The Prague Post - Sob críticas, ANP leiloa 19 blocos de petróleo na foz do Amazonas por R$ 844 milhões

EUR -
AED 4.298587
AFN 79.896722
ALL 97.290363
AMD 447.399374
ANG 2.094905
AOA 1073.330424
ARS 1519.860648
AUD 1.795917
AWG 2.107742
AZN 1.992538
BAM 1.956226
BBD 2.359994
BDT 142.010329
BGN 1.956029
BHD 0.441264
BIF 3485.629543
BMD 1.17048
BND 1.498614
BOB 8.076759
BRL 6.32516
BSD 1.168845
BTN 102.223395
BWP 15.642274
BYN 3.899316
BYR 22941.40764
BZD 2.347791
CAD 1.615707
CDF 3388.539825
CHF 0.943637
CLF 0.028765
CLP 1128.472421
CNY 8.406507
CNH 8.40723
COP 4718.216511
CRC 590.623618
CUC 1.17048
CUP 31.01772
CVE 110.289497
CZK 24.471342
DJF 208.143564
DKK 7.463291
DOP 71.945058
DZD 151.758198
EGP 56.534653
ERN 17.5572
ETB 164.619355
FJD 2.638025
FKP 0.863313
GBP 0.863188
GEL 3.148827
GGP 0.863313
GHS 12.681817
GIP 0.863313
GMD 84.908107
GNF 10134.121073
GTQ 8.964991
GYD 244.444295
HKD 9.160902
HNL 30.596404
HRK 7.533558
HTG 152.942011
HUF 394.747901
IDR 18947.027655
ILS 3.966932
IMP 0.863313
INR 102.301593
IQD 1531.120464
IRR 49291.885743
ISK 143.208308
JEP 0.863313
JMD 187.029145
JOD 0.829889
JPY 172.466709
KES 151.167876
KGS 102.275135
KHR 4681.979939
KMF 492.18837
KPW 1053.431983
KRW 1620.599475
KWD 0.357535
KYD 0.974004
KZT 633.142517
LAK 25298.403028
LBP 104668.907219
LKR 351.813635
LRD 234.349049
LSL 20.554778
LTL 3.456123
LVL 0.708012
LYD 6.321323
MAD 10.529794
MDL 19.490246
MGA 5200.088379
MKD 61.534473
MMK 2456.845352
MNT 4208.740114
MOP 9.419371
MRU 46.753786
MUR 53.232897
MVR 18.037555
MWK 2026.724194
MXN 21.93301
MYR 4.940642
MZN 74.787599
NAD 20.554602
NGN 1791.009604
NIO 43.009002
NOK 11.932482
NPR 163.557233
NZD 1.971252
OMR 0.450034
PAB 1.168855
PEN 4.166272
PGK 4.863018
PHP 66.786391
PKR 331.615207
PLN 4.2582
PYG 8559.791566
QAR 4.261447
RON 5.064316
RSD 117.166004
RUB 93.303586
RWF 1692.454231
SAR 4.39227
SBD 9.625762
SCR 17.256727
SDG 702.867751
SEK 11.181841
SGD 1.500668
SHP 0.919814
SLE 27.276359
SLL 24544.377599
SOS 667.9398
SRD 43.963588
STD 24226.57243
STN 24.505129
SVC 10.227141
SYP 15218.276003
SZL 20.548301
THB 37.98159
TJS 10.899381
TMT 4.108385
TND 3.416059
TOP 2.741382
TRY 47.873808
TTD 7.93066
TWD 35.09275
TZS 3051.169752
UAH 48.241397
UGX 4160.924205
USD 1.17048
UYU 46.760386
UZS 14706.077984
VES 158.565333
VND 30766.066318
VUV 139.464646
WST 3.237872
XAF 656.094321
XAG 0.030743
XAU 0.000349
XCD 3.163281
XCG 2.106541
XDR 0.815971
XOF 656.094321
XPF 119.331742
YER 281.237109
ZAR 20.581919
ZMK 10535.722215
ZMW 27.087669
ZWL 376.894077
Sob críticas, ANP leiloa 19 blocos de petróleo na foz do Amazonas por R$ 844 milhões
Sob críticas, ANP leiloa 19 blocos de petróleo na foz do Amazonas por R$ 844 milhões / foto: Mauro PIMENTEL - AFP

Sob críticas, ANP leiloa 19 blocos de petróleo na foz do Amazonas por R$ 844 milhões

A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) concedeu, nesta terça-feira (17), a exploração de 19 blocos petroleiros na foz do rio Amazonas a dois consórcios empresariais, em um leilão criticado por ambientalistas, enquanto o Brasil se prepara para sediar, em novembro, a COP30, a conferência climática da ONU.

Tamanho do texto:

Dezenove dos 47 blocos petroleiros localizados na bacia da foz do Amazonas foram arrematados por R$ 844 milhões por dois consórcios: um formado pela Petrobras e pela americana ExxonMobil, e outro pela também americana Chevron e pelo grupo estatal chinês CNPC.

Esta área de exploração em águas profundas no oceano Atlântico está situada perto da foz deste rio emblemático, que corta a maior floresta tropical do planeta, crucial na absorção dos gases de efeito estufa, responsáveis pelo aquecimento global.

Também chamada de "Margem Equatorial", esta área é considerada a "nova fronteira" energética no Brasil.

"É alarmante que mais de 40% dos blocos ofertados na Bacia da Foz do Amazonas tenham sido arrematados neste leilão da ANP", alertou Mariana Andrade, oceanógrafa e coordenadora da frente de Oceanos do Greenpeace Brasil, em um comunicado enviado à AFP.

Cerca de 30 empresas, entre elas as maiores do setor, como Shell, Equinor, ExxonMobil, Total e a Petrobras participam do leilão, realizado em um hotel na zona oeste do Rio de Janeiro.

Uma centena de manifestantes se concentrou desde cedo em frente ao local. Membros do coletivo Arayara, entre eles indígenas com cocares e vestimentas tradicionais, exibiram um cartaz com a frase: "Pare o Leilão do Juízo Final".

As empresas foram chamadas a apresentar ofertas para obter concessões de exploração de hidrocarbonetos em 172 blocos, a maioria offshore, que depois deverão passar pelos controles do Ibama, que concede as licenças para a operação efetiva.

As críticas dos ambientalistas se concentram sobretudo nos 47 blocos situados na bacia da foz do Amazonas.

Na última quinta-feira, o Ministério Público Federal havia pedido a suspensão do leilão, por considerar que o mesmo "representa uma grave violação de direitos fundamentais, de compromissos internacionais e da legislação ambiental brasileira", na ausência de "estudos prévios adequados" sobre o impacto da exploração de petróleo perto da foz do Amazonas.

- "Olhar para o passado" -

Enquanto isso, a Petrobras espera de uma licença do Ibama para iniciar um megaprojeto de exploração de petróleo na mesma área em um bloco cuja concessão obteve em 2013.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se mostrou favorável a este projeto, apesar das críticas dos ambientalistas, um paradoxo para o petista, que quer liderar a luta mundial contra o aquecimento global.

"A gente não pode prescindir porque é essa riqueza, se ela existir, que vai ajudar a gente a fazer a transição energética, que vai fazer a gente ter dinheiro para cuidar da nossa floresta", afirmou Lula em fevereiro.

"Temos que agir com muita responsabilidade. Eu não quero que a exploração de petróleo venha a causar qualquer dano ao meio ambiente", acrescentou.

O Brasil vai sediar, em novembro, a conferência da ONU sobre o clima em Belém do Pará, a COP30, a primeira realizada na Amazônia.

"O Brasil está perdendo uma oportunidade histórica de liderar a descarbonização e a proteção ambiental do planeta. Com olhar para o passado, o governo expõe cada vez mais a decisão já tomada de aumentar - e muito - a produção de petróleo no país", lamentou, em um comunicado, Suely Araújo, ex-presidente do Ibama e coordenadora do Observatório do Clima.

Maior produtor de petróleo da América Latina, o Brasil espera gerar 5,3 milhões de barris diários em 2030, frente a 4,68 milhões em abril deste ano, segundo dados oficiais.

B.Hornik--TPP