The Prague Post - Hospital no norte de Gaza permanece em ruínas após retirada do Exército israelense

EUR -
AED 4.168164
AFN 81.122003
ALL 98.671748
AMD 442.507784
ANG 2.045256
AOA 1039.486014
ARS 1330.848211
AUD 1.773251
AWG 2.042657
AZN 1.926696
BAM 1.952865
BBD 2.290698
BDT 137.842863
BGN 1.955708
BHD 0.427723
BIF 3330.66653
BMD 1.13481
BND 1.482299
BOB 7.839358
BRL 6.442276
BSD 1.134515
BTN 95.879457
BWP 15.530935
BYN 3.712786
BYR 22242.270527
BZD 2.278916
CAD 1.565186
CDF 3260.308462
CHF 0.934079
CLF 0.028143
CLP 1079.987008
CNY 8.251598
CNH 8.245499
COP 4792.630546
CRC 573.048978
CUC 1.13481
CUP 30.072458
CVE 110.785823
CZK 24.956731
DJF 201.678683
DKK 7.46513
DOP 66.783843
DZD 150.490527
EGP 57.684641
ERN 17.022146
ETB 149.624398
FJD 2.563478
FKP 0.847022
GBP 0.850494
GEL 3.115014
GGP 0.847022
GHS 17.374125
GIP 0.847022
GMD 81.12789
GNF 9821.777978
GTQ 8.737025
GYD 238.076438
HKD 8.801323
HNL 29.306411
HRK 7.531772
HTG 148.219882
HUF 404.72981
IDR 18794.718596
ILS 4.130616
IMP 0.847022
INR 96.011541
IQD 1486.600734
IRR 47789.683388
ISK 145.68677
JEP 0.847022
JMD 179.600115
JOD 0.804804
JPY 162.176785
KES 146.956976
KGS 99.239097
KHR 4541.507987
KMF 490.521187
KPW 1021.285951
KRW 1617.325186
KWD 0.347728
KYD 0.945496
KZT 582.210503
LAK 24534.58653
LBP 101622.210291
LKR 339.615645
LRD 226.422901
LSL 21.061893
LTL 3.350798
LVL 0.686435
LYD 6.190405
MAD 10.510891
MDL 19.47408
MGA 5117.991652
MKD 61.511705
MMK 2382.410181
MNT 4054.992006
MOP 9.064638
MRU 45.0803
MUR 51.247972
MVR 17.478028
MWK 1970.029319
MXN 22.240501
MYR 4.896707
MZN 72.63943
NAD 21.061928
NGN 1819.134185
NIO 41.638687
NOK 11.795711
NPR 153.412255
NZD 1.911269
OMR 0.436821
PAB 1.134515
PEN 4.160783
PGK 4.57385
PHP 63.284908
PKR 318.938443
PLN 4.283884
PYG 9086.585797
QAR 4.132407
RON 4.977387
RSD 117.152104
RUB 93.053547
RWF 1608.025374
SAR 4.25663
SBD 9.488482
SCR 16.141929
SDG 681.459659
SEK 10.964112
SGD 1.481613
SHP 0.891782
SLE 25.81704
SLL 23796.374013
SOS 648.542066
SRD 41.814301
STD 23488.270048
SVC 9.926733
SYP 14754.126111
SZL 21.0621
THB 37.895855
TJS 11.957742
TMT 3.983182
TND 3.374952
TOP 2.657841
TRY 43.675756
TTD 7.684588
TWD 36.35647
TZS 3052.637913
UAH 47.063537
UGX 4155.901413
USD 1.13481
UYU 47.736584
UZS 14690.11156
VES 98.215637
VND 29510.726789
VUV 136.641768
WST 3.141606
XAF 654.984298
XAG 0.034741
XAU 0.000343
XCD 3.06688
XDR 0.813352
XOF 652.515286
XPF 119.331742
YER 278.085629
ZAR 21.093111
ZMK 10214.64531
ZMW 31.568119
ZWL 365.408267
Hospital no norte de Gaza permanece em ruínas após retirada do Exército israelense
Hospital no norte de Gaza permanece em ruínas após retirada do Exército israelense / foto: MAHMUD HAMS - AFP

Hospital no norte de Gaza permanece em ruínas após retirada do Exército israelense

Em meio ao que restou do hospital Kamal Adwan, no norte da Faixa de Gaza, um grupo de palestinos busca por corpos que ficaram presos nos escombros, enquanto um homem chora ao cobrir um cadáver antes de enterrá-lo.

Tamanho do texto:

Mahmud Asaf, de 50 anos, viajou de Jabaliya até Beit Lahiya, na região onde está localizado o hospital, para buscar duas crianças de sua família que ficaram hospitalizadas por dez dias após sofrerem queimaduras.

Ele encontrou um dos menores, Hadi, "paralisado, deitado de costas debaixo de algumas cadeiras". O menino parecia quase inconsciente e com queimaduras graves.

O Ministério da Saúde do Hamas, que governa Gaza desde 2007, afirmou que o Exército israelense lançou um ataque contra o hospital Kamal Adwan em 12 de dezembro e denunciou um cerco que durou vários dias e que os soldados cometeram um "massacre".

O Exército de Israel informou no sábado (16), que "encerrou suas operações na região do hospital Kamal Adwan" e acusou o movimento islamista palestino de ter utilizado a unidade de saúde como centro de controle e comando.

As autoridades israelenses indicaram que encontraram armas e que detiveram 80 membros do Hamas no centro médico, o último hospital público em operação no norte de Gaza.

Asaf contou que queria levar as crianças o mais rápido possível após a retirada do Exército, mas ficou chocado com a "destruição em massa" que testemunhou no local.

"Há pacientes por todos os lados. Não restou nada, não restou vida. As crianças têm queimaduras graves. Não tinham nada para comer ou beber e nenhum tratamento", relatou.

O Hamas acusou as forças israelenses de terem "disparado contra os quartos dos pacientes" e disse que prenderam profissionais de saúde e destruíram tendas de pessoas deslocadas que se abrigavam no complexo.

As tropas de Israel também atacaram outros centros de saúde em Gaza, incluindo o maior hospital do território palestino, Al Shifa, localizado na cidade de Gaza, enquanto acusavam o Hamas de esconder uma base militar no edifício, o que o grupo islamista nega.

- "Que matem a todos nós" -

Toda a infraestrutura de saúde da Faixa de Gaza foi atingida pelos bombardeios e pela operação terrestre lançada por Israel em resposta ao sangrento ataque sem precedentes do Hamas em 7 de outubro, em território israelense, que deixou quase 1.140 mortos, a maioria civis, segundo autoridades de Israel.

Do lado palestino, cerca de 19.453 pessoas morreram em Gaza, em sua maioria mulheres, crianças e adolescentes, de acordo com os últimos números divulgados pelo Hamas.

O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, expressou no domingo (17) a sua "consternação" pela destruição registrada no hospital Kamal Adwan, que resultou na morte de "pelo menos oito pacientes".

"Muitos pacientes tiveram que deixar o local por conta própria, arriscando sua saúde e segurança, já que as ambulâncias não conseguiram chegar até este estabelecimento", explicou, acrescentando que "vários morreram por falta de tratamento".

Abu Mohamed chegou ao local à procura do filho, mas ficou chorando nas portas que davam para o pátio.

"Demoliram o prédio. Mataram os médicos. Nem os médicos foram salvos. Não deixaram nada", lamentou este pai.

"Meu filho está aqui. Mas não sei como vou encontrá-lo", acrescentou, apontando para os escombros.

"Onde estão os países árabes?”, questionou o homem. "Eles estão nos matando desde 1948", disse, fazendo referência ao ano da fundação de Israel.

"Que matem todos nós pra que possamos descansar em vez de viver esta tortura", disse.

M.Jelinek--TPP