The Prague Post - Os 30 anos do genocídio contra tutsis em Ruanda

EUR -
AED 4.243791
AFN 81.465727
ALL 98.56612
AMD 443.453564
ANG 2.067995
AOA 1059.637125
ARS 1366.152552
AUD 1.769897
AWG 2.082875
AZN 1.960017
BAM 1.951516
BBD 2.33206
BDT 141.264748
BGN 1.954326
BHD 0.435731
BIF 3399.622304
BMD 1.155548
BND 1.478766
BOB 7.998509
BRL 6.34523
BSD 1.154954
BTN 99.328786
BWP 15.421277
BYN 3.779869
BYR 22648.741388
BZD 2.320027
CAD 1.569136
CDF 3324.51161
CHF 0.940102
CLF 0.028194
CLP 1081.950957
CNY 8.296546
CNH 8.298493
COP 4738.324697
CRC 582.216723
CUC 1.155548
CUP 30.622023
CVE 110.499326
CZK 24.801493
DJF 205.364123
DKK 7.458554
DOP 68.46596
DZD 150.454693
EGP 58.028383
ERN 17.33322
ETB 155.186484
FJD 2.589294
FKP 0.84981
GBP 0.85194
GEL 3.148856
GGP 0.84981
GHS 11.873314
GIP 0.84981
GMD 82.625007
GNF 10002.424007
GTQ 8.876435
GYD 241.641575
HKD 9.070648
HNL 30.217552
HRK 7.533598
HTG 151.146854
HUF 402.133075
IDR 18801.690886
ILS 4.04719
IMP 0.84981
INR 99.485694
IQD 1513.767919
IRR 48660.127749
ISK 143.600161
JEP 0.84981
JMD 184.350051
JOD 0.819244
JPY 167.310588
KES 149.290238
KGS 101.052748
KHR 4645.302775
KMF 491.685917
KPW 1039.999163
KRW 1574.769806
KWD 0.353632
KYD 0.962495
KZT 592.29451
LAK 25049.397163
LBP 103537.103101
LKR 347.763486
LRD 230.704971
LSL 20.591911
LTL 3.412033
LVL 0.69898
LYD 6.268847
MAD 10.541486
MDL 19.750809
MGA 5124.855846
MKD 61.539422
MMK 2425.440818
MNT 4139.713252
MOP 9.338878
MRU 45.840804
MUR 52.469699
MVR 17.801189
MWK 2006.031054
MXN 21.885386
MYR 4.901801
MZN 73.897846
NAD 20.591519
NGN 1783.195282
NIO 41.942797
NOK 11.454482
NPR 158.926457
NZD 1.906354
OMR 0.444302
PAB 1.154974
PEN 4.162859
PGK 4.763049
PHP 65.479121
PKR 327.132781
PLN 4.273731
PYG 9213.69189
QAR 4.20677
RON 5.022239
RSD 117.199293
RUB 90.710938
RWF 1646.655943
SAR 4.335392
SBD 9.645811
SCR 16.956072
SDG 693.903807
SEK 10.964972
SGD 1.480633
SHP 0.908079
SLE 25.682086
SLL 24231.268649
SOS 660.400547
SRD 44.767129
STD 23917.511179
SVC 10.106162
SYP 15024.316209
SZL 20.592215
THB 37.557578
TJS 11.700465
TMT 4.044418
TND 3.377088
TOP 2.70641
TRY 45.504336
TTD 7.840854
TWD 34.037816
TZS 2991.924172
UAH 48.021533
UGX 4163.858378
USD 1.155548
UYU 47.227947
UZS 14710.126393
VES 118.058882
VND 30113.581662
VUV 138.566722
WST 3.179813
XAF 654.525673
XAG 0.031713
XAU 0.000341
XCD 3.122927
XDR 0.817273
XOF 652.884324
XPF 119.331742
YER 280.740559
ZAR 20.599666
ZMK 10401.315856
ZMW 28.00875
ZWL 372.085994
Os 30 anos do genocídio contra tutsis em Ruanda
Os 30 anos do genocídio contra tutsis em Ruanda / foto: Luis Tato - AFP

Os 30 anos do genocídio contra tutsis em Ruanda

A comunidade internacional "nos abandonou" durante o genocídio perpetrado por extremistas hutus contra os tutsi, declarou o presidente de Ruanda neste domingo (7), em virtude dos 30 anos do massacre que deixou 800 mil mortos em 100 dias, um dos piores do século XX.

Tamanho do texto:

Como todos os anos, no dia 7 de abril, no qual as milícias hutus iniciaram os massacres, uma chama foi acesa no Memorial Gisozi, na capital Kigali, onde se acredita que cerca de 250 mil pessoas estejam enterradas.

O presidente Paul Kagame, fundador da Frente Patriótica Ruandesa (RPF), grupo rebelde que assumiu o poder e pôs fim ao genocídio em julho de 1994 e que governa o país desde então, liderou a cerimônia.

"Foi a comunidade internacional que nos abandonou, por desdém ou covardia", declarou o presidente, em um discurso perante milhares de pessoas na BK Arena, um salão ultramoderno da capital.

A comemoração terá participarão de líderes e dignitários estrangeiros, incluindo o ex-presidente dos EUA Bill Clinton, então chefe de governo em 1994 e que descreveu a falta de ação face a estes massacres como o maior fracasso de sua gestão.

O presidente da Comissão da União Africana (UA), Moussa Faki Mahamat, declarou por sua vez que "ninguém, nem mesmo a UA, pode deixar de pedir desculpa pela sua inação face à crônica de um genocídio anunciado. Que tenhamos coragem para reconhecê-lo e assumir a nossa responsabilidade".

A França enviou, por sua vez, o Ministro das Relações Exteriores, Stéphane Séjourné, e o Secretário de Estado do Mar, Hervé Berville, nascido no Ruanda e que saiu do país nos primeiros dias do genocídio.

Durante sete dias, não será permitido reproduzir música em locais públicos ou no rádio. Também não será autorizada a transmissão televisiva de eventos esportivos e filmes, a menos que estejam associados ao ocorrido.

Os massacres começaram um dia após o ataque que matou o presidente Juvénal Habyarimana, de etnia hutu, depois de meses de uma virulenta campanha de propaganda contra os tutsis.

Por três meses, o Exército, as milícias Interahamwe, mas também cidadãos comuns massacraram — com armas, facões ou porretes — os tutsis, a quem chamavam com o adjetivo "inyenzi" ("baratas" em Kinyarwanda), e os opositores hutus.

- Inação internacional -

O massacre teve fim quando os rebeldes tutsis da RPF tomaram Kigali em 4 de julho, causando a fuga de centenas de milhares de hutus para o Zaire (atual República Democrática do Congo).

Trinta anos depois, Ruanda, uma ex-colônia belga e alemã, continua desenterrando valas comuns.

A comunidade internacional foi duramente criticada pela sua inação antes e durante o genocídio.

A França, que mantinha relações estreitas com o regime hutu quando o genocídio começou, foi por muito tempo acusada de "cumplicidade" pelo governo ruandês.

Em um vídeo divulgado neste domingo, o presidente francês, Emmanuel Macron, ressaltou que "a França assume tudo e exatamente nos termos em que eu o fiz" em 2021.

Depois de décadas de tensões, que levaram ao rompimento das relações diplomáticas entre os dois países entre 2006 e 2009, houve uma reaproximação após Macron ter criado uma comissão que concluiu em 2021 que a França tinha uma "grande responsabilidade", mas descartou que houvesse cumplicidade.

Há 30 anos, Ruanda realiza um trabalho de reconciliação, sobretudo com a criação de tribunais comunitários em 2002, os "gacaca", no qual as vítimas podem ouvir as "confissões" de seus algozes.

A Justiça também desempenhou um papel importante, mas segundo o governo ruandês, centenas de pessoas suspeitas de terem participado no genocídio continuam em liberdade, especialmente em países vizinhos como a República Democrática do Congo e o Uganda.

Ao todo, 28 fugitivos foram extraditados do exterior, incluindo seis pessoas dos Estados Unidos. A França, que é o principal país para onde se fugiram os ruandeses fugitivos, não extraditou ninguém, mas condenou 12 pessoas por seu papel no massacre.

Organizações de direitos humanos, incluindo a Anistia Internacional e a Human Rights Watch (HRW), fazem um apelo ao rápido julgamentos dos responsáveis pelo genocídio.

R.Krejci--TPP