The Prague Post - Copa do Mundo de Clubes, um risco para a igualdade no futebol da América Latina

EUR -
AED 4.241451
AFN 80.076356
ALL 98.400168
AMD 439.205208
ANG 2.066938
AOA 1057.907952
ARS 1365.09794
AUD 1.775655
AWG 2.078858
AZN 1.96742
BAM 1.960734
BBD 2.315366
BDT 140.132627
BGN 1.962119
BHD 0.435595
BIF 3414.139085
BMD 1.154921
BND 1.475176
BOB 7.924008
BRL 6.394913
BSD 1.146715
BTN 98.114895
BWP 15.35203
BYN 3.752808
BYR 22636.455958
BZD 2.303436
CAD 1.577085
CDF 3322.707691
CHF 0.94131
CLF 0.028113
CLP 1078.822976
CNY 8.307692
CNH 8.291445
COP 4826.854658
CRC 582.606416
CUC 1.154921
CUP 30.605412
CVE 110.543169
CZK 24.772021
DJF 204.2074
DKK 7.459613
DOP 67.654932
DZD 150.704782
EGP 57.408365
ERN 17.323818
ETB 156.49649
FJD 2.593664
FKP 0.851994
GBP 0.85135
GEL 3.164433
GGP 0.851994
GHS 11.811825
GIP 0.851994
GMD 81.422044
GNF 9936.347781
GTQ 8.812175
GYD 240.587493
HKD 9.064948
HNL 29.925117
HRK 7.540826
HTG 150.394962
HUF 400.99208
IDR 18735.247561
ILS 4.125916
IMP 0.851994
INR 98.863572
IQD 1502.232218
IRR 48622.183982
ISK 143.649285
JEP 0.851994
JMD 183.382575
JOD 0.818856
JPY 166.117521
KES 149.139244
KGS 100.997543
KHR 4601.779056
KMF 494.885884
KPW 1039.407955
KRW 1563.428877
KWD 0.353371
KYD 0.955638
KZT 584.059946
LAK 24751.713383
LBP 102748.132807
LKR 342.788523
LRD 229.349116
LSL 20.437297
LTL 3.410182
LVL 0.698601
LYD 6.26593
MAD 10.543248
MDL 19.775276
MGA 5193.338222
MKD 61.714496
MMK 2424.543995
MNT 4134.146537
MOP 9.27083
MRU 45.343242
MUR 52.537386
MVR 17.791587
MWK 2006.098664
MXN 21.879584
MYR 4.881269
MZN 73.857492
NAD 20.442969
NGN 1773.786062
NIO 42.197647
NOK 11.564659
NPR 156.994934
NZD 1.913388
OMR 0.444078
PAB 1.146685
PEN 4.196407
PGK 4.717033
PHP 64.319886
PKR 323.845836
PLN 4.263617
PYG 9150.183809
QAR 4.182324
RON 5.033128
RSD 117.282075
RUB 92.680218
RWF 1627.193263
SAR 4.3326
SBD 9.636525
SCR 16.695427
SDG 693.534938
SEK 10.961848
SGD 1.479396
SHP 0.907587
SLE 25.437121
SLL 24218.120819
SOS 655.388932
SRD 43.129952
STD 23904.537526
SVC 10.034598
SYP 15016.255
SZL 20.401043
THB 37.523157
TJS 11.467356
TMT 4.042224
TND 3.41359
TOP 2.704941
TRY 45.402754
TTD 7.783722
TWD 33.894743
TZS 2973.923249
UAH 47.602271
UGX 4112.383934
USD 1.154921
UYU 47.509965
UZS 14533.69817
VES 115.739507
VND 30068.374024
VUV 138.40074
WST 3.171994
XAF 657.651763
XAG 0.032153
XAU 0.000344
XCD 3.121233
XDR 0.817879
XOF 657.628928
XPF 119.331742
YER 281.050653
ZAR 20.629948
ZMK 10395.677883
ZMW 28.410985
ZWL 371.884162
Copa do Mundo de Clubes, um risco para a igualdade no futebol da América Latina
Copa do Mundo de Clubes, um risco para a igualdade no futebol da América Latina / foto: Mauro PIMENTEL - AFP/Arquivos

Copa do Mundo de Clubes, um risco para a igualdade no futebol da América Latina

Disputar a Copa do Mundo de Clubes de 2025 terá uma polpuda recompensa econômica, mas as premiações exorbitantes podem aprofundar as desigualdades na América Latina, onde a disparidade entre as equipes grandes e pequenas já é grande.

Tamanho do texto:

A Fifa se vangloria porque o inédito super torneio, que começará no próximo sábado (14), nos Estados Unidos, com a presença de 32 clubes de todo o mundo, distribuirá "uma premiação recorde": US$ 1 bilhão (R$ 5,5 bilhões na cotação atual).

O campeão receberá US$ 125 milhões (R$ 694,3 milhões), o equivalente a 38% do valor de mercado do elenco do Flamengo, o mais caro da América Latina, segundo o portal especializado Transfermarkt.

Nem o mais otimista, claro, aposta que o grande prêmio vai escapar das mãos de algum representante da Europa, alguns dos quais são financiados por ricos estados Árabes, como é o caso do Paris Saint-Germain e do Manchester City.

Mas a mera participação garante US$ 15,2 milhões (R$ 84,4 milhões) às equipes sul-americanas, um pouco menos do que o valor do elenco do Atlético Nacional, clube mais vitorioso da Colômbia, a quarta economia da América Latina.

Para os representantes da América do Norte, os mexicanos Pachuca, Monterrey e Cruz Azul, além do Inter Miami, do Seattle Sounders e do Los Angeles FC, o prêmio pela participação é de US$ 9,5 milhões (R$ 52,7 milhões).

A quantia é um pouco menor que o valor de transferência do jogador mais valioso do campeonato mexicano, o atacante Alexis Vega, do Toluca, segundo o Transfermarkt.

- "Recurso adicional" para investir -

As receitas dos participantes podem aumentar por cada vitória (US$ 2 milhões/R$ 11,1 milhões) ou empate (US$ 1 milhão/R$ 5,5 milhões) na fase de grupos e por casa classificação alcançada: US$ 7,5 milhões (R$ 41,6 milhões) por avançar às oitavas; US$ 13,125 milhões (aproximadamente R$ 73 milhões) às quartas, e US$ 21 milhões (R$ 116,6 milhões) à semifinal, segundo a Fifa.

O torneio "continua marcando uma lacuna de desigualdade que já existe e está se tornando cada vez maior", disse à AFP Christian Solano, autor do livro "El negocio del fútbol".

Solano destaca que, no caso sul-americano, os participantes serão os clubes tradicionalmente mais ricos, entre eles os argentinos River Plate e Boca Juniors e os brasileiros Flamengo e Palmeiras.

Brasil e Argentina, argumenta o autor, costumam dominar os torneios de clubes da região, por isso o desequilíbrio devido às novas receitas e a seus rivais terem um poder aquisitivo menor.

"São fundos importantes e também são um recurso adicional para um ano especial, que exige que esses fundos sejam investidos para disputar a competição", disse em fevereiro o presidente do River Plate, Jorge Brito, ao portal La Página Millonaria.

Para este ano, segundo a imprensa local, o River fez jus ao apelido de 'Milionário' e pagou mais de US$ 50 milhões (R$ 277,7 milhões) para repatriar jogadores campeões do mundo pela seleção argentina como Gonzalo Montiel e Germán Pezzella, entre outras contratações.

- "Internacionalizar" a marca -

Com o que for arrecadado no torneio da Fifa, os clubes latino-americanos podem investir em infraestrutura, incluindo as categorias de base, fontes milionárias de receita quando surge um novo talento.

"Como ajuda, é certamente algo muito importante, tanto no futebol como na situação financeira do clube em geral", disse recentemente à AFP o ex-atacante da seleção francesa David Trezeguet.

Uma boa campanha na Copa de Clubes ou uma estratégia de marketing bem-sucedida não só garante receitas consideráveis, mas também uma internacionalização da marca até mercados inexplorados, como o africano e o asiático.

"Se houver a oportunidade de ter um cara que vai aumentar a exposição da nossa marca, obviamente vamos tentar fazer", disse o presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, ao jornal O Globo.

A "dança dos milhões" que vem tomando conta dos grandes clubes da Argentina e do Brasil, no entanto, pode ser uma maçã envenenada.

Várias autoridades do futebol brasileiro, incluindo treinadores e presidentes de clubes, advertiram sobre a necessidade de impor um fair play financeiro e alertaram para os valores exorbitantes de salários e passes de jogadores.

Christian Solano afirma que existe uma "bolha" que pode estourar a qualquer momento devido ao aumento constante dos preços e à possível incapacidade dos clubes de acompanhar o ritmo do mercado.

"O excesso de competição (...) vai tornar isso [as transações multimilionárias no mundo do futebol] insustentável", ressalta. "Agora, tem a Copa de Clubes, a Liga das Nações... Será que os patrocinadores terão recursos para acompanhar esse ritmo?".

P.Benes--TPP