The Prague Post - Cortes de Trump são 'devastadores' para mulheres mais vulneráveis, diz ONU

EUR -
AED 4.232837
AFN 79.910198
ALL 98.195988
AMD 438.293857
ANG 2.062649
AOA 1055.712988
ARS 1362.290264
AUD 1.772979
AWG 2.074545
AZN 1.932
BAM 1.956665
BBD 2.310562
BDT 139.841852
BGN 1.957183
BHD 0.434602
BIF 3407.054747
BMD 1.152525
BND 1.472115
BOB 7.907566
BRL 6.381294
BSD 1.144336
BTN 97.911306
BWP 15.320175
BYN 3.745021
BYR 22589.48532
BZD 2.298657
CAD 1.573309
CDF 3315.813373
CHF 0.940846
CLF 0.028055
CLP 1076.585271
CNY 8.290459
CNH 8.275773
COP 4816.838937
CRC 581.397508
CUC 1.152525
CUP 30.541906
CVE 110.313792
CZK 24.780412
DJF 203.78367
DKK 7.459636
DOP 67.514548
DZD 151.0189
EGP 57.083974
ERN 17.287871
ETB 156.17176
FJD 2.58765
FKP 0.850226
GBP 0.849699
GEL 3.157586
GGP 0.850226
GHS 11.787316
GIP 0.850226
GMD 81.256566
GNF 9915.729863
GTQ 8.79389
GYD 240.088274
HKD 9.045222
HNL 29.863022
HRK 7.54316
HTG 150.082893
HUF 400.100132
IDR 18680.467088
ILS 4.070164
IMP 0.850226
INR 98.610593
IQD 1499.115087
IRR 48521.292184
ISK 143.59329
JEP 0.850226
JMD 183.002057
JOD 0.817177
JPY 165.70367
KES 149.254686
KGS 100.787914
KHR 4592.230366
KMF 493.85764
KPW 1037.251184
KRW 1564.471982
KWD 0.352603
KYD 0.953655
KZT 582.848022
LAK 24700.353587
LBP 102534.930468
LKR 342.077237
LRD 228.873216
LSL 20.403509
LTL 3.403106
LVL 0.697151
LYD 6.252928
MAD 10.521382
MDL 19.734242
MGA 5182.562047
MKD 61.521109
MMK 2419.513067
MNT 4125.568184
MOP 9.251593
MRU 45.249155
MUR 52.428264
MVR 17.754642
MWK 2001.935695
MXN 21.793195
MYR 4.869997
MZN 73.703527
NAD 20.398908
NGN 1769.056684
NIO 42.110087
NOK 11.559705
NPR 156.66917
NZD 1.908229
OMR 0.443154
PAB 1.144306
PEN 4.1877
PGK 4.707245
PHP 64.253835
PKR 323.173856
PLN 4.253781
PYG 9131.19718
QAR 4.173646
RON 5.02593
RSD 117.199113
RUB 91.619781
RWF 1623.816838
SAR 4.323087
SBD 9.616529
SCR 16.918703
SDG 692.091353
SEK 10.970716
SGD 1.476235
SHP 0.905704
SLE 25.384387
SLL 24167.868227
SOS 654.029
SRD 43.040461
STD 23854.935619
SVC 10.013777
SYP 14985.096276
SZL 20.358711
THB 37.357362
TJS 11.443561
TMT 4.033837
TND 3.406507
TOP 2.699322
TRY 45.146337
TTD 7.76757
TWD 33.927793
TZS 3013.852238
UAH 47.503496
UGX 4103.850739
USD 1.152525
UYU 47.411381
UZS 14503.540752
VES 115.499348
VND 29994.456911
VUV 138.113558
WST 3.165412
XAF 656.287136
XAG 0.031692
XAU 0.000342
XCD 3.114756
XDR 0.816182
XOF 656.264348
XPF 119.331742
YER 280.466655
ZAR 20.39022
ZMK 10374.108264
ZMW 28.352032
ZWL 371.112503
Cortes de Trump são 'devastadores' para mulheres mais vulneráveis, diz ONU
Cortes de Trump são 'devastadores' para mulheres mais vulneráveis, diz ONU / foto: Khalil MAZRAAWI - afp/AFP/Arquivos

Cortes de Trump são 'devastadores' para mulheres mais vulneráveis, diz ONU

O Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) já sofreu cortes no orçamento dos Estados Unidos anteriormente, mas desta vez o impacto das políticas de Donald Trump é mais "devastador" para a saúde reprodutiva em todo o mundo, disse a chefe do UNFPA, Natalia Kanem, em uma entrevista à AFP.

Tamanho do texto:

Desde que o Congresso americano aprovou a emenda Kemp-Kasten em 1985, todos os governos republicanos cortaram o financiamento do UNFPA, acusando a organização de promover abortos e esterilizações na China, uma acusação refutada pela agência da ONU especializada em saúde sexual e reprodutiva.

O segundo governo Trump não é exceção. "Da noite para o dia, congelaram mais de US$ 330 milhões (R$ 1,8 bilhão, na cotação atual) para projetos", especialmente em algumas das áreas mais difíceis do mundo, como o Afeganistão, explica a médica panamenha na entrevista por ocasião da publicação do relatório anual do UNFPA nesta terça-feira (10).

Kanem conta que no campo de refugiados sírios de Zaatari, na Jordânia, durante anos, parteiras "heroicas" atenderam cerca de 18.000 mulheres grávidas "sem que uma única mãe morresse no parto, o que é excepcional em uma situação de crise", diz.

Mas "estas maternidades fecharam" e, devido aos cortes financeiros, as parteiras "não podem mais fazer seu trabalho".

Embora o UNFPA ainda não possa calcular o impacto exato dos cortes americanos, eles, sem dúvida, provocarão um aumento da mortalidade materna e de gestações indesejadas.

"O que muda agora em nosso ecossistema é que isso afeta outros atores da saúde reprodutiva que poderiam ter nos substituído", mas que também estão "se recuperando do imenso impacto dos cortes de financiamento".

O governo Trump reduziu drasticamente os programas de ajuda externa. "A retirada dos Estados Unidos do financiamento do setor de saúde reprodutiva é devastadora", afirma.

- Desejo e direitos -

A política americana afeta o financiamento, mas também coloca em questão aspectos de igualdade de gênero.

"É claro que sempre haverá debates sobre a linguagem e os conceitos usados, mas não deve haver debate sobre o fato de que os direitos e as escolhas de mulheres e meninas adolescentes não são negociáveis", insiste Kanem.

"Nunca devemos comprometer nossos valores compartilhados, que fazem a diferença entre a vida e a morte para mulheres e meninas em todo o mundo.

Para a chefe da UNFPA, as mulheres "merecem ser apoiadas, as adolescentes merecem terminar a escola e não acabar grávidas, vendidas ou casadas" por suas famílias.

O relatório anual da organização divulgado nesta terça-feira, com base nos resultados de uma pesquisa da YouGov com 14.000 pessoas em 14 países cujas populações representam mais de um terço da população mundial, também expressa preocupação de que milhões de pessoas em todo o mundo não consigam criar a família que desejam.

Mais de 40% das pessoas com mais de 50 anos dizem que não tiveram o número de filhos que queriam (31% menos do que queriam, 12% mais).

Mais da metade dos entrevistados afirma que barreiras econômicas são determinantes em não ter mais filhos; por outro lado, um em cada cinco afirma ter sido pressionado a ter um filho. Uma em cada três adultas relata ter tido uma gravidez indesejada.

Com uma população de mais de oito bilhões de pessoas, embora cada vez mais países tenham taxas de natalidade historicamente baixas, as questões demográficas às vezes levam a posições "radicais", adverte Kanem.

Para ela, o mais importante são "os desejos reais, direitos e escolhas das mulheres". Escolhas que devem ser apoiadas por políticas públicas.

R.Krejci--TPP