The Prague Post - Mecanismo financeiro vinculado à crise do 'subprime' retorna à Europa

EUR -
AED 4.165017
AFN 81.645098
ALL 97.576574
AMD 441.62961
ANG 2.043714
AOA 1038.133939
ARS 1355.057028
AUD 1.747843
AWG 2.041117
AZN 1.925819
BAM 1.95774
BBD 2.289129
BDT 137.746527
BGN 1.955613
BHD 0.427479
BIF 3325.319855
BMD 1.133954
BND 1.462407
BOB 7.863036
BRL 6.479863
BSD 1.133754
BTN 95.637743
BWP 15.373712
BYN 3.710325
BYR 22225.49673
BZD 2.277428
CAD 1.56425
CDF 3255.582069
CHF 0.936198
CLF 0.027748
CLP 1064.827795
CNY 8.183802
CNH 8.188548
COP 4878.961453
CRC 573.58368
CUC 1.133954
CUP 30.049779
CVE 110.41879
CZK 24.949823
DJF 201.525703
DKK 7.46132
DOP 66.732881
DZD 150.122409
EGP 57.460859
ERN 17.009309
ETB 149.625437
FJD 2.554006
FKP 0.85376
GBP 0.849787
GEL 3.112682
GGP 0.85376
GHS 15.336662
GIP 0.85376
GMD 80.510341
GNF 9814.934492
GTQ 8.727997
GYD 237.202424
HKD 8.792083
HNL 29.370082
HRK 7.534442
HTG 148.182751
HUF 404.620275
IDR 18741.990303
ILS 4.097145
IMP 0.85376
INR 95.979504
IQD 1485.479628
IRR 47753.635579
ISK 146.699693
JEP 0.85376
JMD 179.655194
JOD 0.804204
JPY 162.323207
KES 146.855318
KGS 99.164134
KHR 4556.227094
KMF 491.567378
KPW 1020.539049
KRW 1583.674357
KWD 0.347648
KYD 0.944866
KZT 583.373643
LAK 24516.083494
LBP 101545.573227
LKR 339.560029
LRD 226.393694
LSL 20.634432
LTL 3.348271
LVL 0.685917
LYD 6.210402
MAD 10.474297
MDL 19.426854
MGA 5034.755746
MKD 61.49918
MMK 2380.92872
MNT 4053.767386
MOP 9.049849
MRU 44.862465
MUR 51.34513
MVR 17.473856
MWK 1968.544075
MXN 22.305043
MYR 4.806266
MZN 72.456484
NAD 20.632111
NGN 1821.798774
NIO 41.672978
NOK 11.68433
NPR 153.019713
NZD 1.89025
OMR 0.436544
PAB 1.133759
PEN 4.155283
PGK 4.612641
PHP 62.734872
PKR 318.929162
PLN 4.276957
PYG 9076.996636
QAR 4.128746
RON 5.08771
RSD 116.962853
RUB 92.416204
RWF 1609.945384
SAR 4.253202
SBD 9.477392
SCR 16.13666
SDG 680.93828
SEK 10.881943
SGD 1.465307
SHP 0.89111
SLE 25.774864
SLL 23778.428203
SOS 648.050586
SRD 41.78622
STD 23470.556592
SVC 9.919832
SYP 14743.613872
SZL 20.632256
THB 37.19539
TJS 11.762722
TMT 3.968839
TND 3.401406
TOP 2.65583
TRY 43.818584
TTD 7.683853
TWD 34.264121
TZS 3058.84117
UAH 46.974459
UGX 4147.110395
USD 1.133954
UYU 47.557976
UZS 14679.032763
VES 100.482412
VND 29429.50595
VUV 136.872414
WST 3.13682
XAF 656.633879
XAG 0.034313
XAU 0.000334
XCD 3.064567
XDR 0.818329
XOF 653.157553
XPF 119.331742
YER 277.253727
ZAR 20.67139
ZMK 10206.955952
ZMW 30.640315
ZWL 365.132698
Mecanismo financeiro vinculado à crise do 'subprime' retorna à Europa
Mecanismo financeiro vinculado à crise do 'subprime' retorna à Europa / foto: ERIC PIERMONT - AFP/Arquivos

Mecanismo financeiro vinculado à crise do 'subprime' retorna à Europa

A securitização, mecanismo financeiro apontado como um dos gatilhos da crise financeira de 2008 que sobrecarregou tantos investidores, poderá retornar à Europa?

Tamanho do texto:

A Comissão Europeia disse em fevereiro que quer "revisar" as regras que regem esse mecanismo complexo, com o objetivo de desbloquear o financiamento privado para investir na economia do bloco.

No entanto, a securitização foi responsabilizada pela disseminação de hipotecas de risco, conhecidas como 'subprime', concedidas a famílias que acabaram se tornando insolventes no final dos anos 2000, levando à pior crise financeira desde 1929.

Relaxar as restrições que limitam seu desenvolvimento seria um "presente ao lobby bancário, sem nenhum benefício econômico real", alerta Jezabel Couppey-Soubeyran, professora da Universidade de Paris 1 Panthéon-Sorbonne, entrevistada pela AFP.

- "Batalhas de ontem" -

A securitização é uma prática que consiste em agrupar empréstimos bancários e transformá-los em títulos que são vendidos em "tranches" para investidores nos mercados.

O objetivo é retirar essas dívidas dos balanços dos bancos, permitindo que concedam novos empréstimos... e se libertem de qualquer responsabilidade em caso de inadimplência.

Para os investidores, esses títulos, que geralmente são mais arriscados, podem ser muito lucrativos.

Mas "colocar o risco de um empréstimo em atores que não necessariamente conseguem administrá-lo pode ser problemático", disse à AFP Christian Bito, professor de finanças na escola de negócios francesa Essec.

Antes da crise, esses produtos eram oferecidos por instituições financeiras em todo o mundo. Sua derrocada em 2007 levou a uma série de falências, incluindo a do Lehman Brothers em 2008. Isso foi seguido por uma crise bancária e financeira que culminou vários anos depois na crise da dívida da zona do euro.

A União Europeia aprendeu a lição e impôs obrigações de transparência, controles e retenção de uma parcela do crédito pelo banco, o que levou a uma queda acentuada dessa prática.

Agora, há pedidos crescentes de autoridades europeias para flexibilizar sua estrutura regulatória. O objetivo declarado é liberar o capital privado necessário para investir em transição energética, competitividade, tecnologia digital e defesa.

O ex-presidente do BCE, Mario Draghi, considerou em um relatório no ano passado que a retomada da securitização permitiria aos bancos "desbloquear capacidade adicional de empréstimo" para encontrar os "800 bilhões de euros anuais (4,5 trilhões de reais)" de que a UE precisa.

Os reguladores também estão tentando mudar as regras. "Precisamos parar de lutar as batalhas de ontem", disse recentemente Marie-Anne Barbat-Layani, presidente da Autoridade Francesa de Mercados Financeiros (AMF).

Essas posições preocupam economistas e ONGs.

"O fato de um banco poder liberar capital não significa necessariamente que ele o usará para emitir novos empréstimos", alerta Christian Stiefmüller, pesquisador do Finance Watch, entrevistado pela AFP.

Para direcionar melhor os investimentos, o ex-primeiro-ministro italiano Enrico Letta propôs um mecanismo de "securitização verde" em um relatório encomendado pelo Conselho Europeu, mas não especificou as modalidades.

- "Estigma"-

"Não é razoável nem moderno autorizar novamente esse tipo de ativo, que demonstrou sua opacidade e complexidade", considera Bito.

A Federação Bancária Francesa (FBF) argumenta que o setor bancário promete limitar a securitização aos créditos mais sólidos: "a transferência de empréstimos não é arriscada se forem seguros".

"O estigma herdado da crise financeira é infundado. Em 2007, o problema não foi o mecanismo de securitização, mas os empréstimos subprime", disse à AFP Stéphane Giordano, presidente da Associação Francesa de Mercados Financeiros (AMAFI).

Para seus defensores, a reforma é necessária se a UE quiser permanecer competitiva com outros centros financeiros, especialmente os americanos, bem menos regulamentados.

"A resposta regulatória da Europa é (...) desproporcional aos riscos", disse Christian Noyer, ex-presidente do Banco da França, em um relatório do ano passado.

A securitização pode alcançar 200 bilhões de euros (1,1 trilhão de reais) por ano na Europa, em comparação com 3 trilhões (17 trilhões de reais) do outro lado do Atlântico.

Mas "reintroduzir essa prática pode alimentar uma bolha financeira e aumentar o risco de uma nova crise", alerta Jezabel Couppey-Soubeyran.

W.Urban--TPP