

China nega que exige acesso a dados de usuários depois de UE impor multa ao TikTok
A China negou neste sábado (3) que exige que companhias como o TikTok entregue informações, um dia depois de a União Europeia impor uma multa milionária à rede social por proteção deficiente dos dados dos usuários europeus.
A China "nunca exigiu nem exigirá a empresas ou indivíduos que recolham ou armazenem dados por meios ilegais", declarou este sábado o Ministério de Relações Exteriores chinês.
Também pediu à União Europeia e à Irlanda, onde está a sede europeia do TikTok, que "proporcionem um entorno empresarial justo, equitativo e não discriminatório para as empresas de todos os países".
A autoridade irlandesa de proteção de dados (DPC) - que atua em nome da UE, já que a sede na Europa do TikTok está nesse país - multou na sexta-feira a rede social a pagar 530 milhões de euros (600 milhões de dólares) por transferir dados de usuários da Europa a China.
O regulador europeu afirmou que o "TikTok não abordou o possível acesso das autoridades chinesas aos dados pessoais (dos europeus) em virtude das leis chinesas".
O TikTok - cuja empresa matriz é a companhia chinesa ByteDance - anunciou que apelará da decisão.
A multa de sexta-feira é a segunda maior já imposta pela União Europeia após uma investigação sobre a legalidade das transferências de dados por parte do TikTok.
Muitos países temem que o governo chinês possa acessar os dados dos usuários e que a plataforma possa divulgar desinformação.
Vários países bloquearam a plataforma em alguns períodos, como Paquistão, Nepal e o território francês da Nova Caledônia.
Em 2025, o Congresso dos Estados Unidos aprovou uma lei que pedia que a ByteDance se desfizesse do controle do TikTok no país ou seria expulso.
O Congresso dos Estados Unidos aprovou uma lei em 2024 que exige que a ByteDance ceda o controle do TikTok a capitais americanos sob o risco de ser bloqueada.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, adiou duas vezes o prazo limite para a venda da rede social, que conta com 170 milhões de usuários americanos, e que vencerá em 19 de junho.
T.Kolar--TPP