The Prague Post - Extrema direita vira a segunda força no Parlamento de Portugal

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Extrema direita vira a segunda força no Parlamento de Portugal
Extrema direita vira a segunda força no Parlamento de Portugal / foto: Filipe Amorim - AFP

Extrema direita vira a segunda força no Parlamento de Portugal

O partido de extrema direita Chega tornou-se oficialmente a segunda maior força política de Portugal, ao superar o Partido Socialista nas eleições legislativas antecipadas de 18 de maio graças aos votos do exterior, segundo os resultados definitivos publicados na quarta-feira.

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O partido liderado por André Ventura havia empatado com 58 cadeiras com o Partido Socialista na apuração provisória, mas venceu em duas das quatro circunscrições no exterior, cujos resultados ainda não haviam sido publicados.

Com o resultado definitivo, o Chega obteve 22,76% dos votos e 60 cadeiras no Parlamento nas legislativas vencidas pela Aliança Democrática (AD, centro-direita) do primeiro-ministro Luis Montenegro.

A aliança de centro-direita venceu nas outras duas circunscrições do exterior e chegou a 91 deputados, muito distante dos 116 necessários para formar um governo.

"É uma grande vitória", disse o fundador e líder do Chega, André Ventura. "Marca uma mudança profunda no sistema político português", celebrou.

Com os resultados já publicados, Montenegro tentará formar um governo em minoria. O primeiro-ministro garantiu que não vai trabalhar com o Chega, embora Ventura insista que ele deve "romper" com os socialistas.

"Portugal se movimenta de maneira alinhada com a tendência europeia rumo a um voto de protesto e um sentimento contra o 'establishment'", afirmou Paula Espírito Santo, do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa.

- "Missão divina" -

O apoio à legenda de extrema direita aumentou a cada eleição desde que o partido foi fundado em 2019 por este ex-seminarista, que também foi comentarista de futebol na televisão.

Naquele ano, o Chega recebeu 1,3% dos votos nas eleições gerais, conquistando a primeira cadeira no Parlamento para um partido de extrema direita em Portugal desde a Revolução dos Cravos, que acabou, em 1974, com décadas de ditadura de direita.

Nas eleições gerais seguintes, em 2022, o Chega virou a terceira força parlamentar. E no ano passado, quadruplicou o número de cadeiras no Parlamento, com 50, e consolidou seu lugar no cenário político português.

A legenda propõe políticas como aplicar a castração química a pedófilos, limitar o acesso dos recém-chegados aos benefícios do Estado de bem-estar ou impor controles mais rigorosos à migração.

Ventura compareceu à cerimônia de posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em janeiro e recebeu apoio do ex-presidente de extrema direita brasileiro Jair Bolsonaro.

Ele fala de recuperar o respeito para a polícia e protestou nas ruas com o Movimento Zero, um grupo de policiais insatisfeitos com supostos vínculos extremistas que exigem salários e condições de trabalho melhores.

"Na política é necessário ser diferente. Eu queria ser diferente", disse uma vez Ventura, que assegura estar cumprindo uma "missão divina".

- "Mudança fundamental" -

Após a divulgação dos resultados preliminares na semana passada, o líder do Chega declarou que o Chega superaria o Partido Socialista.

"Nada será igual outra vez", gritou para seus seguidores, que cantavam "Portugal é nosso e sempre será".

A analista Paula Espírito Santo considera o resultado "uma mudança fundamental".

"Não podemos dizer que o Chega perderá espaço nos próximos anos... Parece mais que o Chega está aqui para permanecer por algum tempo", afirma.

Embora alguns de seus eleitores certamente "apoiem as soluções radicais e contra as elites" do partido, outros podem ter votado no Chega "devido à erosão dos partidos tradicionais".

O futuro do Partido Socialista, que governou o país até abril do ano passado, é "imprevisível", afirma a analista.

Seu líder, Pedro Nuno Santos, um economista de 48 anos, anunciou que deixaria o comando do partido após a publicação dos resultados iniciais.

Durante o governo socialista anterior, Portugal virou um dos países da Europa mais abertos aos migrantes. Entre 2017 e 2024, o número de residentes estrangeiros quadruplicou e agora representa 15% do total da população.

O presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, deve se reunir nesta quinta-feira com os líderes dos três principais partidos e nomear um novo primeiro-ministro.

R.Rous--TPP