The Prague Post - Aquecimento do Ártico pode prejudicar reprodução de esquilos

EUR -
AED 4.247186
AFN 75.752119
ALL 92.229833
AMD 442.609442
ANG 2.070085
AOA 1060.495823
ARS 1664.751063
AUD 1.765325
AWG 2.084562
AZN 1.96211
BAM 1.951242
BBD 2.330456
BDT 141.399716
BGN 1.955105
BHD 0.435998
BIF 3423.191643
BMD 1.156484
BND 1.504193
BOB 7.995186
BRL 6.219101
BSD 1.157097
BTN 102.541708
BWP 15.505514
BYN 3.944104
BYR 22667.079801
BZD 2.327124
CAD 1.617302
CDF 2590.523618
CHF 0.928234
CLF 0.02778
CLP 1089.800422
CNY 8.22335
CNH 8.225519
COP 4464.258237
CRC 581.142556
CUC 1.156484
CUP 30.646817
CVE 110.617353
CZK 24.339936
DJF 205.530269
DKK 7.466802
DOP 74.127063
DZD 150.475839
EGP 54.621766
ERN 17.347255
ETB 177.953875
FJD 2.623656
FKP 0.873343
GBP 0.879361
GEL 3.1341
GGP 0.873343
GHS 12.548307
GIP 0.873343
GMD 83.842174
GNF 10032.49618
GTQ 8.867326
GYD 242.070381
HKD 8.986074
HNL 30.380792
HRK 7.533563
HTG 151.406342
HUF 388.34201
IDR 19255.163873
ILS 3.762787
IMP 0.873343
INR 102.503021
IQD 1514.993599
IRR 48659.049852
ISK 144.860757
JEP 0.873343
JMD 184.918065
JOD 0.819928
JPY 178.252876
KES 149.41871
KGS 101.134357
KHR 4650.220584
KMF 489.193151
KPW 1040.853295
KRW 1655.761213
KWD 0.354891
KYD 0.964231
KZT 613.665975
LAK 25095.695627
LBP 103563.111899
LKR 351.998012
LRD 212.156794
LSL 19.787681
LTL 3.414796
LVL 0.699545
LYD 6.285539
MAD 10.658734
MDL 19.640783
MGA 5221.524014
MKD 61.594956
MMK 2427.752737
MNT 4167.596484
MOP 9.257416
MRU 46.357592
MUR 52.65504
MVR 17.697547
MWK 2008.228091
MXN 21.419257
MYR 4.854338
MZN 73.905761
NAD 19.787641
NGN 1678.705601
NIO 42.501035
NOK 11.621851
NPR 164.066932
NZD 2.013587
OMR 0.444666
PAB 1.157277
PEN 3.921062
PGK 4.897997
PHP 68.037105
PKR 324.914176
PLN 4.244653
PYG 8193.860623
QAR 4.210766
RON 5.084481
RSD 117.204975
RUB 92.462494
RWF 1677.479554
SAR 4.337139
SBD 9.518545
SCR 16.977017
SDG 695.619707
SEK 10.913106
SGD 1.503909
SHP 0.867662
SLE 26.772227
SLL 24250.883633
SOS 695.635878
SRD 44.819541
STD 23936.876899
STN 24.690926
SVC 10.124351
SYP 12786.986394
SZL 19.787524
THB 37.425545
TJS 10.650738
TMT 4.047693
TND 3.395449
TOP 2.708598
TRY 48.539637
TTD 7.833668
TWD 35.515555
TZS 2844.786746
UAH 48.56097
UGX 4025.596934
USD 1.156484
UYU 46.162174
UZS 13883.586088
VES 253.676253
VND 30450.214855
VUV 140.694854
WST 3.226811
XAF 654.431196
XAG 0.023725
XAU 0.000289
XCD 3.125455
XCG 2.085293
XDR 0.810055
XOF 651.674176
XPF 119.331742
YER 275.823907
ZAR 19.982477
ZMK 10409.74147
ZMW 25.541897
ZWL 372.387268
Aquecimento do Ártico pode prejudicar reprodução de esquilos
Aquecimento do Ártico pode prejudicar reprodução de esquilos / foto: Emily Mesner - US National Park Service/AFP

Aquecimento do Ártico pode prejudicar reprodução de esquilos

Quando o rigoroso inverno do Alasca se instala, os esquilos-do-ártico cavam profundamente o solo para começar um período de hibernação de oito meses. Só emergem novamente na primavera, famintos e ansiosos para se reproduzir.

Tamanho do texto:

Cientistas descobriram, porém, uma nova e surpreendente consequência das mudanças climáticas: à medida que as temperaturas aumentam, as fêmeas dessa espécie têm gradualmente avançado a data de retorno à superfície, agora 10 dias mais cedo do que há 25 anos.

Por outro lado, os machos não estão terminando seu sono profundo mais cedo, o que poderia em breve trazer problemas para o processo de reprodução dessas criaturas, segundo um artigo publicado nesta quinta-feira (25) na revista Science.

Anteriormente, os machos terminavam a hibernação um mês antes das fêmeas, permitindo tempo suficiente para seus testículos, que encolhem a cada outono, se regenerarem e descerem, em um ciclo anual de puberdade. Mas esse intervalo está diminuindo.

"Se isso continuar, esperamos começar a ver fêmeas emergindo prontas para acasalar com machos antes que esses machos estejam de fato totalmente maduros para a reprodução", disse à AFP um dos autores, Cory Williams, biólogo da Colorado State University.

- Adaptações únicas -

Como muitos animais árticos, os esquilos-do-ártico desenvolveram adaptações únicas para o inverno extremo.

Hibernam por cerca de oito meses ao ano, em buracos de aproximadamente um metro de profundidade nas margens arenosas dos rios, logo acima do permafrost da tundra.

Durante esse período, sua temperatura corporal cai de cerca de 37 °C para quase -3 °C, a mais baixa em qualquer mamífero, diminuindo drasticamente suas funções cerebrais, pulmonares, cardíacas e de outros órgãos, em um estado chamado "torpor".

A equipe por trás do estudo usou dados de longo prazo sobre as temperaturas do ar e do solo em dois locais e de 199 esquilos no mesmo período.

Foi detectado um aumento significativo na temperatura ambiente, como esperado para uma região conhecida por estar aquecendo quatro vezes mais que a média global devido às mudanças climáticas.

"Também observamos uma mudança no ciclo de congelamento e descongelamento do solo. Agora, o solo está congelando mais tarde e descongelando mais cedo", acrescentou Williams.

Isso teve dois efeitos nos animais. Embora tenham entrado em hibernação ao mesmo tempo, o momento em que sua temperatura corporal central caiu abaixo de 0 °C foi atrasado, o que, por sua vez, atrasou a data em que precisam gerar calor para evitar a morte dos tecidos durante o torpor.

E as fêmeas encerraram a hibernação mais cedo, acompanhando o degelo precoce da primavera.

A razão exata pela qual esse segundo efeito afeta apenas as fêmeas não está confirmada, mas os pesquisadores têm teorias.

Nos machos, os níveis crescentes de testosterona conforme se preparam para se reproduzir parecem forçar o fim da hibernação em um ponto fixo, enquanto as fêmeas parecem ser mais sensíveis às condições ambientais.

- Impactos em cascata -

A vantagem dessa hibernação reduzida é que as fêmeas voltam com mais massa e podem começar antes a coletar recursos - o que pode resultar em ninhadas mais saudáveis e melhores taxas de sobrevivência.

Por outro lado, ficam expostas aos predadores por mais tempo, além da iminente alteração nas interações sexuais.

Também pode haver impactos em cascata na cadeia alimentar, se os predadores dos esquilos se adaptarem à disponibilidade antecipada de presas.

Ainda é cedo para dizer quais poderiam ser os impactos gerais.

O que é impressionante é a prova concreta de que o clima afeta diretamente um ecossistema em um período relativamente curto de tempo, destacou a autora Helen Chmura, pesquisadora do Serviço Florestal do Departamento de Agricultura dos EUA.

"Temos um conjunto de dados de 25 anos, que é um prazo bastante longo para a ciência, mas um período curto de tempo em termos de ecologia", disse ela à AFP.

T.Musil--TPP