The Prague Post - Sobreviventes de Auschwitz denunciam antissemitismo nos 80 anos de sua libertação

EUR -
AED 4.226172
AFN 80.553491
ALL 97.527176
AMD 440.223676
ANG 2.059843
AOA 1055.248764
ARS 1703.437327
AUD 1.7615
AWG 2.071371
AZN 1.959547
BAM 1.954164
BBD 2.31737
BDT 140.432453
BGN 1.953875
BHD 0.433794
BIF 3383.239616
BMD 1.150762
BND 1.500044
BOB 7.979356
BRL 6.164057
BSD 1.150537
BTN 102.075342
BWP 15.448137
BYN 3.922417
BYR 22554.930772
BZD 2.314063
CAD 1.61846
CDF 2600.721323
CHF 0.930938
CLF 0.027545
CLP 1080.59974
CNY 8.253609
CNH 8.203332
COP 4437.912782
CRC 577.316767
CUC 1.150762
CUP 30.495187
CVE 110.583639
CZK 24.331017
DJF 204.513219
DKK 7.46559
DOP 73.93622
DZD 150.548393
EGP 54.321132
ERN 17.261427
ETB 175.634986
FJD 2.61781
FKP 0.874991
GBP 0.876938
GEL 3.129725
GGP 0.874991
GHS 12.572063
GIP 0.874991
GMD 84.601234
GNF 10000.119877
GTQ 8.817658
GYD 240.718511
HKD 8.943807
HNL 30.323184
HRK 7.528971
HTG 150.643906
HUF 387.277755
IDR 19186.996288
ILS 3.745798
IMP 0.874991
INR 102.099785
IQD 1507.497924
IRR 48461.460337
ISK 145.3869
JEP 0.874991
JMD 184.685412
JOD 0.815956
JPY 177.626407
KES 148.677059
KGS 100.632956
KHR 4620.308651
KMF 490.224611
KPW 1035.685474
KRW 1649.478345
KWD 0.353422
KYD 0.958797
KZT 604.440931
LAK 24902.485111
LBP 103050.716982
LKR 350.286798
LRD 211.107419
LSL 20.310677
LTL 3.3979
LVL 0.696084
LYD 6.277418
MAD 10.713377
MDL 19.582694
MGA 5161.166604
MKD 61.453269
MMK 2416.383607
MNT 4126.845207
MOP 9.212089
MRU 46.076823
MUR 52.878045
MVR 17.7275
MWK 1998.87338
MXN 21.286452
MYR 4.83262
MZN 73.591306
NAD 20.311058
NGN 1659.893989
NIO 42.290459
NOK 11.65854
NPR 163.324292
NZD 2.018969
OMR 0.442465
PAB 1.150737
PEN 3.885547
PGK 4.846981
PHP 67.572855
PKR 324.802715
PLN 4.253664
PYG 8165.165485
QAR 4.189808
RON 5.084984
RSD 117.182329
RUB 93.210854
RWF 1668.029192
SAR 4.315732
SBD 9.471451
SCR 17.28974
SDG 691.041399
SEK 10.92776
SGD 1.502826
SHP 0.863369
SLE 25.949962
SLL 24130.89848
SOS 657.685269
SRD 44.650129
STD 23818.445345
STN 24.741378
SVC 10.067573
SYP 12723.692881
SZL 20.311058
THB 37.422376
TJS 10.61968
TMT 4.039174
TND 3.330017
TOP 2.695204
TRY 48.416121
TTD 7.792477
TWD 35.579365
TZS 2830.430933
UAH 48.385799
UGX 4003.666194
USD 1.150762
UYU 45.861612
UZS 13797.63414
VES 257.404928
VND 30278.8438
VUV 139.965519
WST 3.221645
XAF 655.411247
XAG 0.024015
XAU 0.000288
XCD 3.109991
XCG 2.073664
XDR 0.815603
XOF 655.365696
XPF 119.331742
YER 274.514631
ZAR 19.942903
ZMK 10358.249468
ZMW 25.629658
ZWL 370.544822
Sobreviventes de Auschwitz denunciam antissemitismo nos 80 anos de sua libertação
Sobreviventes de Auschwitz denunciam antissemitismo nos 80 anos de sua libertação / foto: Sergei GAPON - AFP

Sobreviventes de Auschwitz denunciam antissemitismo nos 80 anos de sua libertação

Vários dos sobreviventes de Auschwitz voltaram, nesta segunda-feira (27), ao campo de extermínio nazista e denunciaram o "grande aumento" do antissemitismo por ocasião dos 80 anos de libertação deste símbolo abominável do Holocausto.

Tamanho do texto:

Auschwitz foi o maior campo de extermínio construído pela Alemanha nazista. Um milhão de judeus e mais de 100 mil pessoas não judias morreram ali entre 1940 e 1945.

Meia centena de sobreviventes se posicionaram, nesta segunda, na entrada do campo de Auschwitz-Birkenau, ao lado do rei Charles III da Inglaterra; do presidente francês, Emmanuel Macron, e dezenas de outros dirigentes.

Marian Turski, Tova Friedman, Leon Weintraub e Janina Iwanska foram os escolhidos para falar sobre o que significou estar ali.

"Hoje estamos vendo um grande aumento do antissemitismo, embora tenha sido precisamente o antissemitismo que levou ao Holocausto", alertou Turski, de 98 anos, diante de um dos vagões de gado usados para transportar as vítimas para Auschwitz.

- "Antissemitismo galopante" -

Friedman, de 86 anos, denunciou uma realidade em que "nossos valores judaico-cristãos foram ofuscados em todo o mundo pelos preconceitos, o medo, a desconfiança e o extremismo, e o antissemitismo galopante que se espalha entre as nações".

Weintraub, um médico sueco de 99 anos, nascido na Polônia, condenou a proliferação dos movimentos de inspiração nazista na Europa.

O presidente do Conselho Judaico Mundial, Ronald Lauder, assinalou que os horrores de Auschwitz e o ataque do grupo islamista palestino Hamas a Israel, em 7 de outubro de 2023, foram inspirados no "ódio ancestral aos judeus".

"Hoje temos que nos comprometer a nunca nos calar diante do antissemitismo ou de qualquer outra forma de ódio", disse.

Alguns sobreviventes vestiam gorros e lenços listrados azuis e brancos, em alusão a seus antigos uniformes. Aos pés do muro, que tocaram silenciosamente com uma das mãos, acenderam velas em memória dos mortos.

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, que esteve entre os dirigentes presentes, disse que o mundo "deve se unir para impedir a vitória do mal", declarações interpretadas como uma alusão à Rússia.

Já o presidente russo, Vladimir Putin, prestou homenagem aos soldados soviéticos, que venceram "um mal terrível e total" ao libertar o campo, em mensagem publicada pelo Kremlin.

Esta será a última comemoração de uma década com um grupo tão grande de sobreviventes, lamentaram os organizadores.

"Todos sabemos que em dez anos não será possível ter um grupo tão grande para o 90º aniversário", disse Pawel Sawicki, porta-voz do museu de Auschwitz.

Com o falecimento de muitos dos sobreviventes do Holocausto, "a responsabilidade da memória recai muito mais sobre nós e as gerações futuras", declarou Charles III em visita ao centro judaico de Cracóvia.

- "Para que a História não nos esqueça" -

O campo foi construído em 1940 na cidade de Oswiecim, no sul da Polônia. Os nazistas trocaram seu nome para Auschwitz.

Os primeiros 728 prisioneiros políticos poloneses chegaram em 14 de junho naquele ano.

Em 17 de janeiro de 1945, diante do avanço das tropas soviéticas, os nazistas obrigaram 60 mil prisioneiros a caminhar para o oeste, no que ficou conhecido como a "Marcha da Morte".

Entre 21 e 26 de janeiro, os alemães destruíram as câmaras de gás e os crematórios e se retiraram antes da chegada dos soviéticos.

Quando as tropas do Exército vermelho chegaram, em 27 de janeiro, encontraram 7 mil sobreviventes.

Antes do aniversário, nesta segunda-feira, cerca de 40 sobreviventes dos campos nazistas falaram com a AFP.

Em 15 países, de Israel à Polônia, da Rússia à Argentina, do Canadá à África do Sul, os sobreviventes contaram suas histórias.

"Como o mundo pôde permitir Auschwitz?", questionou, no Chile, Marta Neuwirth, de 95 anos. Ela tinha 15 quando foi enviada da Hungria para Auschwitz.

Esther Senot, de 97 anos, voltou em dezembro a Birkenau com estudantes secundaristas franceses, durante o rigoroso inverno polonês.

Senot cumpriu, assim, com uma promessa feita em 1944 à sua irmã, Fanny, que prostrada e tossindo sangue, pediu-lhe com seu último suspiro: "Conte o que aconteceu conosco (...) para que a História não nos esqueça".

X.Vanek--TPP