The Prague Post - Manchester City, o sucesso de um modelo polêmico

EUR -
AED 4.285655
AFN 80.585333
ALL 97.883599
AMD 448.395822
ANG 2.088209
AOA 1069.949538
ARS 1492.309671
AUD 1.778658
AWG 2.100812
AZN 1.986499
BAM 1.954474
BBD 2.357501
BDT 141.863764
BGN 1.952991
BHD 0.439913
BIF 3478.939996
BMD 1.166793
BND 1.495885
BOB 8.068527
BRL 6.52366
BSD 1.167608
BTN 100.172046
BWP 15.700349
BYN 3.821108
BYR 22869.15228
BZD 2.345309
CAD 1.597474
CDF 3367.365762
CHF 0.929847
CLF 0.029415
CLP 1128.790728
CNY 8.3627
CNH 8.374369
COP 4670.254269
CRC 588.900508
CUC 1.166793
CUP 30.920027
CVE 110.19025
CZK 24.672668
DJF 207.917174
DKK 7.463698
DOP 70.442214
DZD 151.638844
EGP 57.638898
ERN 17.501902
ETB 162.21216
FJD 2.62091
FKP 0.868514
GBP 0.86796
GEL 3.161763
GGP 0.868514
GHS 12.142763
GIP 0.868514
GMD 83.421787
GNF 10129.128715
GTQ 8.960921
GYD 244.182262
HKD 9.159276
HNL 30.54328
HRK 7.532934
HTG 153.306002
HUF 400.448222
IDR 18972.528762
ILS 3.90405
IMP 0.868514
INR 100.178963
IQD 1529.562393
IRR 49136.594396
ISK 142.395278
JEP 0.868514
JMD 186.593421
JOD 0.82729
JPY 172.597343
KES 150.854151
KGS 102.032122
KHR 4678.82603
KMF 492.678459
KPW 1050.141688
KRW 1610.962627
KWD 0.356514
KYD 0.97304
KZT 614.083425
LAK 25170.924829
LBP 104616.531405
LKR 351.531532
LRD 234.101193
LSL 20.780903
LTL 3.445238
LVL 0.705782
LYD 6.327707
MAD 10.52576
MDL 19.732614
MGA 5176.488432
MKD 61.518268
MMK 2449.896017
MNT 4182.776485
MOP 9.440896
MRU 46.399524
MUR 53.019357
MVR 17.967751
MWK 2024.626556
MXN 21.81834
MYR 4.949561
MZN 74.627934
NAD 20.780903
NGN 1787.597414
NIO 42.97085
NOK 11.871943
NPR 160.275274
NZD 1.947653
OMR 0.448641
PAB 1.167608
PEN 4.163376
PGK 4.829724
PHP 66.150769
PKR 332.29768
PLN 4.254777
PYG 9040.866958
QAR 4.256612
RON 5.078933
RSD 117.154252
RUB 91.157685
RWF 1687.155486
SAR 4.376312
SBD 9.707208
SCR 17.128014
SDG 700.659329
SEK 11.270406
SGD 1.495852
SHP 0.916916
SLE 26.245485
SLL 24467.080561
SOS 667.24736
SRD 43.411134
STD 24150.269365
SVC 10.21607
SYP 15170.474095
SZL 20.773908
THB 37.880537
TJS 11.162228
TMT 4.095445
TND 3.42008
TOP 2.732744
TRY 46.922483
TTD 7.926623
TWD 34.217435
TZS 3048.250908
UAH 48.826378
UGX 4185.160917
USD 1.166793
UYU 47.587718
UZS 14827.941187
VES 133.228891
VND 30497.064679
VUV 139.435505
WST 3.201935
XAF 655.512321
XAG 0.030477
XAU 0.000348
XCD 3.153318
XDR 0.815537
XOF 655.512321
XPF 119.331742
YER 281.605346
ZAR 20.7768
ZMK 10502.539484
ZMW 26.649922
ZWL 375.707026
Manchester City, o sucesso de um modelo polêmico
Manchester City, o sucesso de um modelo polêmico / foto: Paul ELLIS - AFP

Manchester City, o sucesso de um modelo polêmico

Com o tão sonhado título da Liga dos Campeões 2022-2023 conquistado neste sábado (10) ao vencer a Inter de Milão por 1 a 0 na final em Istambul, o Manchester City e seus donos bilionários finalmente têm o troféu que era uma verdadeira obsessão.

Tamanho do texto:

Quinze anos após a compra do clube pelo xeque Mansour Ben Zayed Al Nahyane, vice-presidente dos Emirados Árabes Unidos, um clube estatal sobe ao topo da Europa.

O título também chega no ano em que a Premier League, após quatro anos de investigação, acusou o Manchester City de 115 violações de regras financeiras entre 2009 e 2018.

Esse processo pode demorar e, apesar do precedente da denúncia da Uefa por motivos semelhantes que foi anulada pelo Tribunal Arbitral do Esporte em 2020, a sombra paira sobre os sucessos da equipe.

Antes mesmo de se falar sobre um possível "doping financeiro", é colocada a questão da utilização do clube como instrumento de influência de um regime criticado por organizações como a Anistia Internacional e a Human Rights Watch pela falta de liberdade de expressão, pelas prisões arbitrárias ou discriminação contra mulheres e minorias sexuais.

O City Football Group (CFG), a 'holding' tentacular presente no capital de doze clubes dos cinco continentes, afirma não ser um instrumento de "soft power" mas um investimento pessoal do xeque Mansour. O mesmo Mansour que, em setembro de 2017, à frente do 'Conselho Estratégico do Soft Power dos Emirados' declarou: "nosso objetivo é ampliar a posição dos Emirados Árabes Unidos no mundo e no coração das pessoas". E o mesmo que, até a final deste sábado, não assistia a uma partida oficial do City desde a vitória por 3 a 0 sobre o Liverpool em 2010, o que mostra que não se trata de um torcedor apaixonado.

- Campeão em apenas quatro anos -

Nos esforços dos Emirados Árabes Unidos para diversificar suas fontes de renda e atrair a atenção de países ocidentais ou da China, o Manchester City certamente pesa pouco, mas a presidência foi confiada a Khaldoon Al Mubarak, líder do fundo soberano do emirado.

Abu Dhabi, pioneiro no futebol europeu em 2008, salvou da falência o Manchester City, então propriedade do ex-primeiro-ministro tailandês Thaksin Shinawatra, descrito na época como "um violador dos direitos humanos da pior espécie" pela Human Rights Watch.

O modelo do City foi posteriormente imitado pelo Catar em 2011 ao assumir o Paris Saint-Germain. E pela Arábia Saudita que tomou as rédeas do Newcastle em 2021.

A verdade é que a chegada dos emirados trouxe o Manchester City para outra dimensão. Era um clube muito popular, mas esportivamente no segundo escalão e à sombra do vizinho United. Mas tudo isso logo mudou.

Foi décimo na Premier League em 2009, quinto em 2010, terceiro em 2011 e em seu quarto ano com os emirados, o Manchester City se sagrou campeão inglês.

Nos últimos treze anos, os 'Sky Blues' terminaram doze vezes no pódio, conquistando sete títulos da Premier league, quatro deles nas últimas cinco temporadas. A isto se juntam três Copas da Inglaterra e seis Copas da Liga Inglesa.

Essa 'tomada de poder' foi feita com grandes investimentos desde 2008 e contratações chamativas como Robinho no início e, mais recentemente, o astro norueguês Erling Haaland.

- Uma fórmula madura -

Para completar sua visibilidade, Abu Dhabi não hesitou também em fazer enormes investimentos em projetos urbanísticos e habitacionais na cidade de Manchester.

Mas nas últimas cinco temporadas, os 'Citizens' ocuparam apenas o 16º lugar entre os clubes mais gastadores da Premier League, segundo dados do Centro Internacional de Estudos Esportivos de Neuchâtel (Suíça), publicados em fevereiro, que indicam que seu modelo parece ter atingido a maturidade.

Apesar das decepções até este sábado na Liga dos Campeões, o City tem dado sinais de estabilidade e não tem caído em crises nervosas como as do Paris Saint-Germain.

Com o diretor executivo Ferrán Soriano, o diretor esportivo Txiki Begiristain e, obviamente, o técnico Josep Guardiola, a espinha dorsal se manteve e a aposta finalmente deu certo. O previsível sucesso de um modelo controverso.

K.Dudek--TPP