644
AZN 1.973626
BAM 1.95916
BBD 2.33195
BDT 141.314796
BGN 1.956067
BHD 0.436683
BIF 3409.706536
BMD 1.158251
BND 1.507812
BOB 8.011636
BRL 6.183446
BSD 1.157806
BTN 102.619765
BWP 15.544457
BYN 3.945935
BYR 22701.727543
BZD 2.328463
CAD 1.627453
CDF 2490.24094
CHF 0.930891
CLF 0.027866
CLP 1093.1813
CNY 8.245998
CNH 8.252686
COP 4381.676649
CRC 581.306981
CUC 1.158251
CUP 30.693662
CVE 110.45443
CZK 24.306258
DJF 205.844895
DKK 7.467502
DOP 74.387253
DZD 151.068461
EGP 54.841703
ERN 17.373771
ETB 178.7253
FJD 2.647536
FKP 0.883852
GBP 0.879252
GEL 3.133117
GGP 0.883852
GHS 12.660549
GIP 0.883852
GMD 84.552764
GNF 10050.236191
GTQ 8.872101
GYD 242.229607
HKD 9.008058
HNL 30.442208
HRK 7.535473
HTG 154.103623
HUF 384.26207
IDR 19334.690708
ILS 3.777481
IMP 0.883852
INR 102.720395
IQD 1516.701148
IRR 48762.38457
ISK 146.391842
JEP 0.883852
JMD 185.828697
JOD 0.821246
JPY 177.259999
KES 149.650484
KGS 101.28953
KHR 4659.951601
KMF 487.624247
KPW 1042.402533
KRW 1689.842914
KWD 0.355375
KYD 0.964846
KZT 607.812897
LAK 25137.785844
LBP 103678.366074
LKR 352.901321
LRD 211.411659
LSL 20.055729
LTL 3.420016
LVL 0.700615
LYD 6.321842
MAD 10.732306
MDL 19.739598
MGA 5203.857241
MKD 61.627021
MMK 2431.47036
MNT 4150.092616
MOP 9.274666
MRU 45.861653
MUR 53.17576
MVR 17.842908
MWK 2007.677842
MXN 21.398162
MYR 4.836903
MZN 74.070614
NAD 20.055295
NGN 1664.0139
NIO 42.603801
NOK 11.754751
NPR 164.191424
NZD 2.059718
OMR 0.445353
PAB 1.157871
PEN 3.907268
PGK 4.888384
PHP 68.355949
PKR 327.386923
PLN 4.24088
PYG 8192.049394
QAR 4.219737
RON 5.086466
RSD 117.203892
RUB 93.759619
RWF 1682.270576
SAR 4.343837
SBD 9.533095
SCR 15.812904
SDG 695.534226
SEK 11.026612
SGD 1.506735
SHP 0.868989
SLE 26.87568
SLL 24287.952298
SOS 661.626123
SRD 44.70739
STD 23973.465589
STN 24.542514
SVC 10.130374
SYP 12805.377462
SZL 20.062754
THB 37.531569
TJS 10.686188
TMT 4.065462
TND 3.422369
TOP 2.712745
TRY 48.889392
TTD 7.848358
TWD 35.887845
TZS 2843.507588
UAH 48.548861
UGX 4052.036718
USD 1.158251
UYU 46.109077
UZS 13962.946503
VES 264.306065
VND 30473.594473
VUV 141.420474
WST 3.261757
XAF 657.078218
XAG 0.023978
XAU 0.000289
XCD 3.130233
XCG 2.086615
XDR 0.818901
XOF 657.083901
XPF 119.331742
YER 276.247117
ZAR 20.036846
ZMK 10425.656701
ZMW 26.194585
ZWL 372.95648
Roupas, ossos e DNA ajudam a identificar desaparecidos na Colômbia
Roupas, ossos e DNA ajudam a identificar desaparecidos na Colômbia / foto: Luis ACOSTA - AFP

Roupas, ossos e DNA ajudam a identificar desaparecidos na Colômbia

Depois de procurar por seu filho Apolinar por 24 anos, Soledad Ruiz recebeu seus ossos em um pequeno caixão. Um suéter e a tecnologia genética foram fundamentais para identificá-lo em uma Colômbia que busca por mais de 100 mil pessoas desaparecidas no conflito armado.

Tamanho do texto:

A mulher lembra que Apolinar Silgado usava aquele casaco quando foi trabalhar em uma fazenda em San Onofre, município do departamento de Sucre (norte), em agosto de 1999.

Esta região era dominada por paramilitares e esquadrões de extrema direita que assassinavam camponeses sob suspeita de colaborarem com a guerrilha ou como mecanismo de controle sob o medo.

Apolinar, então com 25 anos, nunca voltou para casa. Sua mãe chegou a pensar que poderia estar entre as vítimas de um líder paramilitar que jogava corpos em um rio com crocodilos. Mas no ano passado a busca finalmente teve um desfecho.

Graças aos pedaços daquele suéter que ficaram preservados ao lado do corpo enterrado, o Ministério Público conseguiu identificar o agricultor.

A busca, exumação e análise de restos mortais se intensificaram após a assinatura do acordo de paz em 2016 com a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

"Eu o queria vivo, não o queria do jeito que veio, mas esse era o seu destino. Descansei", disse Soledad Ruiz à AFP.

As autoridades trabalham contra o tempo para identificar milhares de corpos que passaram décadas enterrados. Pedaços de ossos e dentes são retirados para a extração seu DNA e roupas são analisadas para cruzar informações com familiares das vítimas na tentativa de mapear o desaparecimento.

- "Traduzir" as mortes -

A Unidade de Buscas de Pessoas Dadas como Desaparecidas (UBPD, na sigla em espanhol), criada após o histórico desarmamento dos rebeldes, entregou o corpo de Silgado à família.

O órgão garante que até o momento, recuperou 1.256 corpos e continua à procura de mais de 104 mil.

Paramilitares, guerrilheiros e agentes do Estado tentaram dificultar as buscas, explica Hadaluz Osorio, antropóloga forense da Medicina Legal, outra entidade responsável pela identificação.

"Matavam as pessoas e as enterraram clandestinamente. Há até práticas em que os perpetradores as exumam (as vítimas) e as dividem em diferentes locais para dificultar ainda mais sua identificação", diz ela.

Com luvas de látex, Hadaluz analisa um dos corpos, que apresentava desgaste em um joelho, um sinal aparentemente insignificante, mas determinante para identificar um dos mortos cuja família afirmou que reclamava de dores naquela região.

Segundo ela, é necessário "traduzir o que os mortos estão nos dizendo".

Os fragmentos de ossos e dentes encontrados são separados para a extração do DNA de suas células e então são comparados com amostras do Banco de Perfis Genéticos de Pessoas Desaparecidas, arquivo criado em 2010 que contém pelo menos 62 mil amostras de sangue colhidas de parentes de possíveis vítimas.

- À espera de uma ligação -

Soledad Ruiz também viu a morte do pai de Apolinar, que faleceu tentando encontrar o filho, e o desaparecimento de José de los Santos Silgado, seu outro filho, que sumiu 15 dias depois. Jimy Abello, um de seus netos, foi levado à força de sua casa em 2001 e nunca mais foi visto.

"Quero que eles voltem, vivos ou mortos", diz a agricultora.

A Jurisdição Especial para a Paz, que também foi fundada a partir do acordo de paz e que julga os piores crimes do conflito, pediu a aceleração da identificação de corpos para curar as feridas das famílias.

Alba Silgado, mãe de Jimy, confia que os especialistas ligarão para ela em breve para lhe dar boas notícias.

"Tenho este telefone e quando há uma chamada penso (...) que vão me dizer: 'Sra. Alba, venha que o corpo do Jimy e o de José de los Santos estão aqui'" afirma.

"Mesmo que seja por causa do cabelo, de uma unha, tenho que reconhecer meu irmão e meu filho", diz Alba emocionada.

W.Cejka--TPP