The Prague Post - Buraco negro supermaciço da Via Láctea talvez não seja tão destrutivo quanto se pensava

EUR -
AED 4.176437
AFN 80.755833
ALL 98.648486
AMD 442.139184
ANG 2.049303
AOA 1041.541772
ARS 1324.68065
AUD 1.777787
AWG 2.049541
AZN 1.933025
BAM 1.953772
BBD 2.277336
BDT 138.106667
BGN 1.954281
BHD 0.428557
BIF 3380.591472
BMD 1.137055
BND 1.489454
BOB 7.853814
BRL 6.400827
BSD 1.13663
BTN 96.815095
BWP 15.518031
BYN 3.719739
BYR 22286.276316
BZD 2.28323
CAD 1.5734
CDF 3272.443989
CHF 0.93841
CLF 0.028021
CLP 1075.301608
CNY 8.26582
CNH 8.259794
COP 4772.219474
CRC 574.618796
CUC 1.137055
CUP 30.131955
CVE 110.150197
CZK 24.923104
DJF 202.40993
DKK 7.465445
DOP 66.98225
DZD 150.667745
EGP 57.808781
ERN 17.055824
ETB 152.14983
FJD 2.570256
FKP 0.848698
GBP 0.850756
GEL 3.121201
GGP 0.848698
GHS 16.254059
GIP 0.848698
GMD 81.292118
GNF 9844.696158
GTQ 8.753876
GYD 238.511413
HKD 8.819163
HNL 29.496646
HRK 7.534812
HTG 148.725646
HUF 404.548197
IDR 18880.228321
ILS 4.130978
IMP 0.848698
INR 96.330153
IQD 1489.054593
IRR 47870.012032
ISK 146.112985
JEP 0.848698
JMD 180.054715
JOD 0.806515
JPY 162.557884
KES 147.024932
KGS 99.435329
KHR 4550.237544
KMF 491.491876
KPW 1023.30654
KRW 1616.574042
KWD 0.348451
KYD 0.947217
KZT 581.42657
LAK 24585.484096
LBP 101843.402408
LKR 340.486628
LRD 227.333064
LSL 21.09141
LTL 3.357427
LVL 0.687793
LYD 6.218546
MAD 10.543611
MDL 19.561698
MGA 5129.721262
MKD 61.514437
MMK 2387.123721
MNT 4063.014709
MOP 9.082374
MRU 44.999693
MUR 51.349716
MVR 17.5123
MWK 1970.971772
MXN 22.221294
MYR 4.907553
MZN 72.782808
NAD 21.09141
NGN 1822.73333
NIO 41.826591
NOK 11.768064
NPR 154.909315
NZD 1.919124
OMR 0.437768
PAB 1.136615
PEN 4.167275
PGK 4.709092
PHP 63.461878
PKR 319.314909
PLN 4.277447
PYG 9102.552968
QAR 4.143681
RON 4.977689
RSD 117.078491
RUB 92.896576
RWF 1624.827971
SAR 4.265049
SBD 9.507254
SCR 16.188589
SDG 682.796347
SEK 10.968924
SGD 1.484846
SHP 0.893547
SLE 25.868169
SLL 23843.454557
SOS 649.631497
SRD 41.900187
STD 23534.741016
SVC 9.945678
SYP 14783.316789
SZL 21.084303
THB 37.969652
TJS 12.002679
TMT 3.991063
TND 3.400056
TOP 2.663094
TRY 43.77866
TTD 7.711996
TWD 36.357785
TZS 3064.36292
UAH 47.221906
UGX 4165.658378
USD 1.137055
UYU 47.859277
UZS 14717.725293
VES 98.409954
VND 29569.11304
VUV 136.91211
WST 3.147822
XAF 655.282682
XAG 0.035124
XAU 0.000346
XCD 3.072948
XDR 0.814961
XOF 655.276925
XPF 119.331742
YER 278.635358
ZAR 21.176909
ZMK 10234.862539
ZMW 31.797999
ZWL 366.131218
Buraco negro supermaciço da Via Láctea talvez não seja tão destrutivo quanto se pensava
Buraco negro supermaciço da Via Láctea talvez não seja tão destrutivo quanto se pensava / foto: - - EUROPEAN SOUTHERN OBSERVATORY/AFP

Buraco negro supermaciço da Via Láctea talvez não seja tão destrutivo quanto se pensava

Uma equipe de cientistas descobriu o sistema estelar binário mais próximo já detectado ao redor do buraco negro supermaciço no centro da Via Láctea, o que sugere que não seja tão destrutivo quanto se pensava.

Tamanho do texto:

Os sistemas binários - duas estrelas que orbitam em torno de um centro de massas comum - são muito comuns e representam 50% das estrelas da Via Láctea.

Mas no centro desta galáxia, onde está o buraco negro supermaciço Sagitário A* (Sgr A*), estas estrelas podem ser contadas "nos dedos de uma mão": só foram detectados cinco sistemas duplos até hoje, explica à AFP Emma Bordier, astrofísica da Universidade de Colônia, na Alemanha, e coautora do estudo, publicado nesta terça-feira (17) na revista Nature Communications.

Esta região é considerada "uma das mais extremas" da galáxia devido à "imensa influência gravitacional do buraco negro supermaciço, que provoca órbitas estelares muito excêntricas e de grande velocidade, assim como forças de maré capazes de perturbar e destruir os potenciais sistemas binários", acrescenta a jovem pesquisadora.

A descoberta do sistema binário mostra que buracos negros deste tamanho "não são tão destrutivos" como se pensava, resumiu o principal autor do estudo, Florian Peissker (Universidade de Colônia), em um comunicado do Observatório Europeu Austral (ESO).

Batizado de D9, este sistema duplo se encontra no "cúmulo S", um grupo denso de estrelas e outros objetos em órbita ao redor de Sgr A*.

Durante seu itinerário, chega a se situar a apenas 0,03 parsec do buraco negro. A título de comparação, a Próxima Centauri, a estrela mais próxima do sol, está a 1,3 parsec, ou seja, aproximadamente 40 vezes mais longe que D9 de Sgr A*.

Os dados foram obtidos graças a dois espectrógrafos do Very Large Telescope (VLT).

Michal Zajacek, coautor do estudo e pesquisador da Universidade Masaryk, na República Tcheca, e da Universidade de Colônia, assinala que o sistema D9 "mostra sinais claros da presença de gás e poeira perto das estrelas".

Isto sugere "que poderia se tratar de um sistema estelar muito jovem, que deve ter se formado nas proximidades do buraco negro supermaciço", acrescenta.

A equipe de pesquisadores estima que D9 tenha apenas 2,7 milhões de anos, e a força gravitacional do buraco negro provavelmente fará com que se funda com uma única estrela em um milhão de anos.

- Possíveis planetas -

Esta juventude o torna ainda mais singular, pois os outros cinco sistemas duplos descobertos até agora são estrelas maciças - ou inclusive muito maciças - e mais evoluídas.

Os cientistas acreditavam que as condições extremas próximas de um buraco negro impediam a formação de novas estrelas e que as que se encontravam ali se formavam em regiões mais propícias, antes de migrar para o centro da galáxia.

No entanto, as observações têm demonstrado que esta região está "paradoxalmente povoada por estrelas jovens". A descoberta de uma jovem estrela binária "mostra mais uma vez que tudo é possível ao redor de um buraco negro supermaciço", ressalta Bordier.

Esta descoberta também lança nova luz sobre os "objetos G", os objetos mais misteriosos do cúmulo S, que se comportam como estrelas, mas parecem nuvens de gás e poeira.

A equipe sugere que poderiam ser uma combinação de estrelas de sistemas binários que ainda não se fundiram e materiais residuais de estrelas que já o fizeram.

A detecção de D9 também permite especular sobre a presença de planetas no centro galáctico, já que estes frequentemente se formam ao redor de estrelas jovens. "Parece plausível que a detecção de planetas no centro galáctico seja apenas uma questão de tempo", segundo Peissker.

B.Svoboda--TPP