

Cuba tem grande marcha de 1º de maio contra sanções dos EUA
Cuba celebrou este 1º de maio, Dia do Trabalho, com uma enorme marcha em frente ao Palácio da Revolução para reafirmar sua rejeição ao embargo dos Estados Unidos e sua "perversa campanha" contra as brigadas médicas cubanas.
É a primeira grande manifestação desde 2022, após protestos mais modestos pela escassez de combustível e problemas de transporte que afetam a ilha.
Com palavras de ordem como "Abaixo o bloqueio!", "Aqui ninguém se rende!" e "Viva Cuba livre!", o primeiro contingente, formado por médicos e enfermeiros, avançou diante do monumento a José Martí, onde o líder revolucionário Raúl Castro, de 93 anos, e o presidente Miguel Díaz-Canel saudavam os participantes.
Centenas de milhares de pessoas ocuparam uma importante avenida de Havana.
O líder do sindicato dos trabalhadores em Cuba, Ulises Guilarte, afirmou que, com o endurecimento das sanções, Washington busca "provocar carências, desestabilizar o país" e denunciou "a perversa campanha estadunidense contra os programas de colaboração médica" de Cuba.
O presidente americano Donald Trump revogou em janeiro a decisão de seu antecessor, Joe Biden, de retirar Cuba da lista de Estados patrocinadores do terrorismo e, em fevereiro, ampliou as restrições de vistos para responsáveis por contratar esses médicos. Segundo analistas, esses serviços representam a principal fonte de divisas para a ilha.
Sobre a situação trabalhista, Clara Madeline Martínez, uma professora de informática de 56 anos, assegurou que "sempre o cubano busca os meios para ensinar (...) Se não temos as condições de um laboratório, fazemos sob uma árvore de manga, mas a aula é dada e é dada com qualidade".
O salário médio em Cuba gira em torno de 5.000 pesos (42 dólares ou 238 reais).
T.Musil--TPP