The Prague Post - Ordem de Trump de realizar testes nucleares pode acentuar corrida armamentista

EUR -
AED 4.260554
AFN 76.557307
ALL 97.208665
AMD 443.856377
ANG 2.076294
AOA 1063.677072
ARS 1669.055616
AUD 1.772814
AWG 2.087915
AZN 1.976525
BAM 1.963226
BBD 2.338546
BDT 141.886711
BGN 1.967941
BHD 0.435001
BIF 3427.660292
BMD 1.159953
BND 1.510313
BOB 8.02335
BRL 6.236027
BSD 1.161092
BTN 102.933363
BWP 15.591979
BYN 3.957671
BYR 22735.073339
BZD 2.335233
CAD 1.630024
CDF 2598.294516
CHF 0.933958
CLF 0.027862
CLP 1093.000709
CNY 8.255852
CNH 8.261671
COP 4478.647054
CRC 582.30266
CUC 1.159953
CUP 30.738747
CVE 111.529911
CZK 24.471643
DJF 206.147254
DKK 7.508031
DOP 74.357474
DZD 150.779277
EGP 54.518128
ERN 17.399291
ETB 178.343185
FJD 2.651425
FKP 0.88232
GBP 0.881758
GEL 3.149318
GGP 0.88232
GHS 12.585939
GIP 0.88232
GMD 84.101039
GNF 10062.59027
GTQ 8.900668
GYD 242.918883
HKD 9.017415
HNL 30.449209
HRK 7.566028
HTG 151.874491
HUF 390.266543
IDR 19298.7714
ILS 3.773738
IMP 0.88232
INR 102.977413
IQD 1519.538065
IRR 48805.011161
ISK 145.586114
JEP 0.88232
JMD 186.35492
JOD 0.822452
JPY 178.620005
KES 149.870301
KGS 101.438311
KHR 4664.170299
KMF 494.140266
KPW 1043.946504
KRW 1657.42209
KWD 0.356013
KYD 0.96756
KZT 614.79557
LAK 25165.174695
LBP 103873.766605
LKR 353.497164
LRD 212.8557
LSL 20.044425
LTL 3.425039
LVL 0.701644
LYD 6.310584
MAD 10.739713
MDL 19.767775
MGA 5231.387176
MKD 61.668309
MMK 2435.270951
MNT 4162.303562
MOP 9.294458
MRU 46.49675
MUR 53.068276
MVR 17.751613
MWK 2014.262235
MXN 21.531163
MYR 4.857927
MZN 74.125305
NAD 20.04442
NGN 1678.637617
NIO 42.593901
NOK 11.741742
NPR 164.69298
NZD 2.029664
OMR 0.446077
PAB 1.161293
PEN 3.924165
PGK 4.885779
PHP 68.08115
PKR 325.835013
PLN 4.277396
PYG 8214.071142
QAR 4.223678
RON 5.119224
RSD 117.83294
RUB 93.250219
RWF 1681.35147
SAR 4.350206
SBD 9.554962
SCR 15.845096
SDG 697.715826
SEK 11.017487
SGD 1.507131
SHP 0.870265
SLE 26.876535
SLL 24323.628045
SOS 697.71581
SRD 44.669204
STD 24008.679397
STN 24.822988
SVC 10.15943
SYP 12827.101817
SZL 20.044411
THB 37.4785
TJS 10.693651
TMT 4.059835
TND 3.407366
TOP 2.71673
TRY 48.758733
TTD 7.863746
TWD 35.722836
TZS 2856.304743
UAH 48.664281
UGX 4044.298256
USD 1.159953
UYU 46.315195
UZS 13948.431862
VES 256.893396
VND 30524.155863
VUV 141.076234
WST 3.240968
XAF 658.447692
XAG 0.023818
XAU 0.00029
XCD 3.134831
XCG 2.092616
XDR 0.817635
XOF 654.21372
XPF 119.331742
YER 276.652887
ZAR 20.126491
ZMK 10440.970593
ZMW 25.689174
ZWL 373.504303
Ordem de Trump de realizar testes nucleares pode acentuar corrida armamentista
Ordem de Trump de realizar testes nucleares pode acentuar corrida armamentista / foto: ANDREW CABALLERO-REYNOLDS - AFP

Ordem de Trump de realizar testes nucleares pode acentuar corrida armamentista

Ao determinar a retomada dos testes nucleares, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, corre o risco de acentuar uma corrida armamentista que poderia beneficiar a China em um contexto de fragilidade dos esforços internacionais para o controle de armas, afirmam especialistas.

Tamanho do texto:

Trump surpreendeu o mundo ao anunciar essa iniciativa horas antes de se reunir com seu par chinês, Xi Jinping, na Coreia do Sul.

O dirigente republicano disse que Washington passaria a realizar testes de armas nucleares "em igualdade de condições" com Moscou e Pequim.

"Já estamos em meio a uma corrida armamentista tripartite entre Rússia, Estados Unidos e China", comentou William Hartung, do Quincy Institute for Responsible Statecraft, um think tank americano especializado em política externa.

"A retomada dos testes de ogivas nucleares agravaria esta situação instável, possivelmente de forma significativa", acrescentou.

Trump afirmou que os testes americanos começariam "imediatamente", o que gerou uma reação de reprovação tanto da China quanto da Rússia.

Pequim manifestou sua esperança de que Washington respeite suas obrigações em virtude do Tratado de Proibição Completa dos Testes Nucleares e "adote medidas concretas para salvaguardar o sistema mundial de desarmamento e não proliferação nuclear".

Moscou, que realizou testes recentes com armas de propulsão e capacidade nucleares — o míssil de cruzeiro Burevestnik e o drone submarino Poseidon —, insistiu em que essas ações não constituíam testes diretos de uma arma atômica.

— China se beneficiaria —

Mas parece que a Caixa de Pandora já foi aberta.

"Ao anunciar imprudentemente sua intenção de retomar os testes nucleares, Trump provocará uma forte oposição internacional que pode desencadear uma reação em cadeia de testes nucleares por parte de adversários dos Estados Unidos e fazer explodir o Tratado de Não Proliferação Nuclear", alertou em comunicado Daryl Kimball, diretor-executivo da Associação para o Controle de Armas.

Doreen Horschig, do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS, na sigla em inglês), disse, por sua vez, que "o único que se beneficiaria dos testes de ogivas nucleares seria a China, porque não realizou tantos como Rússia e Estados Unidos".

De acordo com especialistas, a China está desenvolvendo seu arsenal nuclear a um ritmo acelerado, mas está muito atrás de Estados Unidos e Rússia, as duas principais potências nucleares.

Em 2024, o Pentágono advertiu que a China estava avançando mais rápido que o previsto em matéria de armas nucleares, especialmente no desenvolvimento de ogivas operacionais.

No início de 2025, a China contava com cerca de 600 ogivas, segundo o Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (SIPRI, na sigla em inglês).

- 'Grande risco' -

Os esforços internacionais de controle de armas nucleares têm sofrido reveses.

O último acordo a respeito entre Washington e Moscou, conhecido como Novo START, que estabelecia um teto de 1.550 ogivas ofensivas estratégicas implantadas para cada uma das partes e incluía um mecanismo de verificação atualmente suspenso, vai expirar em fevereiro.

A Rússia propôs prorrogar o acordo por um ano, mas não mencionou nenhuma inspeção de arsenais.

"Me parece uma boa ideia", respondeu Trump ao ser questionado sobre o tema agora em outubro, mas o governo americano ainda não apresentou detalhes de seus planos.

"Estamos começando a trabalhar nesse tema", havia dito o dirigente americano em julho, indicando que "eliminar as restrições nucleares supõe um grande problema para o mundo".

Em 2019, os Estados Unidos se retiraram de um importante tratado de desarmamento de 1987 sobre forças nucleares de alcance intermediário.

Além da Coreia do Norte, nenhum Estado realizou oficialmente um teste nuclear em quase três décadas, mas países como os Estados Unidos testam regularmente seus sistemas de lançamento, como mísseis e aviões de combate.

Horschig declarou que, no que diz respeito às armas nucleares propriamente ditas, "agora tudo se realiza mediante testes computacionais".

"Os Estados Unidos estão muito à frente de Rússia e China quanto à quantidade de dados que possui sobre esse tema, assim que realmente não precisa disso por ora", disse o especialista do CSIS, em referência aos testes explosivos.

"Nenhum deles quer voltar a realizar testes, mas, como pensam que o outro está se preparando para isso, acabam fazendo. Esse é o grande risco que existe atualmente", destacou.

D.Kovar--TPP