The Prague Post - Os sons da Antártica: de 'naves espaciais' até cantos de baleias

EUR -
AED 4.301864
AFN 77.304586
ALL 96.517737
AMD 446.80677
ANG 2.097054
AOA 1074.059663
ARS 1697.492292
AUD 1.771626
AWG 2.111223
AZN 1.995818
BAM 1.956176
BBD 2.359253
BDT 143.253857
BGN 1.9558
BHD 0.441594
BIF 3466.974186
BMD 1.171275
BND 1.514291
BOB 8.094348
BRL 6.492265
BSD 1.171325
BTN 104.952479
BWP 16.476166
BYN 3.442662
BYR 22956.99123
BZD 2.355762
CAD 1.616588
CDF 2996.711839
CHF 0.931486
CLF 0.027176
CLP 1066.099144
CNY 8.24689
CNH 8.239059
COP 4470.756915
CRC 584.997425
CUC 1.171275
CUP 31.038789
CVE 110.627391
CZK 24.343828
DJF 208.159465
DKK 7.472037
DOP 73.326368
DZD 151.886312
EGP 55.741571
ERN 17.569126
ETB 181.669299
FJD 2.678125
FKP 0.874912
GBP 0.875669
GEL 3.144921
GGP 0.874912
GHS 13.446695
GIP 0.874912
GMD 85.503496
GNF 10173.695611
GTQ 8.975495
GYD 245.060812
HKD 9.114219
HNL 30.933829
HRK 7.533295
HTG 153.579511
HUF 386.389007
IDR 19560.293548
ILS 3.756338
IMP 0.874912
INR 104.913338
IQD 1534.370332
IRR 49310.680555
ISK 147.124312
JEP 0.874912
JMD 187.421213
JOD 0.83048
JPY 184.659132
KES 150.981808
KGS 102.428454
KHR 4697.984687
KMF 491.935937
KPW 1054.130511
KRW 1728.802402
KWD 0.359828
KYD 0.976188
KZT 606.160949
LAK 25358.105517
LBP 104887.682278
LKR 362.660397
LRD 207.608952
LSL 19.631017
LTL 3.458471
LVL 0.708493
LYD 6.348757
MAD 10.723069
MDL 19.830303
MGA 5300.020065
MKD 61.554215
MMK 2459.480707
MNT 4159.677582
MOP 9.388163
MRU 46.546915
MUR 54.054787
MVR 18.096643
MWK 2034.505188
MXN 21.115255
MYR 4.775334
MZN 74.848844
NAD 19.631012
NGN 1710.249437
NIO 42.990155
NOK 11.871346
NPR 167.923966
NZD 2.033866
OMR 0.450354
PAB 1.17128
PEN 3.942557
PGK 4.986163
PHP 68.630907
PKR 328.312735
PLN 4.205094
PYG 7858.20806
QAR 4.264657
RON 5.088141
RSD 117.378503
RUB 94.290908
RWF 1705.52772
SAR 4.393307
SBD 9.542084
SCR 17.714001
SDG 704.526256
SEK 10.855422
SGD 1.514319
SHP 0.87876
SLE 28.1696
SLL 24561.056721
SOS 669.387988
SRD 45.025575
STD 24243.029004
STN 24.948159
SVC 10.248707
SYP 12950.914092
SZL 19.631002
THB 36.792137
TJS 10.793798
TMT 4.099463
TND 3.414311
TOP 2.82015
TRY 50.133154
TTD 7.950324
TWD 36.907307
TZS 2922.331674
UAH 49.527817
UGX 4189.805079
USD 1.171275
UYU 45.988051
UZS 14078.726645
VES 330.486562
VND 30819.175089
VUV 142.192856
WST 3.267111
XAF 656.057857
XAG 0.017437
XAU 0.00027
XCD 3.16543
XCG 2.111052
XDR 0.814958
XOF 655.332606
XPF 119.331742
YER 279.236178
ZAR 19.647472
ZMK 10542.885293
ZMW 26.501414
ZWL 377.150092
Os sons da Antártica: de 'naves espaciais' até cantos de baleias
Os sons da Antártica: de 'naves espaciais' até cantos de baleias / foto: Juan BARRETO - AFP

Os sons da Antártica: de 'naves espaciais' até cantos de baleias

As profundezas da Antártica soam como "naves espaciais" e contam com uma variedade de zumbidos "impressionantes" que servem para estudar a vida marinha, segundo a cientista colombiana Andrea Bonilla, durante uma expedição ao limite do continente congelado.

Tamanho do texto:

No meio do imponente oceano coroado por blocos de gelo, no arquipélago das Ilhas Shetland do Sul, um hidrofone revestido de titânio e amarrado a uma boia é puxado pela bióloga da Universidade Cornell, em Nova York.

O dispositivo, que detecta ondas sonoras debaixo da água, permitirá compreender os padrões de comportamento dos mamíferos marinhos na área e seus deslocamentos durante o inverno do hemisfério sul - época em que a Antártica se torna quase inabitável. É uma espécie de armadilha fotográfica, mas para fins auditivos e para o ambiente aquático.

"Há espécies aqui que parecem impressionantes, literalmente como Star Wars (ndr, a saga do filme), parecem naves espaciais. Poucos ouvidos têm o privilégio de monitorar este tipo de espécies", disse à AFP a cientista de 32 anos, a bordo do navio "ARC Simón Bolívar" da Marinha da Colômbia.

Bonilla, que faz doutorado em acústica marinha, tem uma dupla tarefa ao lado de outros pesquisadores da expedição colombiana à Antártica: recolher os hidrofones deixados no ano passado por uma missão turca para análises posteriores e submergir novos dispositivos.

A pesquisa funcionará também como um medidor sobre o impacto nos mamíferos da atividade humana, da poluição ambiental e outros riscos aos quais estão expostos, apesar de habitarem um dos locais mais bem conservados do planeta.

- Cantos das baleias -

O grupo de pesquisadores observa uma baleia jubarte vindo à superfície em busca de ar, antes que o inverno a afaste em direção às águas mais quentes do oceano Pacífico.

"Meu primeiro encontro com uma baleia foi com ela cantando e acho que isso mudou minha vida", lembra Bonilla.

Após meses de alimentação na Península Antártica e no Estreito de Magalhães, no Chile, milhares dos grandes cetáceos partem para uma longa viagem até as águas quentes dos trópicos. Entre junho e outubro, reproduzem-se em um corredor marinho que vai do sul da Costa Rica ao norte do Peru.

No entanto, também "existem espécies que só estão aqui", explica a cientista. Por exemplo, as focas Weddel e leopardo, que emitem cantos agudos de diferentes tons - composições harmoniosas que fornecem informações sobre seus comportamentos.

Para Bonilla, "em um ambiente marinho o som é essencial". Ruídos ou perturbações auditivas podem afetar a comunicação das espécies ou impedir o desenvolvimento normal de atividades naturais, como a caça, acrescenta.

Durante a expedição, os cientistas instalaram três microfones - dois no Estreito de Bransfield e um na Passagem de Drake.

- Um ano sonoro -

Guiada pelas coordenadas estabelecidas, a equipe segue o rastro da boia que Bonilla deixou há um ano no mar.

Quando estiverem em um raio de cerca de 300 metros do ponto de localização, a cientista poderá começar a enviar sinais remotos ao hidrofone para localizá-lo por meio de uma caixa de comando. Submerso a cerca de 500 metros, o aparelho responde às ondas transmitidas por Bonilla e, depois, à ordem para se libertar da âncora presa e voltar para superfície.

A cientista diz estar "super emocionada porque foi a primeira vez que fizemos essa manobra nessas águas (...) Correu tudo muito bem" no procedimento que durou oito minutos.

Já em terra firme, a cientista colombiana analisará um ano de gravações que sobreviveram a riscos como perda do aparelho ou problemas técnicos.

A pesquisa tem um propósito para o futuro: "apoiar a proposta" promovida desde 2012 pelo Chile e pela Argentina para converter a Península Antártica em "uma área marinha protegida".

Bonilla trabalha com espectrogramas que representam visualmente as frequências sonoras. As suas descobertas serão utilizadas não apenas para monitorizar mamíferos marinhos, mas também para estudos geofísicos.

Os microfones captam frequências baixas, como terremotos e derretimento de gelo, até faixas médias e altas, que registram animais de diversos tamanhos.

Bonilla amarra um novo hidrofone em uma boia com uma bandeira vermelha fixada, para que possa reconhecê-lo no futuro. Os ajustes finais são feitos e depois... ele é atirado na água, até ser resgatado no ano que vem.

U.Pospisil--TPP