The Prague Post - Aumenta pressão sobre Alemanha por seu apoio inabalável a Israel

EUR -
AED 4.246991
AFN 76.739679
ALL 96.588263
AMD 442.346246
ANG 2.069702
AOA 1060.298826
ARS 1641.916877
AUD 1.768572
AWG 2.087066
AZN 1.963749
BAM 1.955562
BBD 2.328817
BDT 141.172845
BGN 1.956052
BHD 0.435839
BIF 3405.641967
BMD 1.156269
BND 1.506497
BOB 8.019026
BRL 6.126261
BSD 1.156259
BTN 102.492545
BWP 15.47312
BYN 3.941721
BYR 22662.882016
BZD 2.325417
CAD 1.620922
CDF 2485.97936
CHF 0.930444
CLF 0.02772
CLP 1087.436985
CNY 8.231888
CNH 8.234552
COP 4341.086613
CRC 580.529454
CUC 1.156269
CUP 30.641142
CVE 110.251602
CZK 24.287499
DJF 205.89498
DKK 7.467026
DOP 74.330967
DZD 150.874658
EGP 54.647956
ERN 17.344042
ETB 177.551924
FJD 2.634559
FKP 0.878883
GBP 0.877227
GEL 3.127687
GGP 0.878883
GHS 12.649463
GIP 0.878883
GMD 84.407751
GNF 10036.606752
GTQ 8.862923
GYD 241.900604
HKD 8.988434
HNL 30.421303
HRK 7.533441
HTG 151.380295
HUF 383.558294
IDR 19298.83156
ILS 3.740821
IMP 0.878883
INR 102.548674
IQD 1514.715932
IRR 48678.945307
ISK 146.209874
JEP 0.878883
JMD 186.107384
JOD 0.819809
JPY 178.109411
KES 149.32024
KGS 101.115423
KHR 4643.375501
KMF 486.789429
KPW 1040.64481
KRW 1684.60401
KWD 0.355044
KYD 0.963583
KZT 605.756389
LAK 25106.949014
LBP 103542.017615
LKR 351.597274
LRD 211.594287
LSL 19.871485
LTL 3.414163
LVL 0.699416
LYD 6.309233
MAD 10.704299
MDL 19.627615
MGA 5194.368782
MKD 61.522524
MMK 2427.805338
MNT 4140.137744
MOP 9.257475
MRU 45.91442
MUR 53.0261
MVR 17.812353
MWK 2004.956359
MXN 21.255026
MYR 4.809581
MZN 73.943556
NAD 19.871485
NGN 1660.86656
NIO 42.544094
NOK 11.701505
NPR 163.988072
NZD 2.048002
OMR 0.444584
PAB 1.156259
PEN 3.902526
PGK 4.881407
PHP 68.121654
PKR 326.928572
PLN 4.23443
PYG 8191.004632
QAR 4.214288
RON 5.08458
RSD 117.170788
RUB 93.947746
RWF 1680.595775
SAR 4.336754
SBD 9.516782
SCR 15.93034
SDG 694.337482
SEK 10.9941
SGD 1.505607
SHP 0.867502
SLE 26.823999
SLL 24246.392539
SOS 659.619843
SRD 44.512325
STD 23932.443956
STN 24.497023
SVC 10.116771
SYP 12784.686251
SZL 19.865586
THB 37.370371
TJS 10.712598
TMT 4.058506
TND 3.413385
TOP 2.708103
TRY 48.832984
TTD 7.843047
TWD 35.810853
TZS 2838.598837
UAH 48.618592
UGX 4058.506812
USD 1.156269
UYU 46.00441
UZS 13892.311812
VES 263.853769
VND 30409.887603
VUV 141.6645
WST 3.261708
XAF 655.877298
XAG 0.022895
XAU 0.000281
XCD 3.124876
XCG 2.083847
XDR 0.815701
XOF 655.877298
XPF 119.331742
YER 275.773609
ZAR 19.823616
ZMK 10407.810378
ZMW 26.159821
ZWL 372.318304
Aumenta pressão sobre Alemanha por seu apoio inabalável a Israel
Aumenta pressão sobre Alemanha por seu apoio inabalável a Israel / foto: RALF HIRSCHBERGER - AFP

Aumenta pressão sobre Alemanha por seu apoio inabalável a Israel

A pressão sobre a Alemanha para se juntar às medidas contra Israel pela guerra de Gaza continua aumentando, e isso desencadeou um intenso debate em um país que há décadas tenta expiar a culpa pelo Holocausto.

Tamanho do texto:

Berlim, um firme aliado de Israel, está cada vez mais isolada à medida que muitos de seus parceiros ocidentais - Reino Unido, França, Canadá, Austrália, Espanha - reconhecem a Palestina como Estado.

Embora esses países tenham condenado o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, que desencadeou a guerra em Gaza, muitos consideram que a resposta militar israelense é desproporcional e sem um fim à vista.

Nesta semana, todas as atenções estarão voltadas novamente para a Alemanha e para saber se ela se oporá aos planos da União Europeia de sancionar Israel por sua campanha na Faixa, que, segundo números do Ministério da Saúde de Gaza, considerados confiáveis pela ONU, resultou em mais de 65.000 mortos em quase dois anos de conflito.

"A Alemanha está sob pressão crescente de várias direções", ressalta Mariam Salehi, pesquisadora de política internacional na Universidade Livre de Berlim.

"Isso vem de parceiros políticos dentro da União Europeia (...), mas também da sociedade civil alemã", aponta.

Há muitos anos, questionar o apoio a Israel tem sido um tabu na Alemanha, devido à esmagadora lembrança do genocídio perpetrado pelo nazismo, que matou seis milhões de judeus europeus.

A ex-chanceler Angela Merkel descreveu a segurança nacional de Israel como parte do "Staatsräson" ("razão de Estado") da Alemanha, um princípio fundamental que deve prevalecer sobre considerações partidárias.

Por isso surpreendeu a mudança de rumo no mês passado por parte de seu ex-assessor de política externa e segurança, Christoph Heusgen.

Heusgen, que também foi embaixador da Alemanha na ONU, advertiu que Israel corre o risco de se tornar um "Estado de apartheid" se continuar com suas políticas em Gaza e na Cisjordânia ocupada, e pediu a Berlim que reconheça a Palestina como Estado.

- Divisão entre esquerda e direita -

À medida que a guerra em Gaza se prolonga, a Alemanha intensificou suas críticas a Israel pela situação humanitária na Faixa.

Em agosto, o chefe de governo Friedrich Merz anunciou que Berlim iria restringir a venda de armas a Israel.

Uma medida celebrada por muitos setores de esquerda, mas que gerou indignação na direita, especialmente na CSU, o partido irmão da CDU conservadora de Merz.

"Estamos alimentando uma narrativa de inversão entre perpetrador e vítima em Israel, o que, na minha opinião, não faz justiça à situação como um todo", declarou o especialista em política externa da CSU, Stefan Mayer.

Por sua vez, a influente Sociedade Germano-Israelense classificou a decisão como "uma vitória para o Hamas na guerra de propaganda global".

A Alemanha evitou até agora classificar a ofensiva israelense em Gaza como "genocídio", mesmo depois que uma investigação das Nações Unidas utilizou o termo.

Berlim também deixou claro que não tem planos de reconhecer um Estado palestino, diferentemente de França, Reino Unido, Austrália, Canadá e outros aliados ocidentais, que o fizeram.

Agora que a UE estuda restringir as relações comerciais com Israel e sancionar alguns ministros, há vozes na Alemanha que pedem ações mais concretas.

"A Alemanha está fazendo muito pouco para acabar com este inferno", disse o historiador Rene Wildangel, em referência ao discurso perante a Assembleia Geral da ONU do ministro das Relações Exteriores, Johann Wadephul, que se referiu a Gaza como "um inferno na terra".

Nos últimos meses, os protestos pró-palestinos se tornaram mais significativos, refletindo uma mudança na opinião pública.

No sábado, milhares de manifestantes marcharam pelas ruas de Berlim exigindo que Israel interrompa sua campanha militar em Gaza.

Segundo uma pesquisa da rádio pública ZDF, 76% dos eleitores consideram que a ação militar de Israel na Faixa de Gaza é injustificada.

Outra pesquisa da YouGov, publicada esta semana, mostra que 62% dos eleitores alemães consideram que as ações de Israel em Gaza constituem um genocídio.

F.Prochazka--TPP