The Prague Post - 'Querem nos destruir': Kiev enfrenta maior ataque russo em meses

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'Querem nos destruir': Kiev enfrenta maior ataque russo em meses
'Querem nos destruir': Kiev enfrenta maior ataque russo em meses / foto: Tetiana DZHAFAROVA - AFP

'Querem nos destruir': Kiev enfrenta maior ataque russo em meses

Quando os mísseis russos caíram sobre Kiev na madrugada desta quinta-feira (24), no maior ataque de Moscou contra a capital ucraniana em meses, Anna Balamutova pegou seus filhos e correu para um abrigo. Agora, afirma que se salvaram por puro "milagre".

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Do lado de fora de sua casa, no distrito de Sviatyshynsky, em Kiev, os socorristas abrem passagem entre os escombros, enquanto uma mulher, sentada em um banquinho, acaricia um corpo estirado na grama, coberto por um lençol azul.

Segundo as autoridades, pelo menos oito pessoas morreram no ataque, para o qual o Moscou lançou 70 mísseis e 145 drones contra a Ucrânia.

Balamutova, que há tempos abandonou a cidade de Pavlogrado, mais a leste, por causa da guerra, afirma que sua família deve sorte de ter conseguido chegar a um abrigo próximo dali.

"Se morássemos mais longe, eu fisicamente não teria conseguido fazer isso com duas crianças.... Pegá-los no meio da noite e fugir" dos mísseis, diz a mulher de 36 anos.

"Foi simplesmente um milagre termos sido salvos, porque o alarme disparou e descemos imediatamente", acrescenta.

Segundo conta, correu com seus filhos, de 5 e 14 anos, enquanto as explosões ressoavam no fundo.

"As pessoas estavam correndo ensanguentadas, algumas estavam sendo carregadas, gritando, crianças, foi horrível.... Não tenho como explicar como isso pode acontecer no mundo moderno", diz.

A Ucrânia tem sido bombardeada incessantemente pela Rússia desde que Moscou invadiu o país em fevereiro de 2022, e o ataque desta quinta foi o último de vários bombardeios contra áreas civis nas últimas semanas.

As explosões também ocorreram horas depois de o presidente americano, Donald Trump, criticar seu par ucraniano, Volodimir Zelensky, por não aceitar ceder à Rússia a península da Crimeia, que Moscou anexou em 2014, como parte de um eventual acordo de paz.

Olena Davidiuk, que acordou com o barulho dos bombardeios, correu para o lado de fora quando "as janelas e portas começaram a cair".

"Por que a Rússia está fazendo isso? Bom, querem nos destruir, isso é tudo", afirma a advogada de 33 anos.

Para ela a Rússia "quer destruir os rapazes na frente, e nós na retaguarda".

Moscou diz que apontou contra alvos militares e que "os objetivos do bombardeios foram alcançados".

- Corpos na rua -

Enquanto os socorristas trabalham ente os restos de blocos de casas da época soviética, alguns vizinhos - a maioria idosos e também muitas famílias com crianças - permanecem sentados do lado de fora, em bancos.

Uma mulher, com sangue e ferimentos no rosto, segura seu cãozinho enquanto alerta um socorrista de que há alguém sob os escombros.

Tapado com um lençol branco, outro corpo está estirado na grama.

Não muito longe, um psicólogo atende uma mulher que tapa a boca com as mãos, chorando.

Segundo Volodimir Zelenski, mais de 80 pessoas ficaram feridas no ataque. Um balanço que pode aumentar, já que é possível que ainda exista pessoas sob os escombros, segundo as autoridades.

O presidente, que estava visitando a África do Sul no momento do ataque, disse nesta quinta-feira que interromperia sua viagem e retornaria a Kiev.

O prefeito da capital ucraniana, Vitali Klitshko, disse que 31 pessoas foram hospitalizadas, incluindo cinco crianças, e declarou um dia de luto na capital na sexta-feira.

Kiev foi atacada inúmeras vezes por Moscou desde o início da guerra, há mais de três anos, mas ataques com alto número de mortes são raros.

Balamutova disse que esperava que Kiev fosse um lugar mais seguro para sua família do que sua cidade natal, Pavlogrado, porque a capital “tem abrigos, pelo menos o metrô”.

"No final, em nenhum lugar você pode escapar da guerra. Não importa para onde você vá", diz ele.

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E.Cerny--TPP