The Prague Post - O riso deixa os bonobos mais otimistas

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O riso deixa os bonobos mais otimistas
O riso deixa os bonobos mais otimistas / foto: Martin SURBECK - Kokolopori Bonobo Research Project/AFP

O riso deixa os bonobos mais otimistas

O riso ajuda os bonobos a verem o lado positivo da vida. Graças às vocalizações que fazem enquanto brincam, estes símios conseguem gerar emoções que influenciam em seu comportamento mútuo, sugere um estudo.

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"Sabe-se que as emoções influenciam uma ampla gama de funções cognitivas, como a memória, a atenção e a tomada de decisões", lembra, em declarações à AFP, Sasha Winkler, coautora do estudo publicado nesta quinta-feira (26) na revista Scientific Reports.

No entanto, as emoções positivas têm sido menos estudadas do que as negativas, como o medo, que "têm correlações comportamentais evidentes, como a imobilização ou a fuga, fáceis de observar e medir", assinala a pesquisadora em antropologia evolutiva da Universidade Duke, nos Estados Unidos.

Segundo esta especialista, este viés nas pesquisas também se deve à "reticência em atribuir emoções aos animais".

O riso é tradicionalmente considerado um traço exclusivo do ser humano.

No entanto, há muitas semelhanças entre ele e os sinais emitidos por outros animais durante as brincadeiras.

Os grandes símios produzem vocalizações parecidas ao riso quando recebem cócegas ou durante brincadeiras bruscas, assim como as nossas crianças.

Estas vocalizações compartilham uma origem evolutiva comum com o riso humano e os cientistas acreditam que sirvam para reduzir o risco de que a brincadeira seja interpretada como uma agressão.

Ao invés disto, seriam o veículo de um contágio emocional, um processo pelo qual sinais emocionais emitidos por um indivíduo desencadeiam estados similares em outros.

Para verificar a influência do riso, as autoras do estudo fizeram um experimento com bonobos do centro de estudo e conservação Ape Cognition and Conservation Initiative, em Des Moines, nos Estados Unidos.

- Empatia -

Este experimento exigiu ensaios durante dois a quatro meses.

"Uma das principais dificuldades era que os bonobos só participavam se assim o desejassem: podiam escolher se separar voluntariamente de seu grupo para participar das sessões em outra sala", relata Winkler.

Mali, uma bonobo fêmea de 14 anos; e Teco, Nyota e Kanzi, três machos de 12, 24 e 41 anos, respectivamente, primeiro se familiarizaram com uma caixa preta que continha comida e uma caixa branca vazia.

As pesquisadoras os ensinaram a afastar a caixa branca, que não tinha recompensas.

Em seguida, acrescentaram ao acaso três caixas de cores ambíguas, do cinza-claro ao cinza-escuro, que só continham comida em metade dos casos.

Em alguns testes, emitiram gravações de risos de bonobos, enquanto que em outros só reproduziram o som do vento.

Os bonobos se aproximaram da caixa preta em 93% dos casos e da caixa branca em apenas 1%.

Quando deparados com as caixas cinzas, eles se aproximavam mais frequentemente das caixas escuras do que das claras. Mas tinham três vezes mais chances de checar as caixas cinzas quando ouviam risos.

"Tendiam a se comportar de forma mais otimista", resumem as autoras.

Estes resultados apoiam a teoria segundo a qual os sinais comunicativos "evoluíram principalmente para modificar o comportamento dos receptores, influindo em seus estados afetivos, mais do que para transmitir informação precisa", afirma Winkler.

"O simples fato de que ouvir um riso, sem nenhum contexto visual ou social, influencie a tomada de decisões dos bonobos mostra até que ponto estes efeitos emocionais podem ser amplos", acrescenta.

O contágio emocional é considerado um componente essencial da empatia, que desempenha um papel "importante na evolução dos comportamentos pró-sociais, permitindo a cooperação em larga escala, que se observa nas sociedades humanas", continua a antropóloga.

"Compreender em que momento nossos ancestrais comuns com os outros grandes símios desenvolveram estes aspectos da empatia tem implicações importantes para compreender melhor nossa própria sociabilidade", ressalta.

L.Bartos--TPP