The Prague Post - Crise imobiliária: uma frente complexa para o governo espanhol

EUR -
AED 4.287456
AFN 81.128485
ALL 97.64404
AMD 448.017942
ANG 2.089098
AOA 1070.40578
ARS 1536.898046
AUD 1.788429
AWG 2.101122
AZN 1.981322
BAM 1.96665
BBD 2.357205
BDT 141.993409
BGN 1.955871
BHD 0.44007
BIF 3443.506073
BMD 1.16729
BND 1.502184
BOB 8.068031
BRL 6.29181
BSD 1.167441
BTN 102.348254
BWP 15.717728
BYN 3.854112
BYR 22878.887806
BZD 2.34519
CAD 1.608001
CDF 3373.468929
CHF 0.941881
CLF 0.028454
CLP 1116.256688
CNY 8.380215
CNH 8.387371
COP 4691.047468
CRC 590.596396
CUC 1.16729
CUP 30.93319
CVE 110.717387
CZK 24.475276
DJF 207.450315
DKK 7.463385
DOP 71.70076
DZD 151.591065
EGP 56.548326
ERN 17.509353
ETB 163.274674
FJD 2.629091
FKP 0.870198
GBP 0.864615
GEL 3.145889
GGP 0.870198
GHS 12.285699
GIP 0.870198
GMD 84.634283
GNF 10126.242027
GTQ 8.95742
GYD 244.263348
HKD 9.163053
HNL 30.757903
HRK 7.533803
HTG 153.064324
HUF 395.180225
IDR 18976.111406
ILS 3.991116
IMP 0.870198
INR 102.2625
IQD 1529.150154
IRR 49172.099196
ISK 143.214484
JEP 0.870198
JMD 186.750342
JOD 0.827662
JPY 172.508012
KES 151.162361
KGS 101.962928
KHR 4677.331733
KMF 492.010448
KPW 1050.60088
KRW 1615.728476
KWD 0.35656
KYD 0.97293
KZT 631.474556
LAK 25213.4687
LBP 104530.836592
LKR 351.519409
LRD 235.213844
LSL 20.626241
LTL 3.446704
LVL 0.706082
LYD 6.332577
MAD 10.544125
MDL 19.608444
MGA 5182.768795
MKD 61.881413
MMK 2450.049814
MNT 4195.277436
MOP 9.440291
MRU 46.622058
MUR 53.274754
MVR 17.973063
MWK 2026.996066
MXN 21.708102
MYR 4.937321
MZN 74.659671
NAD 20.625861
NGN 1792.478449
NIO 42.898083
NOK 11.935072
NPR 163.746425
NZD 1.960686
OMR 0.448815
PAB 1.167516
PEN 4.116157
PGK 4.841224
PHP 66.46512
PKR 329.701492
PLN 4.254582
PYG 8744.243898
QAR 4.249517
RON 5.062887
RSD 117.148087
RUB 92.726749
RWF 1685.56704
SAR 4.38085
SBD 9.607489
SCR 16.510759
SDG 700.962974
SEK 11.162154
SGD 1.500143
SHP 0.917307
SLE 27.080761
SLL 24477.496334
SOS 667.106628
SRD 43.678251
STD 24160.55027
STN 24.921646
SVC 10.21536
SYP 15177.208341
SZL 20.625507
THB 37.831703
TJS 10.91643
TMT 4.097189
TND 3.360047
TOP 2.733916
TRY 47.579816
TTD 7.922218
TWD 34.937347
TZS 2959.080596
UAH 48.439954
UGX 4155.929166
USD 1.16729
UYU 46.627253
UZS 14634.901825
VES 154.960749
VND 30664.713401
VUV 139.217355
WST 3.102032
XAF 659.638753
XAG 0.030791
XAU 0.000349
XCD 3.15466
XCG 2.104008
XDR 0.819832
XOF 657.777008
XPF 119.331742
YER 280.470638
ZAR 20.539285
ZMK 10507.018363
ZMW 26.940367
ZWL 375.866966
Crise imobiliária: uma frente complexa para o governo espanhol
Crise imobiliária: uma frente complexa para o governo espanhol / foto: Thomas Coex - AFP

Crise imobiliária: uma frente complexa para o governo espanhol

A crise imobiliária da Espanha, onde a oferta de apartamentos é insuficiente e os aluguéis estão disparados, coloca sob pressão o governo do socialista Pedro Sánchez que, apesar de fazer essa questão uma de suas prioridades, não consegue obter resultados.

Tamanho do texto:

"Encontrar um aluguel na Espanha virou uma corrida de obstáculos (...), principalmente para os jovens", explica à AFP Juan Lozano, um jovem de 24 anos de Madri. "Quase não tem oferta, e quando tem, os preços estão lá no alto", acrescenta.

Junto de outras 22 mil pessoas, segundo as autoridades, o estudante foi para a manifestação no último domingo, em Madri, seguindo o apelo de cerca de quarenta associações que exigiam soluções para o aumento dos preços das moradias e ameaçavam os proprietários com uma “greve de aluguel”.

"Essa questão das moradias é um problema antigo na Espanha", onde a memória do estouro da bolha imobiliária em 2008 ainda está viva, mas "desde a crise da Covid, ela se tornou insustentável", insiste Juan Lozano.

Segundo o portal imobiliário Idealista, o preço do metro quadrado do aluguel aumentou 82% durante os últimos dez anos no país. O ritmo é cinco vezes maior em relação ao aumento do salário mínimo, que cresceu 17%, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Para as famílias mais pobres, encontrar um lugar para morar tornou-se uma missão impossível, pois as moradias sociais são escassas na Espanha, com apenas 2,5% do total, em comparação com a média da UE de 9,3%.

- Aluguéis "sufocantes" -

“Os aluguéis estão nos sufocando todos os meses e ninguém faz nada (...). A maioria da sociedade vem pagando pela crise habitacional há muito tempo, enquanto uma minoria [de proprietários] está enriquecendo às custas de seu trabalho”, denuncia o Sindicato dos Inquilinos.

De acordo com as Comisiones Obreras (CCOO), “o acesso à moradia se tornou uma quimera para grande parte da sociedade”, que pede ao Estado que "garanta o direito constitucional à moradia digna e adequada".

Para o presidente do Governo, que fez da defesa das classes trabalhadoras uma prioridade desde que chegou ao poder há seis anos, a questão é espinhosa, além de ser uma fonte de tensão com seus aliados da esquerda radical no Parlamento.

Em maio de 2023, o Executivo aprovou uma lei que previa a construção de mais moradias sociais, a restrição dos aluguéis em áreas de risco e encargos para proprietários que mantiverem as residências desocupadas.

No entanto, a nova legislação, até o momento, não conseguiu limitar o aumento dos aluguéis, que aumentaram 10,2% no terceiro trimestre em relação ao ano anterior, atingindo picos de 15% em grandes cidades como Valência e Madri.

O aumento provocou a impaciência da população, enquanto o governo mantém um cabo de guerra com várias regiões - as principais responsáveis por sua implementação - para que a apliquem, 18 meses após sua aprovação.

- Sem varinhas mágicas -

"A situação é difícil", mas "o problema da moradia não é resolvido com varinhas mágicas", argumentou Pedro Sánchez nesta segunda-feira (14), lembrando que seu governo "multiplicou por oito" os recursos dedicados à habitação em seis anos.

"Eu não quero uma Espanha com proprietários ricos e inquilinos pobres. Por isso, meu governo estabeleceu como prioridade absoluta essa questão", continuou o presidente, que anunciou o auxílio de 200 milhões de euros (1,2 bilhão de reais na cotação atual) para jovens alugarem um lugar para morar.

Há nove meses, o Executivo anunciou o fim da concessão dos “vistos gold”, que ofereciam residência a estrangeiros que investissem mais de meio milhão de euros em imóveis, considerados um incentivo à especulação.

Somado a isso, houve o comprometimento de lutar contra a proliferação de apartamentos turísticos, que reduzem a quantidade de moradia disponível no mercado, e também acelerar o início das construções de novas moradias.

De acordo com o Banco da Espanha, são necessárias cerca de 600 mil moradias até o final de 2025 para atender à necessidade da população. A cada ano, no entanto, são construídas menos de 100 mil moradias, segundo a mesma instituição.

"Recebemos promessas durante anos", no entanto com "poucos resultados", opina Laura Barrio, do coletivo "Stop Desahucios". "Agora temos que agir” com "reformas estruturais" para corrigir o problema "na raiz", insiste.

X.Vanek--TPP