The Prague Post - O que acontece com o corpo humano no espaço profundo?

EUR -
AED 4.228849
AFN 77.191523
ALL 96.888304
AMD 442.584583
ANG 2.061147
AOA 1055.916507
ARS 1665.342869
AUD 1.758193
AWG 2.072682
AZN 1.955456
BAM 1.956591
BBD 2.330642
BDT 141.405904
BGN 1.955802
BHD 0.434083
BIF 3395.686703
BMD 1.15149
BND 1.505228
BOB 7.996648
BRL 6.195827
BSD 1.157157
BTN 102.585448
BWP 15.539683
BYN 3.944259
BYR 22569.208628
BZD 2.32734
CAD 1.617211
CDF 2579.337789
CHF 0.929581
CLF 0.027831
CLP 1091.795859
CNY 8.195619
CNH 8.205001
COP 4469.762679
CRC 580.347077
CUC 1.15149
CUP 30.514491
CVE 110.311006
CZK 24.331564
DJF 206.061465
DKK 7.467754
DOP 74.352623
DZD 150.498633
EGP 54.407956
ERN 17.272354
ETB 178.276833
FJD 2.617108
FKP 0.875545
GBP 0.877148
GEL 3.126275
GGP 0.875545
GHS 12.613041
GIP 0.875545
GMD 83.485379
GNF 10044.450791
GTQ 8.8707
GYD 242.096763
HKD 8.95138
HNL 30.435768
HRK 7.533968
HTG 151.368387
HUF 387.291777
IDR 19238.00495
ILS 3.752765
IMP 0.875545
INR 102.206494
IQD 1515.912474
IRR 48448.952035
ISK 145.801746
JEP 0.875545
JMD 185.721811
JOD 0.816412
JPY 177.51546
KES 148.791042
KGS 100.697543
KHR 4639.935114
KMF 490.534765
KPW 1036.341089
KRW 1646.233726
KWD 0.353749
KYD 0.96429
KZT 612.712233
LAK 25017.890703
LBP 103681.289901
LKR 352.29928
LRD 212.055677
LSL 20.068434
LTL 3.400051
LVL 0.696525
LYD 6.312496
MAD 10.718589
MDL 19.700789
MGA 5197.032055
MKD 61.518869
MMK 2417.913241
MNT 4129.457607
MOP 9.262962
MRU 46.353527
MUR 52.910803
MVR 17.616406
MWK 2006.475826
MXN 21.328236
MYR 4.835685
MZN 73.577993
NAD 20.068434
NGN 1670.82382
NIO 42.587391
NOK 11.650085
NPR 164.133464
NZD 2.014081
OMR 0.442766
PAB 1.157368
PEN 3.914748
PGK 4.879035
PHP 67.770931
PKR 327.689534
PLN 4.254146
PYG 8186.236389
QAR 4.217959
RON 5.086019
RSD 117.219436
RUB 93.156001
RWF 1680.74988
SAR 4.318526
SBD 9.485253
SCR 17.107706
SDG 692.629081
SEK 10.934805
SGD 1.501152
SHP 0.863916
SLE 26.680008
SLL 24146.173965
SOS 661.35572
SRD 44.343317
STD 23833.523039
STN 24.510222
SVC 10.125091
SYP 12731.747309
SZL 20.064629
THB 37.411698
TJS 10.657506
TMT 4.030216
TND 3.417425
TOP 2.69691
TRY 48.427425
TTD 7.837098
TWD 35.543054
TZS 2846.600183
UAH 48.499163
UGX 4030.610984
USD 1.15149
UYU 46.159251
UZS 13891.491935
VES 255.019218
VND 30298.011093
VUV 140.05412
WST 3.223684
XAF 656.210731
XAG 0.023609
XAU 0.000287
XCD 3.11196
XCG 2.085543
XDR 0.816119
XOF 656.216432
XPF 119.331742
YER 274.62785
ZAR 19.928979
ZMK 10364.794813
ZMW 25.602344
ZWL 370.779386
O que acontece com o corpo humano no espaço profundo?
O que acontece com o corpo humano no espaço profundo? / foto: - - NASA/AFP/Arquivos

O que acontece com o corpo humano no espaço profundo?

Deterioração óssea e muscular, exposição à radiação e deficiência visual são apenas alguns dos desafios que os viajantes espaciais enfrentam em missões de longa duração, isso sem considerar o impacto psicológico do isolamento.

Tamanho do texto:

Os astronautas americanos Butch Wilmore e Suni Williams se preparam para voltar para casa após nove meses a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), e alguns dos riscos de saúde que eles enfrentam estão bem documentados e controlados, enquanto outros continuam a ser um mistério.

Esses perigos só aumentarão à medida que os seres humanos se aprofundarem cada vez mais no sistema solar, incluindo o planeta Marte, o que exige soluções inovadoras para garantir o futuro das missões de exploração espacial.

- Exercício é essencial -

Apesar da atenção midiática recebida por sua missão, a permanência de nove meses de Wilmore e Williams é "normal", afirmou Rihana Bokhari, professora adjunta do Centro de Medicina Espacial do Baylor College of Medicine.

As missões à ISS costumam durar seis meses, mas alguns astronautas permanecem até um ano e os pesquisadores confiam em sua capacidade de manter a saúde dos astronautas durante esse período.

A maioria das pessoas sabe que levantar pesos desenvolve músculos e fortalece os ossos, mas até mesmo os movimentos básicos na Terra cumprem em certa medida esse papel ao resistirem à gravidade, um elemento ausente em órbita.

Como contraponto, os astronautas utilizam três máquinas de exercício dentro da estação, incluindo um aparelho de resistência instalado em 2009, que simula pesos livres por meio de tubos de vácuo e cabos de volante.

Um treino diário de duas horas os mantém em forma. "O melhor resultado para demonstrar nossa eficácia é que não temos problemas de fraturas nos astronautas quando retornam à Terra", embora a perda óssea ainda seja detectável nas explorações, declarou Bokhari à AFP.

A alteração do equilíbrio corporal é outro problema, acrescentou Emmanuel Urquieta, vice-presidente de Medicina Aeroespacial da Universidade da Flórida Central.

"Isso acontece com todos os astronautas, até mesmo com os que vão ao espaço por apenas alguns dias", enquanto trabalham para recuperar a confiança em seu ouvido interno, explicou à AFP.

Os astronautas precisam retreinar seus corpos durante o programa de reabilitação pós-missão de 45 dias da Nasa, a agência especial americana.

Outro desafio é o "deslocamento de fluidos": a redistribuição de fluidos corporais para a cabeça em microgravidade. Isso pode aumentar os níveis de cálcio na urina, e assim o risco de cálculos renais.

Os movimentos dos fluidos também poderiam contribuir para um aumento da pressão intracraniana, alterando a forma do globo ocular e causando a síndrome neuro-ocular associada ao voo espacial (Sans), que provoca uma deficiência visual de leve a moderada. Outra teoria sugere que os níveis elevados de dióxido de carbono são sua causa.

Mas em pelo menos um caso, os efeitos foram benéficos.

"Tive um caso bastante grave de Sans. Quando decolamos, usava óculos e lentes de contato, mas devido ao achatamento do globo, agora tenho uma visão excelente: a cirurgia corretiva mais cara possível. Obrigado, contribuintes", brincou a astronauta da Nasa Jessica Meir antes do último lançamento.

- Gestão da radiação -

Os níveis de radiação a bordo da ISS são mais altos que na Terra, já que atravessa o cinturão de radiação de Van Allen, mas o campo magnético terrestre ainda proporciona uma proteção significativa.

A blindagem é crucial, já que a Nasa busca limitar o risco de câncer dos astronautas ao longo de sua vida a 3%.

No entanto, as missões à Lua e Marte proporcionarão aos astronautas uma exposição muito maior, explicou o astrofísico Siegfried Eggl.

As futuras sondas espaciais podem fornecer algum aviso sobre eventos de alta radiação, como as ejeções de massa coronal (nuvens de plasma provenientes do Sol), mas a radiação cósmica continua sendo imprevisível.

"A blindagem é melhor alcançada com materiais pesados como o chumbo ou a água, mas grandes quantidades são necessárias", disse Eggl, da Universidade de Illinois em Urbana-Champaign.

Como alternativa, uma espaçonave poderia usar uma potente aceleração e desaceleração que iguale a força da gravidade terrestre.

A futura produção de medicamentos e até mesmo terapias genéticas poderiam melhorar as defesas do organismo contra a radiação espacial. "Há muita pesquisa nesse campo", afirmou Urquieta.

Y.Havel--TPP