The Prague Post - Cúpula de líderes mundiais em Belém tenta salvar a luta pelo clima

EUR -
AED 4.230601
AFN 76.029573
ALL 96.647068
AMD 440.708003
ANG 2.062001
AOA 1056.354856
ARS 1671.238774
AUD 1.768313
AWG 2.076422
AZN 1.96497
BAM 1.960527
BBD 2.319443
BDT 140.3797
BGN 1.9574
BHD 0.434339
BIF 3399.456399
BMD 1.151968
BND 1.505062
BOB 7.957394
BRL 6.176272
BSD 1.151602
BTN 102.201087
BWP 15.545889
BYN 3.92535
BYR 22578.565035
BZD 2.316145
CAD 1.623335
CDF 2558.519906
CHF 0.931366
CLF 0.027735
CLP 1088.059902
CNY 8.209785
CNH 8.206592
COP 4417.219777
CRC 578.106466
CUC 1.151968
CUP 30.527142
CVE 111.020848
CZK 24.352137
DJF 204.727412
DKK 7.46422
DOP 74.079155
DZD 150.739531
EGP 54.525042
ERN 17.279514
ETB 176.395038
FJD 2.625914
FKP 0.882872
GBP 0.880374
GEL 3.127575
GGP 0.882872
GHS 12.585192
GIP 0.882872
GMD 84.671438
GNF 10011.750625
GTQ 8.825279
GYD 240.937218
HKD 8.95603
HNL 30.366109
HRK 7.53375
HTG 150.80624
HUF 386.525395
IDR 19229.680014
ILS 3.753214
IMP 0.882872
INR 102.092096
IQD 1509.077561
IRR 48512.228772
ISK 146.979987
JEP 0.882872
JMD 185.417074
JOD 0.816805
JPY 176.978509
KES 148.834634
KGS 100.739392
KHR 4638.973177
KMF 493.041948
KPW 1036.809184
KRW 1665.647264
KWD 0.353758
KYD 0.959739
KZT 604.944385
LAK 25012.096188
LBP 103158.699125
LKR 350.889104
LRD 210.378072
LSL 20.020926
LTL 3.401461
LVL 0.696814
LYD 6.284041
MAD 10.71559
MDL 19.739109
MGA 5183.853871
MKD 61.669413
MMK 2418.031369
MNT 4129.839808
MOP 9.22358
MRU 44.062404
MUR 52.990345
MVR 17.746105
MWK 1999.815864
MXN 21.400989
MYR 4.818106
MZN 73.680075
NAD 20.021441
NGN 1660.238578
NIO 42.358248
NOK 11.717698
NPR 163.520827
NZD 2.033931
OMR 0.442944
PAB 1.151607
PEN 3.889622
PGK 4.856699
PHP 67.877965
PKR 323.530269
PLN 4.252799
PYG 8152.657543
QAR 4.194253
RON 5.083605
RSD 117.19082
RUB 93.717022
RWF 1670.353026
SAR 4.320404
SBD 9.473578
SCR 15.829158
SDG 691.7593
SEK 10.985952
SGD 1.503254
SHP 0.864274
SLE 26.720115
SLL 24156.184126
SOS 658.351682
SRD 44.417584
STD 23843.403586
STN 24.709705
SVC 10.076296
SYP 12737.185376
SZL 20.02063
THB 37.300415
TJS 10.663991
TMT 4.031887
TND 3.410052
TOP 2.698028
TRY 48.518531
TTD 7.804989
TWD 35.594072
TZS 2833.617991
UAH 48.457239
UGX 4021.784536
USD 1.151968
UYU 45.800433
UZS 13809.211531
VES 261.810269
VND 30313.451511
VUV 140.735244
WST 3.252327
XAF 657.559621
XAG 0.023612
XAU 0.000287
XCD 3.11325
XCG 2.075449
XDR 0.816457
XOF 657.204792
XPF 119.331742
YER 274.749262
ZAR 20.002034
ZMK 10369.092432
ZMW 25.79587
ZWL 370.933098
Cúpula de líderes mundiais em Belém tenta salvar a luta pelo clima
Cúpula de líderes mundiais em Belém tenta salvar a luta pelo clima / foto: Mauro PIMENTEL - AFP

Cúpula de líderes mundiais em Belém tenta salvar a luta pelo clima

Os líderes de várias regiões do mundo se reúnem a partir desta quinta-feira (6) na cidade de Belém (PA) para tentar salvar a luta pelo clima, ameaçada por divisões, tensões internacionais e a ausência dos Estados Unidos.

Tamanho do texto:

Quase 50 chefes de Estado e de Governo responderam ao convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para comparecer à cidade antes da COP30 da ONU (10-21 de novembro).

A escolha de Belém gerou polêmica devido à sua infraestrutura limitada, que encareceu os preços e complicou a viagem de pequenas delegações e representantes de ONGs.

O Brasil reservou fundos para abrigar gratuitamente delegados dos países mais pobres em dois navios de cruzeiro fretados para a COP.

A cidade de quase 1,4 milhão de habitantes nunca havia recebido um evento internacional de tal magnitude e as autoridades aproveitaram para dar uma nova cara à cidade.

"A COP dá a Belém a notoriedade que merece. É importante que os olhares se voltem para nossa região, para a Amazônia", celebra Karol Farias, 34 anos, uma maquiadora no emblemático mercado Ver-o-Peso, completamente reformado.

Contudo, o local que receberá a reunião de cúpula, o Parque da Cidade, ainda era uma área em construção na quarta-feira, repleta de operários que instalavam divisórias e posicionavam móveis.

Os engarrafamentos em Belém pioraram com o fechamento de algumas ruas e avenidas. "Não tenho nada contra a COP, mas Belém não tem a infraestrutura necessária para receber um evento assim", protestou o taxista Agildo Cardoso.

As autoridades mobilizaram quase 10.000 agentes das forças de segurança, além de 7.500 militares.

- "Chega de discussão" -

Para a presidência brasileira, o objetivo é salvar a cooperação internacional 10 anos após o Acordo de Paris. O evento acontece em um momento sombrio para o clima, depois que a ONU admitiu que o mundo vai superar nos próximos anos o limite crítico de 1,5ºC de aquecimento global.

O Brasil não buscará grandes decisões em Belém: o país deseja que a COP30 estabeleça compromissos concretos e organize um monitoramento das promessas passadas, por exemplo, sobre o desenvolvimento de energias renováveis.

"Chega de discussão, agora tem que implementar o que nós adjetivamos", declarou Lula em uma entrevista à AFP e outras agências de imprensa no início da semana.

O Brasil lançará nesta quinta-feira um fundo dedicado à proteção das florestas, o Fundo Florestas Tropicais para Sempre ("Tropical Forests Forever Facility", TFFF), e um acordo para quadruplicar a produção de combustíveis "sustentáveis".

Vários países também querem ampliar os compromissos para reduzir as emissões de metano, gás que contribui consideravelmente para o aquecimento global.

- Príncipe William, Macron, Petro -

Cento e setenta países participam na COP30, mas o governo dos Estados Unidos, país que é o segundo maior poluidor do mundo depois da China, não enviará uma delegação.

A decisão americana, no entanto, é um alívio para aqueles que temiam que Washington dificultasse os avanços, como aconteceu recentemente ao bloquear um plano mundial para reduzir as emissões de gases do efeito estufa do transporte marítimo.

O presidente francês Emmanuel Macron, o colombiano Gustavo Petro e o príncipe William da Inglaterra participarão da reunião de cúpula.

A maioria dos líderes do G20, incluindo China e Índia, não comparecerá ao encontro.

Donald Trump, convidado por Lula, ignorou a conferência. A segunda saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris ocorreu em um cenário internacional tenso, de guerras comerciais e conflitos.

- "Não é caridade" -

Boa parte do mundo em desenvolvimento segue insatisfeita após o acordo alcançado no ano passado em Baku sobre financiamento climático e pretende discutir o tema novamente.

"Não é caridade, e sim necessidade", declarou à AFP Evans Njewa, diplomata do Malauí que preside o grupo dos países menos desenvolvidos.

A União Europeia (UE) e os pequenos Estados insulares (Aosis) querem mais avanços na redução das emissões, abordando o tema das energias fósseis.

"Muitos dos nossos países não poderão adaptar-se a um aquecimento que ultrapasse 2°C", declarou à AFP Ilana Seid, diplomata do arquipélago de Palau, no Pacífico, e presidente da Aosis. "Alguns dos nossos países insulares deixariam de existir".

O Brasil, que se apresenta como uma ponte entre o Norte e o Sul, não está isento de paradoxos: ao mesmo tempo que consegue frear o desmatamento, autorizou a exploração de petróleo na Foz do Amazonas.

"É muito contraditório", disse Angela Kaxuyana, da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira.

"Os mesmos países" que se comprometem com o clima são os que "negociam a exploração de petróleo" na maior floresta tropical do planeta, lamentou em Belém.

A.Stransky--TPP