The Prague Post - Venezuela-EUA, uma crise que navega entre petróleo e navios de guerra

EUR -
AED 4.282476
AFN 76.952508
ALL 96.861296
AMD 446.302407
ANG 2.087028
AOA 1069.175293
ARS 1718.033975
AUD 1.770184
AWG 2.101624
AZN 2.007095
BAM 1.957218
BBD 2.350002
BDT 142.693347
BGN 1.954411
BHD 0.439541
BIF 3440.491812
BMD 1.165949
BND 1.511007
BOB 8.061908
BRL 6.24529
BSD 1.166745
BTN 102.926546
BWP 16.587013
BYN 3.976414
BYR 22852.609237
BZD 2.3466
CAD 1.625975
CDF 2971.426289
CHF 0.924831
CLF 0.028013
CLP 1098.953808
CNY 8.277366
CNH 8.272266
COP 4534.319117
CRC 584.923637
CUC 1.165949
CUP 30.89766
CVE 110.619446
CZK 24.313547
DJF 207.213018
DKK 7.468384
DOP 74.912524
DZD 151.470792
EGP 55.234987
ERN 17.489242
ETB 176.411386
FJD 2.635571
FKP 0.874785
GBP 0.878281
GEL 3.171244
GGP 0.874785
GHS 12.679726
GIP 0.874785
GMD 85.114576
GNF 10118.10924
GTQ 8.937473
GYD 244.106797
HKD 9.058436
HNL 30.746552
HRK 7.532502
HTG 152.730617
HUF 388.082807
IDR 19335.114636
ILS 3.79784
IMP 0.874785
INR 102.911654
IQD 1527.393781
IRR 49057.322616
ISK 143.400081
JEP 0.874785
JMD 187.047075
JOD 0.826668
JPY 177.431274
KES 150.638741
KGS 101.961839
KHR 4692.946387
KMF 492.031096
KPW 1049.332065
KRW 1669.727033
KWD 0.357608
KYD 0.972304
KZT 622.050526
LAK 25301.103197
LBP 104410.773001
LKR 355.047147
LRD 213.893566
LSL 20.100609
LTL 3.442745
LVL 0.705271
LYD 6.348588
MAD 10.757089
MDL 19.823357
MGA 5270.091041
MKD 61.61678
MMK 2447.760677
MNT 4184.077953
MOP 9.337863
MRU 46.713742
MUR 52.96922
MVR 17.850427
MWK 2024.667365
MXN 21.475308
MYR 4.89407
MZN 74.516073
NAD 20.100781
NGN 1698.951371
NIO 42.848413
NOK 11.630445
NPR 164.682273
NZD 2.015769
OMR 0.44832
PAB 1.166745
PEN 3.949117
PGK 4.890284
PHP 68.865061
PKR 327.631833
PLN 4.231055
PYG 8277.06574
QAR 4.245513
RON 5.083653
RSD 117.215362
RUB 92.39952
RWF 1690.626704
SAR 4.372423
SBD 9.596454
SCR 16.617165
SDG 701.313664
SEK 10.912412
SGD 1.508558
SHP 0.874764
SLE 27.048095
SLL 24449.376461
SOS 666.337745
SRD 46.111555
STD 24132.79959
STN 24.951318
SVC 10.209482
SYP 12891.699361
SZL 20.101118
THB 37.718329
TJS 10.775004
TMT 4.092483
TND 3.395235
TOP 2.730774
TRY 48.92382
TTD 7.919736
TWD 35.633045
TZS 2868.235554
UAH 49.086773
UGX 4056.938279
USD 1.165949
UYU 46.584139
UZS 14064.267442
VES 251.965116
VND 30697.117143
VUV 142.192976
WST 3.262327
XAF 656.432428
XAG 0.024787
XAU 0.000295
XCD 3.151036
XCG 2.102823
XDR 0.817303
XOF 656.429686
XPF 119.331742
YER 278.253833
ZAR 19.989273
ZMK 10494.947424
ZMW 25.610549
ZWL 375.435247
Venezuela-EUA, uma crise que navega entre petróleo e navios de guerra
Venezuela-EUA, uma crise que navega entre petróleo e navios de guerra / foto: Martín Bernetti - AFP/Arquivos

Venezuela-EUA, uma crise que navega entre petróleo e navios de guerra

Navios de guerra americanos se posicionam no Caribe como parte de uma operação antidrogas que a Venezuela afirma ter como objetivo a queda de Nicolás Maduro. E o que acontece com o petróleo?

Tamanho do texto:

Os Estados Unidos mobilizaram, em agosto, sete embarcações militares no Caribe e uma no Golfo do México como parte destas manobras que até agora levaram ao bombardeio de 10 lanchas supostamente usadas pelo narcotráfico, deixando 43 mortos.

O maior porta-aviões do mundo se juntará a estas operações contra o tráfico de drogas, dirigidas por Washington especificamente contra a Venezuela e Maduro, a quem acusa de chefiar um cartel.

O líder venezuelano considera a operação como um pretexto para derrubá-lo e "roubar" o petróleo e outras riquezas naturais.

A Venezuela possui as maiores reservas petrolíferas do mundo. Enfrenta as dificuldades do embargo que Donald Trump impôs em 2019, durante seu primeiro mandato, embora tenha encontrado maneiras de contorná-lo por meio de triangulações no mercado paralelo com descontos.

A emissão de algumas isenções de Washington para que petrolíferas possam operar na Venezuela também ajuda o negócio.

- "O negócio continua" -

Os navios da empresa americana Chevron não param, pois o governo americano deu permissão para sua operação na Venezuela.

Tampouco os 'shadow tankers' ou navios fantasmas, que "circulam sem problemas, como antes da mobilização militar", disse uma fonte do setor à AFP. "Os americanos não podem evitar vê-los, os deixam circular... O negócio continua".

Não apenas esses navios navegam "nas sombras", mas também "navios sancionados continuam entrando e saindo", destacou Elías Ferrer, diretor da empresa de análise Orinoco Research.

Uma fonte diplomática explicou que, se os Estados Unidos bloqueassem esses navios, estariam se "metendo com outros países".

A produção de petróleo da Venezuela superou um milhão de barris diários, segundo dados da Opep.

São cerca de 100 mil a mais que no final de 2024. A vice-presidente e ministra de Hidrocarbonetos, Delcy Rodríguez, inclusive comemorou nos últimos dias o crescimento de 16% da atividade petrolífera este ano.

E esse petróleo "é vendido principalmente para a China", indicou Ferrer.

- Mais petróleo, menos receitas -

Maior produção não se traduz necessariamente em mais receitas, já que Caracas tem que vender com descontos para contornar o embargo de Trump.

De quanto é o desconto? Entre 10% e 20%, afirmou Tamara Herrera, da empresa Síntesis Financiera.

Tudo depende da situação mundial. Entre 10% e 15%, "quando as coisas estão fluindo ou não estão geopoliticamente agitadas", afirmou. "Caso contrário, estamos falando de 20%".

A Venezuela teve dificuldades para encontrar clientes no início do embargo, mas agora "vai rápido" e "está experiente no processo", acrescentou Herrera.

"Os países sancionados começam a desenvolver esta habilidade de negociar com descontos e custos muito obscuros", acrescentou. "Já existe um mercado muito rápido que espera e conhece o petróleo venezuelano".

- Futuro -

A mobilização americana levou à elaboração de diversos cenários: de uma invasão terrestre para derrubar Maduro a uma retirada negociada sem grandes consequências para ele.

"É preciso voltar ao que Trump quer", apontou a fonte diplomática que conhece de perto a relação Washington-Caracas.

"Se olharmos para suas declarações, ele diz: 'quero repatriar migrantes para a Venezuela, quero garantir o fornecimento de petróleo e quero expulsar os chineses da região'... Não precisa obrigatoriamente que Maduro saia, embora provavelmente gostaria disso", acrescentou.

Ferrer, por sua vez, considera que os Estados Unidos podem continuar concedendo isenções das sanções às petrolíferas, apesar da pressão exercida sobre Maduro.

"É completamente viável", disse. "É inclusive possível que façam isso enquanto a Marinha segue no Caribe, enquanto as sanções a outros setores continuam".

Por quanto tempo esta situação pode se estender? Pode ser "ad infinitum", respondeu Herrera.

Y.Havel--TPP