The Prague Post - 2023 provavelmente será o ano mais quente da história

EUR -
AED 4.243696
AFN 80.258891
ALL 97.948647
AMD 440.593913
ANG 2.06797
AOA 1058.469196
ARS 1362.809772
AUD 1.778292
AWG 2.08285
AZN 1.957567
BAM 1.955773
BBD 2.322868
BDT 140.588058
BGN 1.960517
BHD 0.433994
BIF 3425.452676
BMD 1.155534
BND 1.47758
BOB 7.94989
BRL 6.406165
BSD 1.150484
BTN 98.998632
BWP 15.463786
BYN 3.764948
BYR 22648.467101
BZD 2.310968
CAD 1.569967
CDF 3324.471691
CHF 0.938799
CLF 0.027885
CLP 1070.055217
CNY 8.298581
CNH 8.305233
COP 4778.73398
CRC 579.891989
CUC 1.155534
CUP 30.621652
CVE 110.263477
CZK 24.845025
DJF 204.86717
DKK 7.461297
DOP 67.949061
DZD 150.258924
EGP 57.439206
ERN 17.333011
ETB 155.208756
FJD 2.59793
FKP 0.851376
GBP 0.852447
GEL 3.166303
GGP 0.851376
GHS 11.849836
GIP 0.851376
GMD 81.46098
GNF 9968.862276
GTQ 8.840878
GYD 240.696675
HKD 9.070362
HNL 30.026585
HRK 7.537199
HTG 150.877916
HUF 402.709348
IDR 18834.395909
ILS 4.183497
IMP 0.851376
INR 99.589122
IQD 1507.079179
IRR 48647.983172
ISK 144.036973
JEP 0.851376
JMD 184.197455
JOD 0.819266
JPY 166.407259
KES 148.637946
KGS 101.051102
KHR 4612.93627
KMF 492.830515
KPW 1039.980625
KRW 1579.776656
KWD 0.353848
KYD 0.958687
KZT 590.091848
LAK 24822.657064
LBP 103081.175886
LKR 344.475241
LRD 230.096821
LSL 20.704314
LTL 3.411992
LVL 0.698971
LYD 6.285913
MAD 10.518955
MDL 19.701728
MGA 5194.92823
MKD 61.53415
MMK 2426.27787
MNT 4138.783138
MOP 9.301072
MRU 45.673369
MUR 52.588278
MVR 17.801033
MWK 1994.87244
MXN 21.898236
MYR 4.905816
MZN 73.8961
NAD 20.704314
NGN 1782.34178
NIO 42.339415
NOK 11.45458
NPR 158.397812
NZD 1.921359
OMR 0.444024
PAB 1.150484
PEN 4.152543
PGK 4.805934
PHP 64.813993
PKR 326.155194
PLN 4.27353
PYG 9179.873176
QAR 4.196742
RON 5.027151
RSD 117.198381
RUB 92.187426
RWF 1661.277049
SAR 4.337405
SBD 9.645694
SCR 16.420125
SDG 693.890859
SEK 10.959079
SGD 1.481279
SHP 0.908068
SLE 25.479415
SLL 24230.975197
SOS 657.490916
SRD 43.364844
STD 23917.221526
SVC 10.066861
SYP 15024.083287
SZL 20.690714
THB 37.445111
TJS 11.619639
TMT 4.044369
TND 3.404153
TOP 2.706381
TRY 45.531831
TTD 7.801892
TWD 34.110938
TZS 2973.958913
UAH 47.721141
UGX 4145.942722
USD 1.155534
UYU 47.299347
UZS 14617.798048
VES 118.057478
VND 30130.549983
VUV 137.626609
WST 3.026559
XAF 655.947938
XAG 0.031814
XAU 0.000336
XCD 3.122888
XDR 0.815789
XOF 655.947938
XPF 119.331742
YER 281.199342
ZAR 20.770733
ZMK 10401.193158
ZMW 27.812616
ZWL 372.081488
2023 provavelmente será o ano mais quente da história
2023 provavelmente será o ano mais quente da história / foto: Patrick T. Fallon - AFP/Arquivos

2023 provavelmente será o ano mais quente da história

As temperaturas médias mundiais durante os três meses do verão no hemisfério norte (junho-julho-agosto) foram as mais elevadas já registradas, anunciou nesta quarta-feira (6) o observatório europeu Copernicus, para o qual 2023 provavelmente será o ano mais quente da história.

Tamanho do texto:

"O colapso climático começou", lamentou o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres.

"Nosso clima está implodindo mais rápido do que podemos enfrentar, com fenômenos meteorológicos extremos que afetam todos os cantos do planeta", afirmou em um comunicado. "Os cientistas alertam há muito tempo sobre as consequências de nossa dependência dos combustíveis fósseis", acrescentou.

Ondas de calor, secas, inundações e incêndios afetaram a Ásia, Europa e América do Norte durante o verão boreal, em proporções dramáticas e, em alguns casos, sem precedentes, com mortes e danos elevados para as economias e o meio ambiente.

O hemisfério sul, com recordes de calor em pleno inverno, também foi afetado.

- "120 mil anos" -

"A estação junho-julho-agosto 2023", que corresponde ao verão no hemisfério norte, "foi de longe a mais quente já registrada no mundo, com uma temperatura média mundial de 16,77 graus Celsius", anunciou o Copernicus.

O resultado ficou 0,66°C acima da média no período 1991-2020, que também registrou um aumento das temperaturas médias do planeta devido à mudança climática provocada pela atividade humana. E superior - quase dois décimos - ao recorde anterior de 2019.

Julho foi o mês mais quente já registrado na história, e agora agosto tornou-se o segundo, detalhou o Copernicus.

E nos oito primeiros meses do ano, a temperatura média do planeta está "apenas 0,01°C atrás de 2016, o ano mais quente já registrado".

Mas o recorde deve cair em breve, levando em consideração as previsões meteorológicas e o retorno do fenômeno climático 'El Niño' no Oceano Pacífico, que resultará em mais aquecimento.

"Dado o excesso de calor na superfície dos oceanos, 2023 provavelmente será o ano mais quente (...) que a humanidade já conheceu", declarou à AFP Samantha Burgess, vice-diretora do serviço de mudança climática (C3S) do Copernicus.

A base de dados de Copernicus remonta a 1940, mas pode ser comparada com o clima dos milênios anteriores, estabelecido graças aos anéis das árvores e aos núcleos de gelo, e sintetizado no relatório mais recentes do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU.

A partir desta base de dados, "os três meses que acabamos de vivenciar foram os mais quentes em quase 120 mil anos, ou seja, desde o início da história da humanidade", afirmou Burgess.

- Superaquecimento dos oceanos -

Apesar de três anos consecutivos de 'La Niña', fenômeno inverso ao 'El Niño' que compensa parcialmente o aquecimento, o período 2015-2022 foi o mais quente já registrado.

O superaquecimento dos oceanos, que continuam absorvendo 90% do excesso de calor provocado pela atividade humana desde o início da era industrial, tem um papel crucial no processo.

Desde abril, a temperatura média de superfície dos oceanos registra níveis de calor inéditos.

"De 31 de julho a 31 de agosto, esta temperatura superou todos os dias o recorde anterior, de março 2016", destacou o Copernicus, atingindo a marca simbólica inédita de 21°C, muito acima de todos os números registrados até então.

"O aquecimento dos oceanos leva ao aquecimento da atmosfera e ao aumento da umidade, o que provoca chuvas mais intensas e um aumento da energia disponível para os ciclones tropicais", alerta Burgess.

O superaquecimento também afeta a biodiversidade: "Há menos nutrientes no oceano (...) e menos oxigênio, o que ameaça a sobrevivência da fauna e da flora".

"As temperaturas seguirão aumentando enquanto não fecharmos a torneira das emissões", procedentes em grande parte da combustão de carvão, petróleo e gás, conclui a cientista.

O.Holub--TPP