The Prague Post - Um ano de luto por uma família israelense assassinada em 7 de outubro

EUR -
AED 4.302266
AFN 77.643848
ALL 96.397458
AMD 446.809783
ANG 2.097425
AOA 1074.24869
ARS 1699.505688
AUD 1.773092
AWG 2.108667
AZN 1.993804
BAM 1.954093
BBD 2.35868
BDT 143.216146
BGN 1.955942
BHD 0.441655
BIF 3462.335315
BMD 1.171482
BND 1.511999
BOB 8.092002
BRL 6.484853
BSD 1.171097
BTN 105.657725
BWP 15.475749
BYN 3.435958
BYR 22961.045207
BZD 2.355283
CAD 1.615479
CDF 2652.234554
CHF 0.931916
CLF 0.027209
CLP 1067.384
CNY 8.248697
CNH 8.24233
COP 4526.266325
CRC 583.502856
CUC 1.171482
CUP 31.04427
CVE 110.169725
CZK 24.376957
DJF 208.541433
DKK 7.471097
DOP 73.587304
DZD 151.620178
EGP 55.746369
ERN 17.572228
ETB 182.12795
FJD 2.675313
FKP 0.875067
GBP 0.875919
GEL 3.151672
GGP 0.875067
GHS 13.467353
GIP 0.875067
GMD 86.099164
GNF 10238.276996
GTQ 8.969167
GYD 245.008116
HKD 9.116068
HNL 30.845588
HRK 7.536731
HTG 153.378013
HUF 387.739405
IDR 19612.129904
ILS 3.761552
IMP 0.875067
INR 105.648919
IQD 1534.073328
IRR 49348.675406
ISK 147.595008
JEP 0.875067
JMD 187.380352
JOD 0.830603
JPY 183.824841
KES 151.006678
KGS 102.44601
KHR 4689.96412
KMF 493.193649
KPW 1054.31666
KRW 1732.100464
KWD 0.359938
KYD 0.975856
KZT 604.220047
LAK 25360.284816
LBP 104869.503669
LKR 362.33974
LRD 207.278975
LSL 19.635487
LTL 3.459081
LVL 0.708617
LYD 6.347565
MAD 10.733518
MDL 19.750089
MGA 5266.512935
MKD 61.566647
MMK 2459.915027
MNT 4160.41214
MOP 9.386083
MRU 46.74917
MUR 54.063282
MVR 18.111175
MWK 2030.669871
MXN 21.113127
MYR 4.774946
MZN 74.869094
NAD 19.635403
NGN 1706.743666
NIO 43.093101
NOK 11.927876
NPR 169.055244
NZD 2.037131
OMR 0.450438
PAB 1.171087
PEN 3.94299
PGK 5.047699
PHP 68.81637
PKR 328.134429
PLN 4.209732
PYG 7818.30544
QAR 4.270607
RON 5.090791
RSD 117.394844
RUB 94.424671
RWF 1705.047301
SAR 4.394132
SBD 9.536
SCR 17.437921
SDG 704.648343
SEK 10.9071
SGD 1.513666
SHP 0.878915
SLE 28.233413
SLL 24565.393959
SOS 668.130753
SRD 45.31062
STD 24247.310082
STN 24.479144
SVC 10.247138
SYP 12953.201095
SZL 19.641182
THB 36.85423
TJS 10.814655
TMT 4.111901
TND 3.42304
TOP 2.820648
TRY 50.151027
TTD 7.946162
TWD 36.956735
TZS 2922.847348
UAH 49.463357
UGX 4183.382196
USD 1.171482
UYU 45.889923
UZS 14122.786564
VES 327.093443
VND 30824.617449
VUV 142.217966
WST 3.267688
XAF 655.398601
XAG 0.017797
XAU 0.000271
XCD 3.165988
XCG 2.110584
XDR 0.815102
XOF 655.395806
XPF 119.331742
YER 279.339402
ZAR 19.64118
ZMK 10544.718688
ZMW 26.642187
ZWL 377.216693
Um ano de luto por uma família israelense assassinada em 7 de outubro
Um ano de luto por uma família israelense assassinada em 7 de outubro / foto: Menahem KAHANA - AFP

Um ano de luto por uma família israelense assassinada em 7 de outubro

Para Adi Levy-Slame, o tempo parou em 7 de outubro. Nesse dia, milicianos do Hamas mataram a tiros cinco de seus familiares em Kfar Aza, um kibutz no sul de Israel, perto da fronteira com a Faixa de Gaza.

Tamanho do texto:

"Os encontramos abraçados, os cinco, mas não sabemos o que aconteceu", conta com a voz trêmula essa mulher de 37 anos.

Os assassinados foram sua irmã Livnat Kutz, de 49 anos, e toda sua família: seu marido Aviv de 53 anos, sua filha de 18 anos, Rotem, e seus filhos Yonatan e Yftah, de 16 e 14.

Adi e sua família visitaram este mês o kibutz destruído, parando antes no cemitério de Gan Yavne, a 30 quilômetros de Kfar Aza, para um memorial que marca o fim do período de luto judaico.

"Tristeza, culpa, frustração, dor... Todas essas emoções vivem em mim, dia e noite, desde 7 de outubro", afirma Asher Levy, irmão de Adi, em frente aos túmulos de seus parentes.

- "Símbolo de paz" -

O ataque do Hamas culminou na morte de 1.205 pessoas, a maioria civis, segundo um balanço da AFP baseado em dados oficiais de Israel que inclui os reféns mortos em cativeiro.

Essa ação sem precedentes na história do Estado de Israel desencadeou uma campanha militar de represália contra a Faixa de Gaza, que matou 41.431 palestinos, segundo o balanço do Ministério da Saúde desse território governado pelo Hamas e que as Nações Unidas consideram confiável.

Em Kfar Aza, um kibutz de 800 habitantes localizado a dois quilômetros da Faixa de Gaza, 64 moradores foram mortos e 18 sequestrados pelos milicianos do Hamas.

A família Kutz não teve tempo de avisar aos seus parentes sobre o que estava acontecendo.

As portas traseiras quebradas de sua casa oferecem uma ideia de como os combatentes palestinos acessaram ao que, segundo Adi, antes era uma "ilha de felicidade".

Ao mostrar a casa à AFP, a mulher se lembra de piqueniques no pátio, com seus sobrinhos rindo e jogando basquete.

Sua sobrinha, explica, serviu como soldado.

Adia também se lembra de sua irmã, que era "tudo" para ela, e de seu cunhado, que todo ano organizava um festival de pipas no kibutz.

Justo na véspera do ataque, Aviv Kutz estava finalizando os preparativos para a 15ª edição do festival, programada para o dia seguinte.

Segundo Adi, seu cunhado entendia essas pipas como "um símbolo de paz" e um gesto conciliador para os milicianos para o outro lado da fronteira que regularmente lançam foguetes em direção a Israel.

- "Não há mais vida" -

Em uma longa conversa, interrompida por silêncios e lágrimas, Adi evoca a criatividade de sua irmã, apontando para as asas de anjo que confeccionava com brinquedos usados e que decoram a sala de jantar.

"Essas asas são um símbolo de que tudo é possível, de que cada um pode voar por conta própria e chegar muito longe", diz.

Livnat Kutz ia celebrar seu aniversário de 50 anos em 25 de outubro. Disse aos seus parentes e amigos que não queria presentes e pediu a eles que fizessem um ato de caridade para comemorar esse dia.

Em frente à casa dos Kutz, no denso silêncio no qual o kibutz submergiu após 7 de outubro, Adi se lembra de que visitou o local apenas uma semana depois do ataque.

"A casa estava intacta. As panelas nos fogões e o pão de sabbat na mesa mostram que havia vida. Agora não há mais vida", disse sem poder conter as lágrimas. "Meu coração está partido".

Benny Kutz, o pai de Aviv, também vivia nesse kibutz, mas conseguiu sobreviver e se mudou temporariamente com sua mulher para Tel Aviv.

No momento, não pensa em voltar ao local onde morou durante quase seis décadas.

"O tempo não ajuda e não esqueci nada. Penso nisso o tempo todo", diz esse aposentado de 80 anos. "Nunca serei o mesmo (...) Perdi minha família e minha casa, perdas imensas".

- O fim de um clã -

O pai de Benny se instalou nessa região há quase um século, na época do mandato britânico, após fugir dos pogromos em sua Polônia natal.

Cercado pelas fotos de seu único filho e de sua família, Benny também lamenta que o sobrenome de seu pai não vai deixar descendentes.

"O clã Kutz chegou ao seu fim".

Nesse bairro de Kfar Aza, onde viviam principalmente casais jovens, todas as casas ficaram destruídas pelo fogo.

Em frente a cada uma delas há cartazes colados com os nomes dos mortos e sequestrados em 7 de outubro.

Uma das casas, a de Sivan Elkabetz, de 23 anos, e sua esposa, Naor Hasidim, está aberta para visitação.

Suas paredes estão perfuradas por balas e no chão há um colchão e várias roupas.

Caminhando pelas ruas vazias do kibutz, Adi ainda não se conformou com o fato de que quem viveu ali "não vai voltar".

H.Vesely--TPP