The Prague Post - Peso argentino sob pressão apesar de ajuda dos EUA na reta final das eleições legislativas

EUR -
AED 4.282284
AFN 77.758955
ALL 96.657703
AMD 449.028696
ANG 2.087189
AOA 1069.258373
ARS 1697.118795
AUD 1.793907
AWG 2.101786
AZN 1.986896
BAM 1.956361
BBD 2.355175
BDT 142.420819
BGN 1.95469
BHD 0.438884
BIF 3446.783478
BMD 1.166039
BND 1.514064
BOB 8.080316
BRL 6.30268
BSD 1.169335
BTN 102.9265
BWP 15.669491
BYN 3.983442
BYR 22854.368279
BZD 2.351774
CAD 1.635079
CDF 2571.116853
CHF 0.92505
CLF 0.028454
CLP 1116.226465
CNY 8.31042
CNH 8.310845
COP 4465.825185
CRC 587.018588
CUC 1.166039
CUP 30.900039
CVE 110.296612
CZK 24.302244
DJF 208.229681
DKK 7.472917
DOP 73.95754
DZD 151.139716
EGP 55.400994
ERN 17.490588
ETB 173.808649
FJD 2.651399
FKP 0.86872
GBP 0.868429
GEL 3.152808
GGP 0.86872
GHS 12.540594
GIP 0.86872
GMD 83.955237
GNF 10147.778728
GTQ 8.956567
GYD 244.600105
HKD 9.062166
HNL 30.712646
HRK 7.540547
HTG 153.367109
HUF 389.579573
IDR 19324.359513
ILS 3.859397
IMP 0.86872
INR 102.641359
IQD 1531.83904
IRR 49046.528212
ISK 141.919081
JEP 0.86872
JMD 187.941596
JOD 0.826768
JPY 175.62304
KES 151.025845
KGS 101.970576
KHR 4706.752653
KMF 492.655985
KPW 1049.373483
KRW 1657.805016
KWD 0.35661
KYD 0.974479
KZT 629.050292
LAK 25374.272508
LBP 104712.811687
LKR 354.031469
LRD 213.981329
LSL 20.390744
LTL 3.443011
LVL 0.705326
LYD 6.346819
MAD 10.692965
MDL 19.720652
MGA 5201.490797
MKD 61.637666
MMK 2448.329071
MNT 4192.676939
MOP 9.354681
MRU 46.767415
MUR 52.507186
MVR 17.844759
MWK 2027.581124
MXN 21.426441
MYR 4.927727
MZN 74.522005
NAD 20.390744
NGN 1715.290741
NIO 43.036025
NOK 11.732458
NPR 164.694915
NZD 2.038174
OMR 0.447668
PAB 1.169335
PEN 3.959335
PGK 4.987836
PHP 67.771409
PKR 331.023575
PLN 4.245491
PYG 8299.378681
QAR 4.262222
RON 5.089999
RSD 117.403867
RUB 94.522662
RWF 1697.286458
SAR 4.373091
SBD 9.605099
SCR 16.205799
SDG 701.376864
SEK 11.028405
SGD 1.510375
SHP 0.874831
SLE 26.959259
SLL 24451.258412
SOS 668.331672
SRD 45.960645
STD 24134.657173
STN 24.509021
SVC 10.231933
SYP 15160.2206
SZL 20.383842
THB 38.153233
TJS 10.786992
TMT 4.081137
TND 3.414279
TOP 2.730985
TRY 48.845503
TTD 7.931273
TWD 35.723831
TZS 2872.49135
UAH 48.803187
UGX 4087.171422
USD 1.166039
UYU 46.813417
UZS 14220.075609
VES 234.627668
VND 30715.804552
VUV 142.872414
WST 3.27342
XAF 656.145057
XAG 0.022465
XAU 0.000275
XCD 3.15128
XCG 2.107404
XDR 0.816034
XOF 656.145057
XPF 119.331742
YER 278.570949
ZAR 20.251991
ZMK 10495.756208
ZMW 26.514599
ZWL 375.464146
Peso argentino sob pressão apesar de ajuda dos EUA na reta final das eleições legislativas
Peso argentino sob pressão apesar de ajuda dos EUA na reta final das eleições legislativas / foto: Luis ROBAYO - AFP

Peso argentino sob pressão apesar de ajuda dos EUA na reta final das eleições legislativas

O peso argentino caiu nesta sexta-feira (17), apesar do apoio bilionário dos Estados Unidos ao governo de Javier Milei, em meio a temores de uma desvalorização que levam os argentinos a antecipar compras, adiar projetos ou adquirir dólares a nove dias das eleições legislativas.

Tamanho do texto:

Enquanto Mariana Rodríguez, publicitária de 34 anos, cogita comprar uma televisão "antes das eleições e parcelada", Damián Herrera, funcionário de 29, planeja adiantar o pagamento ao mecânico de seu carro "caso o preço suba".

Por sua vez, Rosana González, de 48, pediu um adiantamento de salário "para comprar dólares".

A vida dos argentinos está sendo afetada pela instabilidade do mercado financeiro, mas a grande especulação ocorre nas operações milionárias com as quais os Estados Unidos decidiram intervir de forma plena para sustentar as chances eleitorais de seu aliado, o presidente Milei.

A incerteza cresce diante do que pode acontecer no dia seguinte às cruciais eleições legislativas de meio de mandato, em 26 de outubro, nas quais o governo busca fortalecer suas bancadas no Congresso para avançar nas reformas e manter a "motosserra" ligada sobre o gasto público.

"Tenho claro que este momento é difícil (...) estamos no meio do caminho e, por isso, peço um esforço, que não desistam", disse Milei nesta sexta-feira durante um ato de campanha em Buenos Aires.

A consultoria britânica Capital Economics avaliou que, apesar "do impulso temporário" dado à moeda nacional pela intervenção dos Estados Unidos, "na essência, isso não muda o fato de que ela está substancialmente desalinhada — estimamos que [o peso] está sobrevalorizado em aproximadamente 30%".

Desde o início da corrida cambial, em 8 de setembro, após a derrota do governo nas eleições legislativas da província de Buenos Aires, o peso perdeu 7% em relação ao dólar.

– "Dólares saindo pelas orelhas" –

A taxa de câmbio, que havia fechado na quinta-feira a 1.430 pesos por dólar, caiu para 1.465 pesos após o anúncio do secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, sobre uma nova compra de pesos.

"Ontem [quinta-feira], o Tesouro comprou pesos no 'blue chips swap' e no mercado à vista", informou Bessent no X. "Temos capacidade para agir com flexibilidade e força para estabilizar a Argentina", acrescentou.

Um blue chips swap permite a um investidor comprar um ativo estrangeiro — normalmente depreciado — e depois vendê-lo no mercado local a um preço mais alto.

O ataque especulativo continuou nesta sexta-feira. No meio do dia, o peso foi cotado a 1.485 por dólar, a três centavos do teto da banda de flutuação estabelecida pelo governo, e encerrou o dia a 1.475.

"Estamos preparados para o pior", declarou Milei no domingo ao reafirmar o rumo econômico antes de viajar a Washington para se reunir com o presidente Donald Trump na Casa Branca.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou que colabora com ambas as partes para "apoiar a estabilidade e o crescimento na Argentina", mas lembrou ao governo da necessidade de acumular reservas.

Em abril, o FMI havia concedido um novo empréstimo de 20 bilhões de dólares (R$ 117 bilhões, na cotação da época) à Argentina, o maior devedor do organismo.

O governo de Trump mostrou-se decidido a apoiar seu aliado, a quem prometeu nesta semana até 40 bilhões de dólares em fundos públicos e privados para enfrentar as turbulências dos mercados, desde que obtenha um bom resultado eleitoral.

"Os dólares vão sair pelas orelhas", previu então Milei.

A inflação — cuja redução em um terço em dois anos é o principal trunfo de Milei — acumulou três meses de alta e registrou 2,1% mensal em setembro, seu maior crescimento desde abril.

A economia mostra sinais de estagnação, com queda no consumo, desaceleração industrial e taxas de juros acima de 100% ao ano.

E.Soukup--TPP