The Prague Post - Comunidade judaica argentina acompanha atentamente julgamento sobre atentado de 1994

EUR -
AED 4.270103
AFN 77.021477
ALL 96.714412
AMD 444.266203
ANG 2.081338
AOA 1066.217205
ARS 1636.269431
AUD 1.779125
AWG 2.097262
AZN 1.974964
BAM 1.956091
BBD 2.340649
BDT 142.011162
BGN 1.956091
BHD 0.436365
BIF 3430.011129
BMD 1.162723
BND 1.513125
BOB 8.030197
BRL 6.159059
BSD 1.162073
BTN 103.050356
BWP 16.544465
BYN 3.964091
BYR 22789.375995
BZD 2.337248
CAD 1.630489
CDF 2527.759827
CHF 0.92475
CLF 0.027431
CLP 1081.681188
CNY 8.254812
CNH 8.255673
COP 4353.548751
CRC 582.4868
CUC 1.162723
CUP 30.812167
CVE 110.281434
CZK 24.190574
DJF 206.940838
DKK 7.471427
DOP 74.851154
DZD 150.772468
EGP 54.68253
ERN 17.440849
ETB 180.054631
FJD 2.645602
FKP 0.883324
GBP 0.884167
GEL 3.143778
GGP 0.883324
GHS 12.724896
GIP 0.883324
GMD 84.294969
GNF 10087.503205
GTQ 8.907327
GYD 243.096225
HKD 9.04285
HNL 30.572556
HRK 7.53782
HTG 152.242687
HUF 384.614324
IDR 19431.431206
ILS 3.752926
IMP 0.883324
INR 103.121346
IQD 1522.426867
IRR 48950.649326
ISK 147.456781
JEP 0.883324
JMD 186.647814
JOD 0.824321
JPY 179.100047
KES 150.322401
KGS 101.680237
KHR 4661.69467
KMF 492.994646
KPW 1046.442594
KRW 1684.239384
KWD 0.356595
KYD 0.968444
KZT 609.150774
LAK 25217.757865
LBP 104068.107876
LKR 356.453117
LRD 210.921431
LSL 19.93087
LTL 3.433219
LVL 0.70332
LYD 6.339945
MAD 10.745101
MDL 19.616923
MGA 5195.774257
MKD 61.53417
MMK 2440.79089
MNT 4155.44834
MOP 9.304286
MRU 46.016857
MUR 53.078059
MVR 17.894662
MWK 2015.100283
MXN 21.283074
MYR 4.804953
MZN 74.35637
NAD 19.93087
NGN 1675.227828
NIO 42.766373
NOK 11.723564
NPR 164.88057
NZD 2.048144
OMR 0.445056
PAB 1.162073
PEN 3.918884
PGK 4.913732
PHP 68.618098
PKR 328.503252
PLN 4.227656
PYG 8188.220181
QAR 4.236031
RON 5.086094
RSD 117.197464
RUB 94.11902
RWF 1689.151712
SAR 4.340547
SBD 9.58568
SCR 16.290401
SDG 699.396138
SEK 10.99256
SGD 1.508634
SHP 0.872344
SLE 27.258072
SLL 24381.723344
SOS 662.998798
SRD 44.868914
STD 24066.024058
STN 24.503651
SVC 10.168515
SYP 12856.057592
SZL 19.922969
THB 37.678013
TJS 10.726398
TMT 4.081159
TND 3.417109
TOP 2.799559
TRY 49.032623
TTD 7.880174
TWD 35.543871
TZS 2847.224284
UAH 48.837378
UGX 4148.618213
USD 1.162723
UYU 46.23689
UZS 13991.084904
VES 274.591985
VND 30637.758035
VUV 141.67788
WST 3.271573
XAF 656.054763
XAG 0.022999
XAU 0.000285
XCD 3.142318
XCG 2.094412
XDR 0.815922
XOF 656.054763
XPF 119.331742
YER 277.338549
ZAR 19.889835
ZMK 10465.898273
ZMW 26.118892
ZWL 374.396417
Comunidade judaica argentina acompanha atentamente julgamento sobre atentado de 1994
Comunidade judaica argentina acompanha atentamente julgamento sobre atentado de 1994 / foto: Luis ROBAYO - AFP

Comunidade judaica argentina acompanha atentamente julgamento sobre atentado de 1994

Em solenidade pelo atentado de 1994 à Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), o pior da história da Argentina, a comunidade judaica espera cautelosamente encerrar um capítulo doloroso com a perspectiva de um julgamento à revelia e acolhe com prudência o apoio do presidente Javier Milei a Israel.

Tamanho do texto:

Em 18 de julho de 1994, um carro-bomba destruiu a sede da Amia, em Buenos Aires, deixando 85 mortos e mais de 300 feridos. Dois anos antes, outra explosão já havia atingido a embaixada de Israel, causando 29 mortes e ferindo mais de 200 pessoas.

Nesta sexta-feira (18), centenas de pessoas se reuniram em um ato na entrada da Amia para homenagear as vítimas e pedir justiça. O lema deste ano foi: "A impunidade continua, o terrorismo também", na segunda participação de Milei no evento como presidente.

Os acusados nunca foram julgados. Em 2024, a Justiça argentina apontou o Irã e o movimento libanês Hezbollah como responsáveis pelo ataque e, em junho de 2025, um juiz autorizou um julgamento à revelia contra dez acusados iranianos e libaneses.

Esse julgamento, ainda sem data marcada, será possível graças a uma nova lei aprovada em março, que permite esse tipo de processo para crimes graves.

A Amia apoia a realização do julgamento, mas com ressalvas: "Que a lei seja aplicada é a postura da Amia, mas com um rigor e um cuidado super extremos", declarou o advogado institucional da entidade, Miguel Bronfman, à rádio local Radio Mitre.

"Fazer um julgamento que depois termine (...) com alguma nulidade, com alguma declaração de inconstitucionalidade, seria novamente muito penoso para todos", observou Bronfman.

A organização Memoria Activa, formada por familiares das vítimas, considerou que o julgamento à revelia "não é tolerável nem muito menos homologável", por considerar "fundamental que os acusados participem" do processo. A posição foi registrada em um documento apresentado à Justiça ao qual a AFP teve acesso.

Ambas as organizações vêm sendo duramente críticas ao Estado argentino pela forma como o caso tem sido conduzido. Em junho de 2024, a Corte Interamericana de Direitos Humanos concluiu que a Argentina é responsável por falhas na prevenção e investigação do atentado.

– Milei e o judaísmo –

As críticas ao Estado no caso Amia coexistem com a aproximação de Javier Milei ao judaísmo e seu firme apoio a Israel, país para o qual já fez duas viagens desde que assumiu a presidência. Em ambas, anunciou que transferirá a embaixada argentina para Jerusalém.

Católico de origem, Milei se aproximou do judaísmo nos últimos anos, embora não tenha se convertido formalmente.

Essa relação gera adesão dentro da comunidade. "Ele está fazendo o que é correto do ponto de vista geopolítico e moral", declarou à AFP o economista Alan Zuchovicki, que valoriza o apoio do presidente a Israel, especialmente em meio à guerra em Gaza.

Mas para outros, como o sociólogo Kevin Ary Levin, a postura de Milei preocupa por deixar "a comunidade judaica demasiadamente exposta" à percepção de que o presidente estaria "colocando, entre aspas, os interesses judeus acima do interesse nacional".

No ano passado, Milei descartou qualquer risco decorrente de sua estreita aliança com Israel. "Já estamos no mapa [de possíveis ataques]", afirmou em entrevista em 2024. "A diferença é se somos covardes ou se nos colocamos do lado do bem", completou.

– Risco de antissemitismo –

O atentado contra a Amia foi o maior ataque terrorista da história argentina e um golpe direto na alma da comunidade judaica, a maior da América Latina, com cerca de 300 mil pessoas — a maioria residente em Buenos Aires.

"Trata-se de uma comunidade bem integrada à sociedade [argentina] e identificada com ela", escreve Enrique Herszkowich no livro História da Comunidade Judaica Argentina.

É um grupo que, salvo exceções, nunca enfrentou hostilidade generalizada no país sul-americano, diferentemente de outras regiões do mundo. No entanto, desde a posse de Milei, alguns membros relatam temores — e até episódios — de aumento do antissemitismo.

"Duas semanas atrás, minha irmã pegou um táxi e o motorista disse: 'Milei é um judeu de merda, quem manda nele são os judeus'. Ela desceu do táxi — algo assim nunca tinha acontecido com ela", contou Levin.

U.Ptacek--TPP